Perguntaram-me, de chofre, outro dia: “Pedrão, se você pudesse - TopicsExpress



          

Perguntaram-me, de chofre, outro dia: “Pedrão, se você pudesse fazer, sem pensar, um pedido, um único, na certeza de que seria atendido, o que pediria?”. Trata-se, como se vê, de um questionamento capcioso, já que são tantos e tantos e tantos necessidades, carências e desejos, que ter atendido um único não iria resolver muito a nossa situação. Como parte da pergunta vem acompanhada de uma condição – a de não pensar – mais na base do emocional do que do racional, eu pediria tempo. Tempo para fazer o que quero e gosto, sem esse monte de obrigações que tenho no cotidiano. Tempo que fosse só meu, sem a menor interferência de quem quer que fosse. Tempo para ler e escrever poesia. Não que eu não faça isso atualmente. Até porque, isso já se incorporou à minha vida e se tornou, literalmente, uma necessidade física, anímica, vital, imprescindível e indispensável, como comer, beber, dormir, respirar etc. Mas faço isso sem condições de “saborear” poema algum (nem os que escrevo e nem os de meus poetas preferidos, como Drummond, Quintana, Bandeira, Cecília Meirelles, Neruda etc.etc.etc.). E, sem esquecer, logicamente, do saudoso e magnífico Mauro Sampaio, cuja amizade era, por si só, estupendo poema vivo.
Posted on: Sun, 10 Nov 2013 14:25:55 +0000

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