Patrimônio Artístico Espedaçado Mais uma "obra de vandalismo" - TopicsExpress



          

Patrimônio Artístico Espedaçado Mais uma "obra de vandalismo" deixada pelo ex-prefeito Roberto Sobrinho está completamente aos pedaços no pátio do Departamento de Recursos Logísticos (DLR), de responsabilidade da Secretaria Municipal de Administração (SEMAD), situado na BR 364, ao lado da casa noturna "Caipirão". A obra batizada de "Urucumacuã", de autoria do arquiteto e artista plástico Julio Carvalho, ficava na rotatória da BR 364 com a av. Campos Sales, próximo ao João Paulo II. Foi retirada em julho de 2009, antes do inicio das obras de construção do que Roberto Sobrinho chamou de viaduto. Com isso, fez duas "improbidades administrativas": destruiu o Monumento Artístico e deixou milhões de reais de concreto de uma obra inacabada. Quem vai pagar por isso? E porque ainda não foi responsabilizado por destruir uma obra artística que custou muito dinheiro para os cofres do Município de Porto Velho, adquirida na administração do prefeito Chiquilito Erse. O que mais nos deixa perplexo, é saber que isso poderia ter sido evitado, se tivessem colocado no planejamento dessas construções dos viadutos, a remoção desses referenciais da cidade para um outro local de destaque, sem prejuízos algum. Com o planejamento correto a empresa teria colocado na sua planilha de custo o valor desses serviços de remoção e locação desse monumentos. Portanto, mais uma falha grave. A pressa é inimiga da perfeição. Frase tão antiga, mas que carrega sabedoria. Na ânsia de construir esses viadutos (roubodutos) transformamos nossas REFERENCIAS CULTURAIS em sucatas ou em montes de concretos, como foi o caso do Relógio dos 500 anos (que em 2001 coordenei a sua recuperação, fazendo parceria entre a prefeitura, TV Rondônia e Faro e reinauguramos o Relógio com a presença do Hans Donner), o Monumento aos Pioneiros, localizado no Trevo do Roque, e o monumento artístico Urucumacuã. Assim, essas referencias culturais da cidade vão desaparecendo sem que a população perceba que também está perdendo um pedado do seu ambiente social e cultural. Esses patrimônios públicos são importantes em qualquer cultura, pois são elas que identificam uma sociedade, de onde vem a identidade cultural. Elas dão vida e sentimento para uma vila, cidade ou país. Já pensaram algum louco governador ou prefeito eleito pela cidade do Rio de Janeiro tentar demolir o Cristo Redentor do Corcovado para colocar um monumento contemporâneo? Ou aterrar a praia de Copacabana para fazer um jardim. Jamais isso ocorrerá. São referencia culturais daquele povo. Em Rondônia, "terra de todos e de ninguém", acontece a cada gestão sem ao menos chocar a maioria da população. É "normal" pois o argumento persuasivo é o do progresso que está chegando, por isso, vamos substituir o velho pelo o novo, assim a cidade vai se "modernizando". Já pensou se em Paris destruíssem igrejas, torre Eiffel, museu do Louvre, etc, para construir algo novo para modernizar a cidade? Com certeza a sua população não deixaria. Porque essas referencias estão agregadas ao sentimento cultural da população daquela bela cidade. Em Rondônia, a elite predominante são de pessoas de origem de todos os estados, atuando na área política, empresarial, nas igrejas, nas faculdades, universidade, e imprensa, a grande maioria não tem identidade sentimental e respeito com a cultura local, então, esses acontecimentos depredatórios com o patrimônio cultural da cidade não acarreta dano algum ao seu sentimento pela terra da qual estão vivendo. Porque não faz parte da sua referencia cultural, por isso, não causa indignação a essa ELITE. E o mais grave. Os órgãos públicos que existem para proteger esse bens culturais referenciais, estão distantes, desprezando a descaracterização de uma cultura. E nisso posso citar dezenas de exemplos do "vandalismo oficial" desses bens públicos, que chamamos de patrimônio Cultural, como os que foram praticados pela administração passada na Prefeitura, como também, e mais recente, a não realização do Arraial Flor do Maracujá no mês apropriado ao qual foi criado para ser junino. Isso é descaracterização de uma cultura, ferindo o principio da tradição. Essa falta de indignação e desprezo estão presentes, também, nos representantes da sociedade, eleitos para fiscalizar esses descasos, ficam imobilizados na Câmara de Vereadores e Assembléia Legislativa. É ai que os "depredadores oficiais" deitam e rolam. Para finalizar o meu proposital desabafo, essa prática depredatória vêm desde o início dos anos 80. Absurdo, mas foi durante o governo de Jorge Teixeira, que a sociedade e a elite da época, presenciou o desaparecimento de vários símbolos referenciais que a cidade possuía, como a retirada da Estátua do Governador Jonathas Pedroza, que ficava em um pedestal na Praça do mesmo nome; o busto do Marechal Rondon foi retirado da Praça que leva seu nome, voltando anos depois por obra e iniciativa do então prefeito Chiquilito Erse; o marco do KM 1 localizado nas confluências das Avenidas 7 de Setembro com Nações Unidas e a Vila Erse, que deu lugar a Casa da Cultura, na Av. Carlos Gomes. Foi como se quisesse apagar um passado histórico para dar lugar a uma nova história - saía o Território Federal e entrava o Estado de Rondônia. Agora clamamos por uma Nova Era, a da preservação do nosso patrimônio histórico.
Posted on: Sat, 03 Aug 2013 00:45:03 +0000

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