Pela transparência QUEBRAR AUTONOMIA Por Fábio Barretto O - TopicsExpress



          

Pela transparência QUEBRAR AUTONOMIA Por Fábio Barretto O mais incrível dessa história toda é que o governo ainda não entendeu ou finge não entender o que o povo pede. O povo não pede 100% dos royalties do petróleo para a educação. O que se pede é a transformação das políticas de governo em políticas de estado. E é lamentável ouvir da presidente, governadores, prefeitos e políticos que - o governo ouve as vozes das ruas. Lamentável e hipócrita, porque há muitos anos os gritos de dor que vem das ruas ecoam por todos os lados. Há muitos anos, o povo grita de fome, de falta de saúde, educação e emprego. Há muitos anos, o povo grita contra a corrupção, grita contra o loteamento dos gargos políticos e grita contra o excesso de impostos. E a muitos anos, essas mesmas autoridades maquiam o país com pão e circo. E o problema é que cada vez mais aumenta a falácia e a forma de driblar o povo. Porque se o povo não continuar nas ruas, pacificamente, o povo será driblado. Porque o que gente vê é que muitos estão preocupados com suas conveniências. Ninguém fala nesse país que o grande problema dos políticos é atender os interesses privados. Evidente que não estou generalizando, porém os recursos das campanhas que os elegem - são recursos privados. É o dinheiro de empresários que patrocina as campanhas políticas. E quando o político se elege - é evidente que ele vai atender os interesses privados daqueles o patrocinaram. Volto a dizer que não estou generalizando, mais não seria surpresa pra ninguém se soubéssemos que muitos políticos se elegeram com dinheiro de construtoras, que depois são favorecidas em licitações. E também não seria surpresa se soubéssemos que esses mesmos políticos ganharam dinheiro de empresários de ônibus em suas campanhas que depois acabam sendo favorecidos em tudo, inclusive, no valor da tarifa. Não vamos nos enganar. O problema da impunidade desse país que gera a corrupção que o povo agora combate nas ruas e eles fingem não entender, é muito mais grave e complexo que possamos imaginar. Dinheiro privado financia campanhas políticas e eles vendem a alma ao diabo. Os cargos nesse país são políticos, não são técnicos. Não atendem o povo. Atendem os interesses privados. E nas instituições que fiscalizam as contas públicas e o desempenho dos governos, a apuração é técnica, mas a decisão final é política. E é isso que tem que acabar. Lutar contra a corrupção também é tirar a autonomia dos estados e municípios sobre os órgãos fiscalizadores deles próprios. E por que eu falo isto?. Falo isto porque o governador é que elege os conselheiros do tribunal de contas, por exemplo. E um desses conselheiros, escolhido por ele, governador, é eleito presidente do tribunal. É o governador que nomeia o procurador do ministerio publico estadual. É o governador que elege o defensor público do estado quando sabemos que existem pessoas que procuram a defensoria pública lutando contra interesses do próprio estado. Não estou colocando em dúvida o trabalho dos servidores dessas instituições. Muito pelo contrário, temos defensores e servidores competentes e seríssimos. Dispostos a irem até o fim pelo certo. O problema é quando o governador elege o conselheiro do tribunal de contas, elege o defensor e elege o procurador, assim como a presidente elege toda a cúpula dos tribunais superiores fica caracterizado que decisão final sempre será política. Sempre será conveniente. E a decisão conveniente é sempre uma caixa preta. E pode ser sempre a favor da impunidade.
Posted on: Tue, 25 Jun 2013 21:34:31 +0000

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