Pondo sua super-cueca por cima da super-calça, com a parte - TopicsExpress



          

Pondo sua super-cueca por cima da super-calça, com a parte detrás da bunda vermelha escondida por sob a capa, para mais um dia de serviço, exaustivo se fosse humano, lá se foi o Superman, inflando o tórax, com sua cueca, sua capa e a calça. Não deveríamos achá-lo ridículo com tais trajes, pois, além de com eles salvar todos os norte americanos e somente eles, a estranha vestimenta é, talvez, além da criptonita, é claro, a única lembrança material do seu planeta natal. Feita com as mais resistentes fibras de um material desconhecido para nós terráqueos, extraídas lá dos “cafundós” dos confins inexplorados das densas, íngremes e obscuras plantações de uma espécie de planta que mais parece a nossa mamona trans-modificada enrroladas em cordas de batateira, esta vestimenta, além de não precisar ser trocada, pois não suja nem “lasca”, nem corre o risco de um furo nos fundilhos, nem uma “freada de bicicleta”, nem fazê-lo dar com os burros n’água ,não sai de moda no país que o adotou como herói e que aposta em sua astuciosa presença sempre que um avião, um “andaime” ou um “outdoor” estar prestes a se espatifar no chão, pois foi estilizada por Clodovil, quando este ainda não exercia o cargo de Deputado em Brasília, com as cores da bandeira estadunidense. Clodovil, para quem não sabe, não saía de New York, nem da casa de dona Josefina, comendo moqueca. E foi em uma “moquecada” dessas que os dois se conheceram. E foi lá que o Superman conheceu dona Sosefina, só que dona Josefina conheceu o Clark Kent, e não o Superman, pois ele estava disfarçado, com aquela fantasia de jornalista que mais parece um pastor de igreja evangélica, de modo que dona Josefina, coitada, nem percebeu o “pega-rapaz” que lhe caíam às vistas. De fato, não havia motivo, razão ou circunstância para “Zefa” ou “Zefinha” reconhecer aquele Super-Homem que ela só via na televisão com imagens em preto e branco. Se nem seus pares jornalistas (nem os pastores evangélicos) conseguiam descobrir a identidade secreta daquele que habitava os mais ardidos sonhos das moçoilas do alto sertão pernambucano, lá pras bandas de Jatobá, quem dirá dona “Zefa”, que somente à pouco tempo tinha adquirido uma vitrola e, na semana seguinte da compra, iniciado uma aula de “DJ” com “Zé do pífu”, hum...
Posted on: Wed, 31 Jul 2013 03:37:40 +0000

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