Pequenas doações voltar voltar Será que não poderíamos - TopicsExpress



          

Pequenas doações voltar voltar Será que não poderíamos fazer algo mais? Eis a questão que muitos nos fazemos, quando começamos a despertar para a importância do auxílio ao próximo. Quando iniciamos a perceber que podemos ser instrumentos da bondade Divina no mundo, revemos nossas prioridades, revemos o uso de nosso tempo e de nossas forças. Podemos ser muito mais úteis do que imaginamos, e cada um que finalmente se rende ao poder das ações do amor, dissipa um pouco mais as trevas ainda predominantes nos dias atuais. * * * Não subestimemos as chamadas "pequenas doações". O prato que oferecemos ao necessitado será provavelmente o recurso de que precisa a fim de liberar-se dos últimos riscos da inanição. A peça de vestuário que entregamos ao companheiro em miséria terá representado o apoio providencial com que se livrou de enfermidade grave. A reduzida poção de remédio que conseguimos doar em favor de um doente, foi talvez o socorro que o auxiliou a desviar-se do derradeiro corredor em que resvalaria para a morte. A visita rápida que fazemos ao enfermo pode ter sido o estímulo inesperado que o arrancou do desânimo para os primeiros passos, em demanda ao levantamento das próprias forças. O bilhete ligeiro que endereçamos ao irmão em dificuldade, ofertando-lhe reconforto, possivelmente se transformou na âncora que lhe permitiu retomar o acesso à esperança. O minuto de tolerância com que suportamos a exigência de uma pessoa, em difícil conversação, haverá sido aquele que a ajudou a descompromissar-se com um encontro desagradável ou com determinado acidente. Algumas poucas frases num diálogo construtivo serão o veículo pelo qual o nosso interlocutor evitará render-se a ideias de suicídio ou delinquência. Os nossos instantes de silêncio caridoso à frente desse ou daquele agressor, significarão o amparo que não pode descartar, a fim de aceitar a necessidade da própria renovação. Não menosprezemos o valor das minidoações. O nosso concurso supostamente insignificante pode ser o ingrediente complementar que esteja faltando em valiosa peça de salvação. * * * Doar sem doar-se é como acender um fósforo em meio a severa ventania. O calor e a luz não duram. Entregar o coração em tudo que se dá é transformar-se em farol no alto de uma encosta ameaçadora. Desde o dia em que, naquela beira-mar, constrói-se a torre luminosa, ninguém mais estilhaça sua embarcação nas rochas duras do sofrimento. O mundo precisa de faróis. O mundo precisa do nosso farol. Mesmo que confessemos que nossa luz possível ainda é pequena lanterna, isto é, não tem poder de iluminar grande porção de mar, entendamos que, mesmo assim, ela é necessária e pode ser muito útil. Através das pequenas doações, feitas com a grandeza de um coração que deseja a felicidade do outro, iluminaremos todo o oceano e, finalmente, nos despediremos da escuridão na Terra. Pensemos nisso. Iluminemo-nos e iluminemos.
Posted on: Thu, 25 Jul 2013 23:07:30 +0000

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