Ontem fiz uma defesa no Júri Popular, em Goiânia, com o Promotor - TopicsExpress



          

Ontem fiz uma defesa no Júri Popular, em Goiânia, com o Promotor de Justiça Maurício Gonçalves de Camargo, sessão presidida pelo Juiz Antonio Fernandes de Oliveira. Os jurados se mostraram muito interessados em compreender as nuances (das versões) do fato. O Promotor de Justiça sustentou vigorosamenrte a acusação, com muita competência. Por fim, entre as versões apresentadas, os jurados compreenderam que a versão da defesa era mais verossímil. No início das investigações, as primeiras versões apresentadas pela vítima e suas testemunhas, afirmavam que o fato teria acontecido em um Bar, esquina com a Rua R-27, no Setor Itatiaia. O réu teria chegado ao bar, encontrado a vítima sentada numa mesa, de costas, e dado três golpes com uma barra de ferro. Esta foi a versão da denúnicia. Em plenário, na versão da acusação, o fato teria acontecido a uma distância de 50 metros do Bar. O réu teria ido procurar confusão com a vítima. A vítima e seus irmãos estavam no Bar, quando viram o réu se aproximar com uma barra de ferro em punho, juntamente com outros dois elementos. Ao postar-se na frente do réu - para defender os irmãos - a vítima teria levado um golpe na cabeça, que pela gravidade da lesão, demonstrava o dolo do crime de homicídio, que só não se consumou pela interferência dos outros irmãos. Na versão da defesa, apresentada desde o início do inquérito policial, o fato não ocorreu no Bar, que fica na esquina da Rua R-27, e sim na esquina da Rua R-26, que é a rua onde o réu morava. Fotos do google mapas, que juntei aos autos, ajudaram na compreensão do local. Era véspera de Natal. O réu e seu irmão tinha ido buscar um amigo num ponto de ônibus. Ao voltar para casa, na esquina da Rua R-26, o combustível do carro acabou. Era um chevette muito velho. O réu desceu para abastecer o carro, pois já trazia uma garrafa pet com combustível. Neste momento, a vítima e seus três irmãos vieram ao encontro do réu, agredindo-o com xingamentos e jogando-lhe latas de cerveja. (Também teve luta corporal, mas esta ficou meio difícil de explicar, rsrs). O réu pegou uma chave de rodas no carro, e desferiu um único golpe na vítima, que sentou-se no chão. Os irmãos recuaram. Em seu interrogatório, o reu disse: eu podia ter dado outros golpes na vítima, mas não dei, porque eu não queria matar!. Fui ao júri para apresentar a tese da legítima defesa, mas diante da defesa pessoal do réu, pedi a desclassificação para lesões corporais e, em relação a esta, legítima defesa. O jurados acolheram a desclassificação, passando a compotência para o juiz singular, que reconheceu a legítima defesa. REU ABSOLVIDO!
Posted on: Tue, 05 Nov 2013 13:17:40 +0000

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