Por Helena Barrinha: Este ano, o Ranking colocou esta escola em último lugar. Mais uma vez, tal como em muitos outros casos, não se pode comparar o que não é comparável. Os alunos desta escola fazem os exames nacionais ao mesmo tempo dos de Portugal, mesmo que isso implique começar um exame por volta das 22h e acabar às 24h (e já os houve a começar à uma da manhã!). A acrescentar a isso, este último ano houve mais alunos a fazer exame curricular de português, só porque alguém iluminado legislou que, depois de passarem no nível B1 (intermédio) os alunos são obrigados a frequentar o programa de português curricular - pensado para falantes nativos. Só porque é isso que fazem aos alunos estrangeiros em Portugal - que estão em contexto de imersão linguística e contactam com a língua portuguesa dentro e fora da escola (mesmo assim, há alguns com dificuldades em acompanhar esses programas). Aqui, fora da escola quase não se ouve português. Mas há sempre quem não queira perceber isso. Talvez seja mais fácil atribuir as responsabilidades aos professores, que estão de pés e mãos atados por uma legislação totalmente desadequada ao contexto em que têm de ensinar, do que produzir um despacho que permita dotar estes alunos das bases de língua portuguesa de que eles necessitam, com uma metodologia realmente adequada à sua condição de falantes de português não nativos.
Posted on: Sun, 10 Nov 2013 10:34:17 +0000
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