Quando provoquei a indagação de quem seria o presidente do partido é porque no último período as decisões mais importantes referente aos destinos partidário tem assemelhando-se ao modelo hierarquizado do sistema institucionalizado da Ordem positiva. O partido foi engessado em nome da governabilidade, mantendo uma estrutura estanque seguindo os preceitos estatuídos da legislação politica do Estado de Direito. Claro que o programa é o pressuposto necessário para determinar a construção ideológica, mas conforme percebe-se passou longe de adotar o critério programático para dirigir o partido. Atualmente se invoca a reforma politica da legislação, como voto distrital, financiamento público de campanha, porém devo alertar que os temas proposto para ser modificados somente diz respeito ao campo estreito da reforma eleitoral, muito distante da dimensão de uma reforma politica que é mais ampla. Parece sem nexo abordar reforma politica quando o objeto do texto é PED, programa para eleição do partido, no entanto é justamente porque é imprescindível transformações no partido para avançarmos nas alterações no contexto social, econômico e politico. A PARTIDOCRACIA é o método de restringir a participação do povo no processo politico, ou seja a limitação de somente votar para ter sua participação representativa , a qual sequer corresponde a sua vontade após ser investido no cargo. O modelo é tão restritivo que um cidadão sem partido não pode exercer sua cidadania ativa, pois é necessário fazer parte de um partido politico. Já sofremos na estrutura politica da União, dos Estados e dos Municípios o corporativismo administrativo que reduz o espaço público em detrimento do espaço privado e os partidos políticos são os TUBOS DE ENSAIO desse sistema. O PT tornou-se o maior partido CORPORATIVISTA neste último período, com um comando hierarquizado verticalmente com disciplina normatizante, inclusive com alguns militantes subalternos a outros militantes como uma grande empresa. A janta do PT parecia uma reunião de várias seitas cada qual na sua mesa, e o todo uma congregação. Se o PT não realizar primeiramente a transformação em si, podem esquecer-se de querer alterar a conjuntura externa. O momento é de construir instancias partidárias de deliberação horizontal em todos os segmentos do partido, procurando envolver todos os setores da sociedade. Como queremos implantar uma democracia real na sociedade se não temos entre nós. Por isso, quando realizei a pergunta quem será o presidente do PT é justamente par propiciar a discussão interna no todo e quebrar com a possibilidade da verticalização. As datas das eleições e inscrições de chapa para o PED é formal, mas a construção de um programa, da unidade, mas principalmente da práxis é trabalho, é real.
Posted on: Tue, 09 Jul 2013 02:20:48 +0000
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