Por Rui Filipe Torres 4 de Julho de 2013 O ESTRANHO CASO DA REAL - TopicsExpress



          

Por Rui Filipe Torres 4 de Julho de 2013 O ESTRANHO CASO DA REAL POLÍTICA EM PORTUGAL. Era melhor assim? Não É melhor assim? É Em definitivo, sabendo eu que em política, como em qualquer outra dimensão da realidade, só o movimento é constante, e como tal o definitivo tem sempre um quadro de validade precário, o actual governo de Portugal, ou melhor o governo que resulta do contexto e das últimas eleições legislativas, está para ficar. É estranho que o processo para aqui chegar, tenha sido o da morte iminente e, quase quase, inevitável do actual governo. A realidade, e sobretudo a realidade política, porque a política é sempre uma tentativa de interpretar e ordenar a realidade social, é de enorme riqueza. Esta última semana em Portugal é uma confirmação desta evidência. A condição de protectorado financeiro, que é a real condição de qualquer governo possível no quadro dos compromissos assumidos pelo poder em Portugal, tornou claro que pior do que manter vivo o actual governo é não o manter. Se considerasse que existe um pensamento e acção estratégica na comunicação do governo, esta última semana – apesar do risco que se correu – resultaria de um pensamento de grande mestria. Parece-me que não terá sido essa a realidade, o governo não terá vivido sobre águas e rumos previstos, e sim em águas agitadas pela proximidade do caos mas, e isso é o que importa, o terreno que cercava o governo com apelos minuto a minuto de eleições antecipadas, leia-se PS ( partido socialista) ficou completamente minado. Portugal, os actores políticos, e a população mais ou menos opinativa, percebeu que: 1. Outro governo que chegue neste momento, não tem espaço para governar de forma diferente do actual. 2. A ligitimidade que resulta de um próximo acto eleitoral não será muito diferente da actual, se não menor. É provável que o universo dos eleitores não votantes cresça ainda mais. E qualquer partido que obtenha maioria, será sempre muito minoritário no universo da população eleitoral portuguesa. Portugal percebeu finalmente que trocar um Passos Coelho por um José Seguro, não tem verdadeiro significado, em termos de substância, na alteração das políticas possíveis a executar no actual contexto político nacional e europeu. Portanto, vamos lá então trabalhar a sério, isto é, com pensamento crítico, com pensamento estratégico, com pensamento de Estado, utilizando as ferramentas e os recursos disponíveis, para a construção deste Portugal do séc. XXI, que já está com uma década de atraso. Já é tempo. É provável que um dos novos nomes da nova reconfiguração governativa seja Jorge Moreira da Silva, a pessoa que fez a coordenação do relatório ” para o CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL, uma visão pós-troika”. Que se comece já, levemos a sério uma das leis mais verdadeiras da ciência económica – o custo de oportunidade. Toda a decisão implica a impossibilidade de todas as outras. Não temos, nem tempo nem possibilidade, para mais falhanços.
Posted on: Fri, 05 Jul 2013 22:53:19 +0000

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