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PAZ DE CRISTO COPYRIGHT©2010TIAGO BONACHO CONTACTO: tiagocontact@gmail WEBSITES: amazon/author/tiagobonacho tiagoenglish.bubok.co.uk tiagobonacho.bubok.pt https://sites.google/site/rockandletitrun/desk https://facebook/pages/Rock-Let-it-Run/277040335653438 https://twitter/rockandletitrun youtube/rockandletitrun EXCEPTUANDO AS NOTAS DE RODAPÉ, ESTE LIVRO É O RESULTADO DA COMPILAÇÃO DE SEGMENTOS REVISTOS PROVENIENTES DO LIVRO ERGONOMIA DA VERDADE, EM VIRTUDE DA VONTADE DO AUTOR EM POSSUIR UMA IDEIA SINTETIZADA DE ALGUNS ASPECTOS DO SEU PENSAMENTO CRISTOLÓGICO, DO GÉNERO LITERÁRIO NO QUAL TAIS TEXTOS FORAM ORIGINALMENTE ESCRITOS, PARA UM OUTRO FORMATO, DESIGNADAMENTE, DE UMA FORMA ROMANCEADA PARA A DE UM ENSAIO. ACERCA DA BÍBLIA A Bíblia, por razões de exposição ou contextualização geral, poderia ser dita como sendo constituída por duas grandes partes: O Antigo Testamento e o Novo Testamento. O que faz estas duas grandes partes uma única unidade coerente é uma Pessoa, Jesus Cristo. O Antigo Testamento é constituído por quase todos os Livros ou Textos Sagrados do que hoje em dia é o Judaísmo em geral, Textos, esses, já existentes antes do Nascimento de Jesus; e o Novo Testamento é o conjunto de Livros ou Textos que apareceram depois de Cristo, sendo Jesus, nos mesmos, identificado explicitamente como sua Causa e Razão – para os Cristãos, o Antigo Testamento também é entendido como tendo a sua Causa e Razão em Jesus, sendo, portanto, o Novo Testamento, isto é, a Pessoa de Jesus, o cumprimento do Antigo – sendo isso o que diferencia fundamentalmente os Cristãos dos Judeus, apesar da crença mútua na quase totalidade dos Textos do que é designado no Cristianismo como Antigo Testamento –, estando em desacordo, essencialmente, no que concerne ao Messias, que, segundo Doutrina Cristã, resultou não só em alguém providencial prometido e feito surgir por Deus para o benefício temporal de um só povo entre povos, mas no Próprio Filho de Deus Incarnado, Juiz Eterno e Critério Universal, isto é, já aqui, poderia ser dito, para lá de qualquer definição científica que possa ser feita acerca dEle, contextualizado assim em Teologia somente por convenção, porque Ele É, simplesmente, Origem e Fim da Realidade, suspensão de tudo aquilo que se poderia contemplar como se sabendo até ao encontro com Ele, sendo Santo, Senhor e Mestre, como É, de tudo o que alguma vez possa vir a denominar-se positivamente sob lei ou natureza. Por que é que os Cristãos entendem a Bíblia como sendo diferente de qualquer outro livro? Em primeiro lugar, por causa de Jesus – que se acredita ser o Filho de Deus, logo, Critério Absoluto relativamente não só a esta matéria, mas a tudo o resto –, mas por causa de Jesus, que se identificou com os Textos que perfazem o Antigo Testamento, dos quais disse que falavam e profetizavam acerca de Si Próprio, e também por declarar, por exemplo, acerca dos mesmos, algo como: é mais fácil que passem o céu e a terra do que não seja cumprido um só til da Lei/Escritura , entenda-se, Antigo Testamento – daí que, todos esses Textos, apesar de terem sido grafados através de intermediários humanos, são para serem entendidos como tendo tido uma participação decisiva e objectiva do Próprio Deus aquando da escrita dos mesmos, logo, de qualidade singular, sem paralelo e únicos em todo o universo literário. Esse estatuto exclusivo não se aplica somente aos Textos que compõem o Antigo Testamento, mas, agora, isto é, depois de Jesus, aos do Novo Testamento também, que fala e comenta sobre a Sua Pessoa, o Filho de Deus, sendo, então, a totalidade desses dois grandes conjuntos de Textos, os que perfazem a Bíblia, entendidos como tendo sido escritos por seres humanos que, como se convencionou denominar em teologia, foram inspirados por Deus aquando da efectivação dessa mesma tarefa, sendo Deus, por essa mesma razão, tido como o verdadeiro Autor da Bíblia. Posto isto, a Bíblia é tida como Canon, isto é, tida como Medida/Regra Sagrada, exactamente por ser entendida como tendo sido escrita sob Inspiração Divina – que, no que à Bíblia diz respeito, só é assim entendida somente no que concerne a um género específico de textos numa específica janela temporal. Hoje em dia, a Bíblia, por motivos de uma preparação e interpretação generalizadas acerca da mesma, é lembrada por especialistas para ser entendida como estando escrita em diferentes géneros literários – basicamente, não se lê ou entende um poema ou expressão poética do mesmo modo como se faria uma narrativa ou uma descrição literal de um facto. Esta atenção a ser dada aos géneros literários deve ser tida em conta enquanto lendo ou interpretando tanto o Antigo como o Novo Testamento, mas parece que, numa primeira fase, e sem nenhuma preparação prévia acerca da Bíblia, e se descobrindo-a por nós próprios, os géneros literários devem ser tidos mais em conta no Antigo Testamento, dado que, o Novo Testamento, exceptuando os Evangelhos, os Actos dos Apóstolos e o Livro do Apocalipse, é constituído sobretudo por Textos do género, ou formato, melhor dizendo, epistolar, por cartas, que, apesar de serem de natureza teológica, providencialmente acabaram por contextualizar criticamente não só os Textos do Novo Testamento, como os do Antigo também, que, alguns deles, por si só (isto é, os Textos do Antigo Testamento), poderiam parecer somente como a literatura religiosa de um povo em particular, entre outras religiões, em formatos como relatos históricos e/ou poesia religiosa em sentido lato, isto é, se entendidos somente dessa maneira, o que eles significam verdadeiramente acerca da Realidade – logo, interpretação acertada –, poderão ser compreendidos somente de modo parcial ou até totalmente mal entendidos, como se Deus estivesse a falar numa língua completamente desconhecida. Agora, a questão dos géneros literários traz consigo a questão da interpretação do Texto bíblico, basicamente, o seu sentido literal e as suas alternativas, ou seja, num sentido muito fundamental, ou a Bíblia somente deseja transmitir o que diz literalmente em todos os seus Livros ou Textos, ou poderá transmitir algo mais noutros níveis de interpretação, de forma semelhante ao que se tornou denominação convencionada na ciência literária como toda e qualquer expressão verbal em que o seu significado poderá estar não só ou nada no seu sentido literal, mas no seu, enfim, de modo geral, sentido metaliteral, como aquando do uso de sentidos figurados ou expressões metafóricas, pontualmente, ou já numa compreensão global de um texto, que poderá ser entendido, no seu todo, como pertencendo aos géneros literários de história, poesia ou saga. Então, o que dizer de tudo isto? Como é que a Bíblia deve, então, ser lida/interpretada? De acordo com a perspectiva dos géneros literários, depende do Texto. Existem Textos na Bíblia cuja maior parte poderá não ser de todo inconveniente uma interpretação literal, como a maior parte do Novo Testamento e aqueles entendidos como pertencendo sobretudo, mas não só, ao género histórico no Antigo, e outros cujos significados ou compreensões convenientes possam estar não só no seu entendimento literal mas também ou sobretudo em níveis que não o daquele de uma semântica literal contingente. No entanto, deverá ser dito, isto parece ser como que um falso problema, isto é, no que diz respeito à interpretação e aos géneros literários, e o que se disse até agora acerca da Bíblia parece ser algo mais para ser dito para quem não acredita em vez de para quem tem fé, como uma introdução ou contextualização literária geral para um primeiro encontro com a Bíblia, dado que o que a Bíblia parece fazer basicamente no seu todo – e isto parece essencial no que diz respeito ao como todo e qualquer Texto bíblico possa ser interpretado –, mas o que a Bíblia parece fazer ou almejar essencialmente é apresentar o Deus Cristão como o Deus Vivo, o único Deus verdadeiramente existente, manifestado na Bíblia de variados modos literários. Isto parece ser essencial relativamente a interpretação bíblica para notar que se aceita que os Textos bíblicos têm significados para lá do seu sentido literal, mas – e é por causa do que se segue que se diz que isto parece ser algo como um falso problema hermenêutico –, mas uma interpretação literal de todo e qualquer Texto bíblico talvez não deva ser tida como uma coisa difícil de se fazer ou aceitar, isto é, o acreditar ou aceitar na possibilidade de ter acontecido literalmente ou que irá acontecer literalmente no futuro em seja de que forma for em como possa estar descrito na Bíblia – outra vez, não por se achar irreal ou não se acreditar nos sentidos metafóricos que os Textos também ou sobretudo possam querer transmitir aqui ou ali, mas – e aqui está – porque a crença em Deus Todo-Poderoso (apriorística à leitura de qualquer Texto da Bíblia), já aí parece relativizar, em absoluto, qualquer obstáculo que se poderia ter na crença de um desfecho literal de tudo o que está escrito na Bíblia para o mundo da sensibilidade humana, passado, presente, futuro ou eterno, sendo ou não o sentido literal do Texto o ou um dos aspectos essenciais a ser retirado do mesmo. E isto porquê? Porque, de um modo geral, a semântica de um símbolo, considerado aqui, em sentido lato, como os tijolos ou estrutura de conceitos, (e, à excepção de Deus, tudo o resto, poderia ser dito), mas a semântica de um símbolo ou já o próprio símbolo, ante a Omnipotência, parece ser paradoxal, isto é, de natureza muito relativa no que concerne a qualquer determinismo absolutamente invariável que se possa entender da sua (aparente) natureza exclusivamente simbólica. E isto porquê? Porque colocando assim a questão, isto é, ao sugerir interpretação bíblica através de géneros literários, se mal entendido, mal aplicado ou sobrevalorizado, poderá levar a concepções inapropriadas ou até a um comprometimento ou atenuamento de fé em Deus, especificamente no que diz respeito ao Seu Poder, enquanto de certa forma parecer que se está a sugerir uma impossibilidade entre qualquer conceito que Deus possa ter na Sua Mente, e a possibilidade do primeiro se tornar exteriormente real à segunda, se Deus assim o desejar, parecendo ocorrer esta maneira de fazer exegese por transferência (indevida), deliberada ou não, das habilidades e entendimentos que nós, enquanto humanos, temos de nós próprios, para Deus, nomeadamente os condicionalismos que nós, enquanto humanos, estamos sujeitos, de não podermos transformar em realidade exterior às nossas mentes qualquer que seja o conteúdo das mesmas, isto é, conceptualizar e construir exteriormente uma casa, podemos, mas conceptualizar e, por exemplo, ressuscitar dos mortos, não podemos – mas Deus pode. Assim, de um modo muito geral, interpretar a Bíblia tendo como preocupação se os autores bíblicos estavam sempre em todo e qualquer Texto da Bíblia relatando precisamente Realidade histórica, ou a fazer uma interpretação teológica da Realidade, ou a escrever um poema baseada na mesma, ou expondo num formato de uma história ficcionada um texto de modo a apresentar e resolver um problema teológico dos seus tempos, ou todos os casos citados, para Deus, no que concerne o que qualquer conteúdo de qualquer texto possa significar para Ele, no sentido de verdadeira interpretação, isto é, de Realidade, passada, presente, futura e eterna, ou, em última análise, o que Deus poderá desejar querer fazer de sejam quais forem as palavras ou conceitos, no sentido de os tornar reais para toda a gente – no sentido de verdadeiramente igualizando interpretação correcta –, é tudo muito relativo – não no que diz respeito a Regra de Doutrina ou Tradição, mas no que concerne a um desfecho específico no que na Bíblia, e/ou em qualquer forma de conceptualização, possa mesmo (isto é, eternamente) significar para Deus. Em resumo, a Bíblia somente parece dizer verdadeiramente aquilo que já diz ou pode ser entendido acerca dos contornos do desfecho eterno da Vitória de Deus. Enfim, tudo isto talvez possa ser resumido nas palavras de São João Baptista: até mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão . Dado que tudo neste mundo utente de livre-arbítrio, à exceção de Deus, por força do mesmo parece ser de natureza indeterminada até ser definida na morte – não querendo dizer com isto que, mesmo aí, a Misericórdia de Deus já não está disponível –, sendo então eternizada, somente esta declaração – isto é, e aqui está, se já acreditando em Deus – deveria reiniciar qualquer que seja o sistema de interpretação acerca da Realidade no seu todo, mais ainda aquando de interpretação conceptual ou simbólica quando, seja de que forma for, o Poder de Deus é uma variável na equação. De um modo geral, o exemplo seguinte pode ser paradigmático no respeitante ao se procurar entender se a Bíblia deveria ou não ser interpretada literalmente ou metaforicamente, de ambas as formas ou até de outra maneira ainda: as palavras que encontramos no Antigo Testamento, no Livro do Profeta Isaías , quando se fala de uma futura Personagem que daria a visão aos cegos e a audição aos surdos, poderiam muito bem ser entendidas, antes de Jesus, como sendo de natureza metafórica e tendo essa mesma intenção (de assim serem entendidas), no sentido de esclarecimento ou Revelação da Verdade (que esse Alguém traria aquando do Seu Tempo). Ora, Jesus, poderia ser dito, cumpriu essa parte do Texto, como tal, duplamente: não só esclarecendo e Revelando a Verdade, isto é, metaforicamente falando, dando a vista aos cegos e a audição aos surdos (ao nível da razão/intelecto, com a Sua Doutrina), mas também literalmente, isto é, fisicamente dando a vista aos cegos e a audição aos surdos . Com tudo isto não se está a dizer que os géneros literários, relativamente à Bíblia, são completamente inúteis ou inconvenientemente usados como matriz nos Textos bíblicos de modo a melhor compreende-los e interpretá-los. Somente para dizer que uma compreensão parcial da Bíblia até pode ser considerada como tal por parte daqueles que não acreditam, mas fé parece ser indispensável de modo a entende-la com todas as nossas possibilidades e sempre num nível diferente daqueles que não crêem, em última análise porque a maneira como a informação/mensagem é processada, logo correctamente interpretada, parece divergir fundamentalmente no que diz respeito à crença que se tem ou não na verdadeira existência do emissor. COSMOLOGIA Mesmo que se assinta numa origem material anterior a qualquer outra realidade, sendo essa origem material traduzida para um átomo ou uma partícula subatómica ou nuvem de gás ou o que possa ser conjecturado como assim sendo, accionada para um protocolo evolucionário por uma razão desconhecida até ao estado de tudo que se pode percepcionar presentemente, parece sempre haver a questão do espaço onde esse átomo ou partícula subatómica ou nuvem de gás tinha de ter estado, de modo a ser o que era e tornar-se no que se tornou posteriormente até aos dias de hoje. Que é como quem diz, mesmo se assentindo num começo material incriado de matéria auto-evolutiva anterior a qualquer outra realidade, essa mesma matéria, não importando o modo como possa ser concebida, ainda assim, parece que tem de estar separada de outra coisa, ou seja, do espaço ou, simplesmente, de uma circunstância (dado o facto de como o espaço [na astrofísica ou astronomia] possa ser entendido hoje em dia), isto é, posto de forma simples, parece que tem de estar em algum lado ou contextualizada numa qualquer circunstância espacial, porque, assim entendido, como um começo material incriado, parece que se implica automaticamente que um tudo infinito era material no início, o que não parece fazer sentido. Mas o contrário, no entanto, parece ser mais plausível, não obstante ser algo extraordinário de se acreditar também – enfim, assim como o mistério da vida e a existência de cada um nós –, mas o contrário parece ser mais aceitável para o ser humano (devido a uma razão que será notada mais há frente), apesar de também ser extraordinário, sendo então o facto da criação da matéria provinda do nada, o que, em teoria e à primeira vista, também poderá não fazer sentido a uma lógica comum, o facto da matéria derivar do vazio ou de absolutamente nada (material), a não ser que se acrescente à equação, em sentido lato, uma variável espiritual, porque, dessa forma, (sendo o que se segue a razão que se disse que seria notada mais adiante) então a lógica da consciência derivando de Consciência torna-se viável, e não consciência derivando de inconsciência, o que parece ser o que se está a implicar automaticamente se, seja de que forma for, se se acreditar ou teorizar que a consciência derivou primariamente da matéria, e não o contrário, que a matéria derivou da consciência/razão/espírito. Isto não é para ser tomado como um incómodo para com a ciência em geral. Somente um argumento devido aqueles que possam tomar observações e medições científicas e entendê-las como premissas de modo a conceber a vida ou o universo material como se originando sem um elemento espiritual, esse mesmo elemento sendo já sugerido, poder-se-ia entender, no fenómeno da racionalidade e/ou consciência. Poderá a consciência ser algo que, não obstante ser suportada num corpo material em circunstâncias humanas, permanece apesar de uma estrutura material? O fenómeno dos sonhos também parece apontar nessa direcção. Isto é somente uma tentativa de procurar discutir este assunto em terreno e com conceitos daqueles que dispensam totalmente a existência de Deus, assim como o elemento espiritual/consciente ou racional da vida anterior ao evento da realidade material. Porque num, chamemos-lhe assim, sentido humano ou terra-à-terra, se alguém somente se dispuser a contemplar o assentimento na inexistência de Deus, o que é que essa pessoa deverá fazer, então, com Jesus Cristo? O que é que alguém não estará já a implicar automaticamente acerca de Jesus, somente por contemplar em assentir na inexistência de Deus? Que é como quem diz, mais do que chegar a uma esquematização generalizada ou uma ideia mais específica acerca da existência de Deus, provinda somente de uma razoabilidade lógica – que, tendo em mente as possibilidades humanas, não parece ser viável de tal forma devido à grandeza da Realidade, mais ainda aquando da Natureza Divina, enfim, responsável pelo início da Realidade –, os dados provindos da Vida de Jesus providenciam de facto chão inamovível relativamente a esta matéria, ou seja, como sendo Alguém em Quem se pode confiar, de modo a acreditar tranquilamente e sem medo na existência de Deus e Quem esse Deus é verdadeiramente. A História poderia ser entendida como tendo uma espécie de falha na sua continuidade, lá muito para trás, surgido o entendimento (de como existindo essa falha) dos dados aparentemente conflituosos ou contraditórios concernentes, em resumo, ao que poderia ser entendido como resultados astronómicos e arquitectónicos de alguma notabilidade por parte do ser humano, mas dessas realizações científicas para um coma racional relativamente a quase tudo. Existe um evento, não só mencionado no primeiro Livro da Bíblia, o Livro do Génesis, mas tendo paralelos também em outras culturas, designado como o Dilúvio, que destruiu tudo. Esse evento parece ser o que poderia ser entendido como essa falha, ou a razão para a mesma, no que poderia ser esperado, de certo modo, numa continuidade coerente, por exemplo, da evolução tecnológica na História da Humanidade. Um contorno específico acerca do que no que é esse tudo consistia, que o Dilúvio destruiu, não é claro nem específico. Em geral, os eventos descritos no Livro do Génesis, e talvez em toda a Bíblia, talvez devam ser entendidos como estando resumidos, e naturalmente que dando prioridade ao que é realmente importante reter e transmitir, ou seja, a mensagem teológica, em resumo, a existência de Deus, e de que Deus é que se está a falar, porque, poderia ser entendido, se se descrevendo, de forma mais pormenorizada, todas as coisas que aconteceram, o Livro do Génesis ainda estaria a ser escrito. Outro factor que se deveria ter em mente ao se ler o Livro do Génesis, é o de não se ler somente de uma forma literal simplista, porque alguns elementos no Livro do Génesis poderão causar confusão e desconfiança se entendidos somente dessa forma. A fé é entendida como sendo um dom de Deus. Então a fé em Deus não provém daquele que escreve nem do que se escreve. O que se escreve poderá clarificar e retirar obstáculos de modo que a fé se possa tornar efectiva. Posto isto, poderá ser observado: se a fé é um dom de Deus, que culpa poderá ser atribuída aqueles que não acreditam? Parece que, assim como o Sol nasce para todos, tanto para os que têm fé, assim como para os que não têm, o mesmo poderá ser dito acerca do chamamento de Deus, ou seja, do ponto de vista humano, aparentemente Deus chama toda a gente, como se poderá depreender da Parábola do Semeador , que espalha as suas sementes por toda a parte (entendendo por Semente, a Palavra de Deus, e pela acção de semear, o chamamento universal ao Seu Nome). Até poderia ser dito que qualquer discurso que possa ser feito acerca de Deus, depois de Jesus, no sentido de evangelizar, pode ser entendido como não indo além das palavras do Profeta Isaías que São João Baptista identificou como descrevendo a sua missão: endireitai os caminhos do Senhor; todo o vale seja alteado e toda a montanha abaixada; então ver-se-á a Glória de Deus . Ou seja, quando se fala ou escreve sobre Deus, parece que somente se procura retirar obstáculos à Sua Graça, que do ponto de vista do ser humano, parece ser omnipresente, que já se encontra por toda a parte, como a luz do sol, tornando-se, então, a acção de evangelizar, comparável à procura que se faz de abrir as persianas ou os cortinados da alma, de modo a deixar entrar a Luz. Por que é que Deus chama? Ou por que é que Deus não chama de uma forma mais óbvia, isto é, revelando-Se mais claramente, dando a conhecer a Sua existência de uma maneira mais evidente? Do que pode ser entendido das palavras de Jesus, especificamente da Parábola do Trigo e do Joio , parece que, com essa Parábola, Jesus não está somente a explicar, através de uma comparação, o que a História do Mundo ou da Humanidade são ou significam ou como deveriam ser perspectivadas, mas também a razão da existência do mal. Isto é, a História do Mundo ou Humanidade é semelhante ao tempo de uma cultura agrícola, ao tempo que demora a uma semente a se tornar fruto, que toma lugar num mundo ou universo que é um ou o Sonho de Deus – se é legítimo inferir tal coisa da Parábola em virtude de um elemento na mesma, sendo esse elemento quando Jesus diz que o inimigo plantou o joio entre o trigo quando toda a gente estava a dormir . A suposição que este mundo ou universo é um ou o Sonho de Deus encontra-se baseada em premissas teológicas e observações filosóficas: a conjugação da Omnisciência de Deus, aqui entendida como o Poder de Deus em saber não só tudo mas, aqui, especificamente, o futuro, mas a conjugação do facto de Deus saber o futuro conjuntamente com a consciência do ser humano da sua própria existência, que resultou na seguinte pergunta: o ser humano – assumindo que só o é verdadeiramente, assumindo que só pode ser validado como tal, que só o é ou somente existe verdadeira e perfeitamente se livre e consciente da sua própria existência –, conhecido perfeitamente por Deus antes de ter sido criado, já existia, no Universo do Pré-Conhecimento de Deus, apesar de ser livre e de estar consciente da sua própria existência? Se não, isto é, se essas variáveis têm de estar incluídas (ou seja, a necessidade do ser humano ter de existir num estado onde tenha de ter livre-arbítrio e tenha de estar consciente da sua própria existência, de modo que o pré-conhecimento que derivará acerca dele possa ser tido como válido), e sabendo-se, como se sabe, que o ser humano é livre, tem consciência da sua própria existência e não se lembra de ter vivido noutro contexto a não ser aquele que experimenta presentemente nesta vida e neste mundo, esta vida e este mundo têm de ser o Universo do Pré-Conhecimento de Deus que, combinado com o elemento previamente notado da Parábola do Trigo e do Joio, leva a concluir, então, que este mundo é literalmente um ou o Sonho de Deus. O sentimento de absurdidade que possa surgir de se afirmar que este mundo é um Sonho (de Deus ou da Vida) parece provir fundamentalmente da diferença substancial que o ser humano faz daquilo que experimenta da natureza desse universo onírico em comparação com aquele que experimenta quando está acordado, sendo ambos os mundos entendidos até como sendo antagónicos ou dicotómicos, quando se afirma a diferença entre o mundo experimentado enquanto acordado e aquele experimentado enquanto a dormir. Mas se se teorizar o que aqui se disse tendo em mente que é Deus Quem sonha, e não um ser humano, então deveria ser concedido a esse fenómeno, no seu todo, uma natureza mais intensa do que o daquela que o ser humano experimenta quando é ele quem sonha, ou seja, terá uma natureza ou estrutura material mais intensa, como se poderá dizer de sonhos vívidos, e mais extensa no que concerne a duração temporal, ou seja, poder-se-á assumir como sendo um universo igual ao que o ser humano experimenta na sua vida neste mundo quando está acordado.
Posted on: Sat, 13 Jul 2013 14:58:01 +0000

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