Pedro O Grande Rocha, o czar e mago da camisa 10, foi o craque - TopicsExpress



          

Pedro O Grande Rocha, o czar e mago da camisa 10, foi o craque rival que mais idolatrei na minha infância. Confesso que me odiava por idolatrá-lo tanto. Afinal, o Verdugo não era dos nossos. Mas, pensando bem, era de todos! Um fora de série como ele, a quem um dia o Rei Pelé apontou como um dos 5 maiores do mundo, era grande demais para ser visto dentro de apenas uma camisa. Era, na verdade, um cidadão do mundo da bola. Em 1979, Ademir da Guia ainda sonhava em se recuperar da contusão que o afastara dos gramados em setembro de 1977. Naquele ano, por sinal, Rocha se naturalizara brasileiro. E quis o destino que o primeiro gol que marcou como cidadão da nova pátria foi justamente contra o Verdão. O Palmeiras de 79 jogaria a Libertadores e contratou Pedro Virgílio Rocha. Não importava que àquela altura já fosse um craque de 36 anos. O toque de classe e de elegância ainda jorrava daquele pé esquerdo letal. Vibrei! Minha mente viajava e chegava a um mundo imaginário onde o Divino Ademir da Guia e o Verdugo Pedro Rocha disputavam, agora como companheiros, partidas inesquecíveis. Os sonhos são perfeitos e assim eram aqueles jogos utópicos, obras prontas para serem eternizados por algum Garcia Marquez da crônica esportiva. Ademir não voltou, Rocha foi logo embora e os tais jogos jamais ocorreram. Não importa. Na minha imaginação eles aconteceram e foram memoráveis.
Posted on: Tue, 03 Dec 2013 11:12:50 +0000

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