Queridos amigos mais próximos e nem tão próximos assim, Recebi - TopicsExpress



          

Queridos amigos mais próximos e nem tão próximos assim, Recebi esse texto assinado por "Histórias que Engrandecem o Brasil". Convido a todos que o leiam, mas se o fizerem façam até o final, porque vale a pena! Os meninos do Brasil estão na rua. Os políticos estão em casa. Os meninos do Brasil estão mais numerosos nas nossas ruas. Os políticos estão mais perdidos. Vários deles foram instigadores de manifestações contra uma ditadura, porém não sabem o que fazer quando estão diante do que acreditavam ser sua invenção predileta. Os meninos do Brasil, de branco, com o rosto marcado de verde e amarelo, vestidos da nossa bandeira estão na rua. Os políticos estão confusos. O Brasil acordou. São milhões. Depois de um dia de trabalho ou de estudo, eles estão na rua, sem bandeira de partido político, sem camiseta de sindicato, sem liderança política estabelecida. E o Brasil, de casa, aplaude. O nossos meninos estão nas nossas ruas, como gente grande, como cidadãos, como republicanos. Os políticos estão atordoados. “Por que não ficam quietos como sempre fizeram? O que é essa baderna? Não é possível! Eles não sabem o que querem? Por que não respeitam seus políticos? Tem baderneiros no pedaço. Onde já se viu isso? Não podemos permitir...!” Os meninos estão na rua... Eles não gritam. Eles cantam, eles escrevem, escrevem cartazes coloridos, frases curtas, acirradas, algo está acontecendo no nosso mundo. Um gigante parece querer acordar. Por um momento, a memória de Juscelino me provoca uma semelhança. Logo após ser eleito presidente, a UNE, sindicato dos estudantes bloqueia o Rio de Janeiro, com suas manifestações nas artérias principais. Juscelino não gosta. Chega até a falar de baderna. O motivo: um aumento de tarifas de bonde da cidade. Juscelino medita em silêncio enquanto o gabinete presidencial fala em cada canto. Juscelino se levanta, chama seu secretário e ordena. “- Você me procura o presidente da UNE e a sua comitiva.” Poucas horas depois, Juscelino recebe o grupo de jovens, agora impressionados pela forte energia segura do Palácio do Catete. Eles estão mais impressionados ainda pela energia do Presidente que os recebe, amigavelmente, um a um, apertando as mãos, olhando nos olhos. Ele fala, ele questiona, ele centraliza as atenções, ele passa o braço amigavelmente no ombro do quase imberbe presidente juvenil. E, sem parecer contorna a mesa presidencial e quando se encontra perto da sua poltrona ele convida o seu jovem interlocutor a se sentar. Ele insiste, ele acalma, ele ajuda, ele prossegue: “- Por cinco minutos, imagine agora que você é o Presidente do Brasil. O que você faria para ajudar o Brasil a sair dessa enrascada? Por favor, me ajude. O que podemos fazer pelo nosso Brasil?” As gargantas estão secas, as respirações perceptíveis, um momento único está aqui, palpável, bem à frente. Mais alguns momentos, e todas as ruas cariocas estão liberadas. Jovens cidadãos verdadeiros que amadureceram sem espera, agora com uma vontade infinita de participar da construção de um novo país, do gigante que se debate ferido numa teia de aranha de desrespeito. Cinquenta anos depois, os nossos meninos estão na rua para manifestar que eles foram esquecidos, abandonados, traídos. Eles reclamam mil coisas, e todas elas possuem um denominador comum, bem estampadas nos cartazes: “Quero ser RESPEITADO, porque sou cidadão respeitável. Basta. Quero respeito senhores!” E cada questionamento aponta uma falta de respeito dos poderosos, que lacera o coração brasileiro. Os nossos meninos estão na rua e querem respeito. Querem justiça, querem fazer parte de um país novo porque o velho nunca soube respeitar. Que saudade do tempo em que sentíamos o respeito do presidente Juscelino. Que tristeza que isso se perdeu. A característica política deste presidente não foi de construir coisas, mas de ser um modelo inédito e nunca mais repetido de respeito, até mesmo do irrespeitável. O senador Cristóvão Buarque fala em frente a um hemiciclo vazio, nem uma meia dúzia de senadores, entre eles o senador Jorge Viana, senador Paulo Paim, senador Pedro Simon, senador Rodrigo Rollemberg, mas os outros são... Enfim, eles não estão aqui agora. Cristóvão está falando lento, pausado, profundo, não é um discurso comum: -“Nós perdemos o movimento, nós estamos defasados. Nenhum de nós, nenhum partido, inclusive eu, não sabemos mais representar o eleitor da rua. Nós nos acostumamos a votar com as nossas idéias ou com a resultante das negociatas das cúpulas dos partidos, e esquecemos de representar a esperança do povo. O que nos sobra, senhores senadores? Exmo. Sr. Presidente proponho realizar uma constituinte para construir, de forma independente, uma reforma política inovadora, ampla, responsável e eficiente, porque nós, Exmo. Sr. Presidente somos irremediavelmente contaminados pela ansiedade da próxima eleição, que não podemos perder. Não é mais o momento de se chamar o marqueteiro do palácio para avaliar os prejuízos eleitorais, nem de se pedir conselhos para armar qualquer falcatrua à busca de iludir os meninos que estão na rua. É a hora, Exmo. Sr. Presidente, de deixar o espaço para que possa nascer o novo. Algo que o nosso cidadão está almejando: um país respeitável!” Os nossos filhos são os filhos do Brasil. Eles estão na rua clamando por algo que não temos: Respeito. Agora, nossos jovens estão no campo sobre a aclamação da torcida. Eles deixam a Itália atordoada, contabilizar o prejuízo. A seleção devolveu o respeito na arena, mas os nossos filhos querem também o respeito no trabalho, na rua e em casa. Eles exigem respeito no centro de saúde, no hospital. Eles exigem respeito nas escolas e nas Universidades. Eles querem respeito no asfalto e no trilho de ferro, em suas casas e em seus lugares para rezar, para amar, para existir. Juscelino pode ter tido defeitos. Entretanto, temos a certeza que um defeito ele nunca teve. Ele sempre respeitou a vida. Respeitou as pessoas. Respeitou a Constituição. Chegou a respeitar os seus adversários e até à utopia de respeitar seus inimigos. O Presidente voador sabe o que a palavra respeito vale. Será que hoje, a nossa juventude gostaria de ser respeitada por uma Pátria que se identifica com eles? Juscelino esperou 50 anos. Durante 50 anos ele escreveu, ele torceu, ele sonhou que a juventude pudesse tomar as ruas. Hoje, ele deve ter uma dessas gargalhadas que o tornou famoso e deve abraçar cada um que está subindo para a próxima passeata. Foram 50 anos para acordar a bela adormecida e ver o País buscar a sua verdadeira identidade. O Brasil esperou, Juscelino esperou. E 50 anos depois, os nossos meninos estão na rua, para mim, com a cara JK. Eu vejo em cada um deles essa gargalhada genial que desarmou todos os empecilhos, que realizou milagres, que construiu o impossível para oferecer de graça um Brasil novo e não mais o País do futuro, mas o Brasil que constrói o seu presente. Para mim, cada um desses meninos que estão na rua é um pouco do coração de Juscelino que está voltando a bater. E eu aplaudo, porque hoje me sinto honrado de ser brasileiro. Parabéns Presidente bossa nova, seus meninos estão lá em baixo para ascender o Brasil a uma grande e nova aventura! Contato: historiasqueengrandecemobrasil@gmail O autor, conforme o espírito das manifestações, escolhe compartilhar o anonimato. Texto cedido graciosamente, extraído de parte de um capítulo de um livro a ser publicado nos próximos meses sobre a história de grandes figuras honradas, esquecidas da memória nacional. Todos os direitos autorais são reservados em todas as línguas, métodos de divulgação, inclusive eletrônico, porém liberado aos meninos do Brasil que estão construindo a sua pátria, desde que seja mantida a sua integralidade.
Posted on: Wed, 26 Jun 2013 19:09:45 +0000

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