Poderia uma "super-corporação" controlar a economia - TopicsExpress



          

Poderia uma "super-corporação" controlar a economia mundial? Uma pesquisa de 2011 identificou 147 companhias e formaram uma "super entidade" interna, controlando 40% de sua própria riqueza. O estudo realizado na Universidade de Zurich aponta um pequeno grupo de companhias, maioria bancos, detendo enorme poder sobre a economia global. É a primeira vez que se olhou para todas as 43.060 corporações transnacionais e a rede de posse/controle entre elas. Criou-se um "mapa" de 1318 companhias no coração dessa rede. Se percebeu que 147 companhias formam uma entidade que controla 40% de suas riquezas. Todas parte uma da outra. A maioria são bancos (os 20 primeiros incluem Barclays e Goldman Sachs). Mas as conexões tão próximas mostram que essa rede estaria vulnerável a um colapso. Na imagem, em vermelho temos as companhias superconectadas e em cor mais clara as muito conectadas. Os tamanhos dos círculos representam seus rendimentos. As 1318 corporações transnacionais que formam o "coração" da economia globalizada são representadas por pontos e as conexões indicam posse parcial. Essas companhias "possuem", através dessa rede, a maior parte a economia real nos dias de hoje. Como efeito dessa situação, menos de 1% das companhias são capazes de controlar 40% da rede toda, como afirma o teórico de sistemas complexos James Glattfelder, do Instituto Federal Suíço, em Zurich, co-autor da pesquisa publicada no PLoS One¹. Alguns fatores que se presumem no estudo foram alvos de críticas, como a ideia de que posse se equivale a controle. Os pesquisadores suíços aplicaram modelos matemáticos comuns para avaliar sistemas naturais à economia internacional, usando datas da Orbis (2007), uma database que lista 37 milhões de companhias e investidores. Economistas como John Driffil, da Universidade de Londres, especialista em macroeconmia, disseram ao New Scientist que a importância desse estudo não era ver quem controla a economia, mas o quanto as conexões são estreitas entre as maiores companhias. O colapso financeiro de 2008 mostrou que redes tão interconectadas podem ser instáveis. "Se uma companhia passar por tensões, isso pode se propagar", afirma Glattfelder. A pesquisa demanda mais análises, mas poderia ser usada para observar melhor as fraquezas nessa rede, prevenindo futuros colapsos financeiros. Pensando da ótica de conexões e não de controle, a pesquisa não dá necessariamente suporte a teorias de conspiração sobre controle mundial. O "núcleo" de 147 companhias representam interesses demais para exercerem tamanho poder político real, mas poderia sim se unir para defender interesses comuns, representando grande poder nesse sentido. Infelizmente, para reformistas de mercado, "resistir à mudança" pode ser um interesse comum. ======= OBSERVAÇÕES DA ANONYMOUS FUEL - É importante que todos percebam que é possível olhar para esse núcleo não apenas buscando prevenir um colapso financeiro, mas também na perspectiva de provocá-lo. - Se por um lado a pesquisa realmente não dá suporte científico e estatístico para uma teoria de controle econômico mundial, ela aponta pra onde devemos estar atentos caso essas teorias tenham fundamento. - A todos que dominarem o idioma inglês, recomendamos a leitura do artigo original, na referência ao final. ======= FONTES: dailymail.co.uk/sciencetech/article-2051008/Does-super-corporation-run-global-economy.html ======= REFERÊNCIA: ¹ plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0025995
Posted on: Sat, 03 Aug 2013 23:53:42 +0000

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