QUI, 01-08-2013 - Diario de Noticias: - Editorial UM RECUO - TopicsExpress



          

QUI, 01-08-2013 - Diario de Noticias: - Editorial UM RECUO ANIMADOR Ao fim de 20 meses de subidas sem interrupção, temos já dois meses de recuo no número dos desempregados em Portugal. Em fins de junho seriam 923 mil, face ao valor mais alto de 944 mil, no mês de abril. O padrão da evolução normal, marcada pelo calendário, volta a acontecer, ainda que de forma moderada. Nos meses de verão a evolução descendente do desemprego prende-se com a expansão sazonal do turismo e da construção civil. Neste último sector continuam a registar-se quebras na atividade, razão pela qual este alívio no desemprego é limitado. Em comparação, a Espanha, com uma população ativa apenas quatro vezes maior do que a portuguesa, registou uma descida de 225 mil desempregados, no segundo trimestre.À medida que se vão multiplicando as medições da atividade económica, passando das previsões e dos indicadores de clima económico aos valores efetivos, aparece como plausível estarmos a viver, a partir do último mês de maio, uma reação positiva na conjuntura económica. Nos nossos principais parceiros comerciais na Europa (Espanha, Alemanha, França - quase metade das exportações portuguesas concentram-se nestes três países!) os sinais de viragem reforçam-se igualmente.Trata-se, assim, de apanhar a onda da recuperação económica na Europa, que esboça os primeiros passos. O essencial prende-se com as medidas de apoio ao investimento - simplificação operacional e burocrática, redução da litigância fiscal, descida das taxas, previsibilidade quanto ao regime fiscal em vigor por uma ou duas legislaturas - existindo uma grande expectativa quanto aos sinais de resposta por parte de empresários nacionais e estrangeiros. Deles depende o reforço da reanimação produtiva, tanto em termos de exportações como de produção dirigida ao mercado interno. O PÓS-MUGABE? As longas filas para votar estão a merecer mais destaque que as acusações de fraude e só por isso é um bom sinal para os zimbabweanos, que ontem foram chamados a votar nas presidenciais. Os dois grandes candidatos são Robert Mugabe, que manda no país desde a ascensão ao poder da maioria negra em 1980, e Morgan Tsvangirai, atual primeiro-ministro. Há cinco anos, estes homens tinham sido também adversários, mas depois da vantagem de Tsvangirai na primeira volta, seguiu-se uma vaga de violência por parte dos apoiantes de Mugabe que fez duas centenas de mortos e culminou num boicote à segunda volta pela oposição. Reeleito, Mugabe viu, porém, a crise económica e as pressões internacionais obrigarem-no a aceitar um acordo com o rival para evitar a guerra civil. Nos últimos anos, a economia voltou a crescer e a inflação está controlada. Mas o país continua uma sombra do que foi na década de 1980, quando Mugabe era aplaudido como líder sábio, que conseguiu até que a minoria branca se mantivesse no país apesar do fracasso do projeto da Rodésia de Ian Smith. Agora com 89 anos, Mugabe promete aceitar a derrota se tal for a vontade do povo. Não há sondagens, mas especula-se que Tsvangirai é mais popular. Se assim for, uma era pode começar no Zimbabwe.
Posted on: Thu, 01 Aug 2013 15:11:45 +0000

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