Prezada "Irmã Bárbara": Espero, honestamente, que a Sra. seja - TopicsExpress



          

Prezada "Irmã Bárbara": Espero, honestamente, que a Sra. seja tão boa vidente quanto anuncia pois assim lhe poupo o desprazer de ler este meu comentário até o final. Evidentemente, em tal caso, a Sra. saberia, de antemão, o que eu irei escrever e, portanto, sua leitura não se faz necessária. Quero, de antemão, que a Sra. saiba que não tenho o menor preconceito pelas, assim chamadas, artes exotéricas ou esotéricas. Nenhum pré-conceito, nenhum menosprezo, nenhuma crítica, haja vista a minha admiração pelo simbolismo das figuras do tarot e sua correlação com os arquétipos que os preceitos junguianos esclareceram e firmaram. Não sou, também, contra ao livre exercício de qualquer profissão digna, produtiva e legal. Se ela existe, é porque atende a um determinado segmento do mercado. Deixo claro, portanto, que nada tenho contra a sua profissão, sua clientela e a conduta espiritual que possa lhe servir de guia. Por princípio, defendo o direito de toda pessoa escolher sua maneira de professar sua fé e optar pela doutrina que melhor lhe aprouver na construção de um ser humano digno. Mas, infelizmente, tenho contra a Sra., como cidadão, pela conduta irresponsável adotada, ou permitida, na divulgação do seu ofício. A Sra. já parou para pensar que o bem público é comum, que pertence a todos os cidadãos, e que estes devem ter respeito no cuidado, preservação e apresentação dos mesmo? Que, afinal de contas, foi dos nossos bolsos, inclusive dos seus, em forma de onerosos tributos, que saíram os recursos que os constituem? Ou que, os bens privados não devem e nem podem ser deteriorados, agredidos, destruídos sem que isso resulte em ações judiciais para quem o faz? Então, "Irmã Bárbara", sendo a Sra. uma pessoa que se dedica, dentro da prática da sua profissão, a prever o futuro dos que lhe procuram, ao permitir que seus "divulgadores" emporcalhem de maneira absurdamente agressiva e ostensiva, com seus panfletos, a nossa cidade estaria a Sra. alheia às prováveis consequências dos seus atos? Nada tenho contra a panfletagem, aquela costumeiramente praticada nas esquinas das nossas cidades, aquelas em cujo texto pede "que não se jogue na rua" o panfleto após sua leitura. Estou reclamando, como cidadão, do fato da Sra. admitir que seus "divulgadores" estraguem os bens de uso comum e/ou privado: postes, paredes de casas comerciais, muros de residências, postes, tapumes de obras privadas, telefones públicos, etc. Não só a questão estética, do "enfeiamento" do panorama da cidade com essa enorme quantidade de cartazes colados pelas ruas, me incomoda. Mas a questão ecológica, também. A Sra. faz ideia do impacto que essa quantidade de papel, tinta e cola, e dos produtos que serão utilizados para a sua limpeza, causam ao meio ambiente e do tempo que levarão para desaparecerem, absorvidos pela terra? Mas a Sra., "Irmã Bárbara", não é a única a cometer barbaridades com essa forma irresponsável de divulgação: sinto dizer mas a Sra. tem companhia nesse tipo de desserviço prestado à população. Basta uma caminhada pelas ruas mais centrais para vermos muros, postes, paredes, lixeiras e tapumes cobertos de posters, banners, cartazetes, filipetas e panfletos como os seus. É de se lastimar profundamente que isso aconteça aqui, em Leopoldina, no Século 21, cidade conectada através de todos os tipos de mídias e recursos, cuja não pode alegar desconhecimento sobre os problemas provocados por esse tipo de abuso. O que será que os integrantes do Conselho do Patrimônio e a Secretaria de Meio Ambiente pensam a respeito? Vidente, como declara ser, deve já ter previsto o que irei lhe sugerir fazer: munir-se de uma raspadeira, muita água quente, bastante força e uma dose extra de bom senso e ir à luta, limpando o que os seus "divulgadores" fizeram. Tenha certeza que a cidade ficará, com esse seu gesto, mais limpa e agradável de ser vivida, e a senhora irá obter o meu respeito. Até que isso aconteça, a minha indignação. P.S.: As fotos anexas foram feitas num percurso de apenas 150 metros, nesta data, no centro de Leopoldina. Concorda comigo, "Irmã Bárbara", que isso poderia muito bem ter sido evitado?
Posted on: Sun, 04 Aug 2013 18:01:27 +0000

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