Questão de verbo meu amigo, não se exaspere tanto no entorno do “Ser ou não Ser”, pois nada é, e olha que nem falo da fluidez de Heráclito ou dos dramas enfadonhos e repetitivos de Shakespeare – vou me ater a gramática, não a nossa, que é fútil, desvairada e anti-filosofia – uma das coisas que amo nos estudos das línguas antigas é o profundo valor que se dá a PALAVRA, sobretudo no judaísmo; no hebraico não se conjuga o verbo ser no presente, excerto quando se refere à Yahvéh (Aquele que É), o primeiro nome dado a Deus, só uma divindade pode ser imutável a fim de não se abalar pelas paixões e pela sua solvência, imprevisibilidade e, por certo, humanidade. Vamos nos colocar na condição humana de “estar” e a sua pequenez passageira e volátil, apenas “estou feliz” ou “estou triste”; por isso, meu amigo brinde nesse dia de alegria e amanhã, bem, amanhã agradeça pela sorte de não se afogar ao chorar um rio como Alice.
Posted on: Mon, 15 Jul 2013 15:33:20 +0000
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