PORTUGAL INDUSTRY MAGAZINE Índices de encomendas à indústria e serviços superam expectativas e sugerem fim à vista para a recessão europeia. A zona euro terá começado a dar sinais de retoma em Julho, mês que poderá ficar marcado como o início do fim da recessão. Pelo menos é nesse sentido que aponta a primeira estimativa dos índices de gestores de compras (PMI) da Markit sobre a evolução da actividade económica da Europa a 17, divulgada ontem. “Os dados apoiam claramente a noção de que a economia da zona euro como um todo está a deixar a recessão para trás”, disse Martin van Vilet, economista do ING Bank NV, citado pela Bloomberg. “Os estímulos monetários do BCE, a recuperação mais cedo do que o previsto da economia mundial e o ritmo mais lento da austeridade no geral conseguiram finalmente parar a contracção económica”, acrescentou. Tanto o índice compósito, como o índice referente à indústria transformadora, terão crescido este mês para 50,4 e 50,1 pontos, respectivamente, entrando assim em zona de expansão (que começa em valores acima de 50 pontos). No caso do índice da indústria é a primeira vez em dois anos que entra em zona de expansão. Já o índice para os serviços mantém-se em zona de queda, mas recuperou para 49,6 pontos. Todos os índices superaram as estimativas dos analistas sondados pela agência Bloomberg. “São notícias encorajadoras”, afirma Howard Archer, economista-chefe da IHS Global Insight para a Europa. Recorde-se que a economia da moeda única está a recuar desde o último trimestre de 2011. Este ano, a Europa a 17 voltou a ver o PIB encolher 0,3% entre Janeiro e Março. Os analistas acreditam que o segundo trimestre foi já de estagnação e que o crescimento poderá voltar a aparecer entre Julho e Setembro. Mas a retoma não chega a todos os países. “A melhoria nos PMI [que mede o fluxo de encomendas] sugere que a economia da zona euro deve sair da recessão no terceiro trimestre deste ano. Mas a recuperação deverá manter-se desigual, com a maioria do crescimento a ser gerado no núcleo europeu, enquanto a periferia continuará a perder vigor com a austeridade”, sublinha Azad Zangana, economista-chefe da Schroders para a Europa.
Posted on: Thu, 25 Jul 2013 12:19:22 +0000