Quinze de novembro Ernest pensou que um dia fomos súditos num - TopicsExpress



          

Quinze de novembro Ernest pensou que um dia fomos súditos num reinado, tivemos uma família real no poder político, rei, rainha, príncipes e princesas até 1889. Cem anos antes, em 14 de julho, em Paris, na França, caiu a Bastilha, prisão nacional, símbolo do poder real, onde estavam recolhidos dirigentes políticos; Cem anos depois, em novembro, no dia seguinte ao da queda da Bastilha, 15, entre nós, no Rio de Janeiro, Capital do Reino, caía o Imperador no Brasil. Na França, por um golpe revolucionário burguês, progressista, sangrento; no Brasil, por um “golpe militar” sob o comando de marechal paranoico de pijama, sem resistência, conservador, exangue. A efeméride, lembra ele, nos leva a pensar na nossa origem física, biogenética, europeia, ibérica, lusitana, mesclada com o elemento autóctone, indígena, e depois, com o africano. O ibérico remonta aos colonizadores romanos, turcos e mouros; na base de tudo, o genoma da primeira Eva, nos confins da Somália a três milhões de anos atrás. Leva-nos a pensar também, acha ele, no gérmen poder político, nos grupamentos familiares sendo reunidos em clãs e tribos; depois, e mais adiante, no idos dos onze mil anos atrás, nos reinados e impérios, e nas repúblicas. Na construção desse poder, no entorno de um chefe e sua corte, o cimento da força física de milicianos e de soldados armados, a trapaça e os assassinatos. [Maquiavel, em suas consultorias e assessorias política e de marketing, recomendava essa receita]. Não havendo nada contra, e o nada sempre se fez presente, o poder passava de pai para filho, ou para o filho da irmã, o sobrinho, como no caso de Júlio César, Imperador Romano. Avalia Ernest que no tempo do nosso Império, que Deodoro da Fonseca, dizem que, derrubou, e depois na República que este instituiu, não mudou o esquema de acesso e de perda de poder. D. Pedro não teve nada a perder aos latifundiários da ocasião que efetivamente eram os que mandavam no Império. O Imperador atrapalhava os negócios que precisavam ser entabulados. Sobreveio a República para melhorar o desempenho das negociatas burguesas, instaurou-se o Império moderno do Capital. O mundo globalizou-se mais do que antes, os costumes no fio da navalha do crime permanecem os mesmo. O que se assiste em Brasília, compara ele, reflete ainda hoje a velha luta conservadora de costumes dos que querem manter o poder político em favor de seus interesses egoístas. Na França, Bonaparte, o Napoleão, foi escolhido pelos burgueses para legitimar com seus exércitos os objetivos burgueses de ascensão política e social e manutenção eterna nela; no Brasil contemporâneo a nossa burguesia, com o apoio da burguesia globalizada, escolheu Lula, o Luiz Inácio, criatura política do nosso Rasputin, Dirceu, não o de Marília, mas o José. Rasputin (alcunha de Grigoriy Yefimovich Novykh), bruxo, alquimista, exotérico, lascivo, foi a eminência parda do Czar russo Nicolau II; ambos foram assassinados; o Dirceu, eminência não tanto parda do governo Lula; está indo para a cadeia. Arriscando um palpite, na percepção de Ernest, Dirceu foi o autor da engenharia de poder político petista de quarenta anos. Foi traído pelo maior inconfidente da nossa história, – maior até que Joaquim Silvério dos Reis, que traiu os confidentes mineiros liderados por Tiradentes, também Joaquim, mas José da silva Xavier –, o advogado carioca, que nunca advogou, pelo menos enquanto na ativa parlamentar, Roberto Jefferson. Também está para a cadeia; boa sorte a deles; no século XVIII iriam ao patíbulo de forca. Outro Joaquim, o Barbosa, presidente do STF, deduz Ernest, a essa hora em Brasília, ao invés de estar descansando em praias cariocas [eu também no lugar dele efetivamente jamais trocaria as naturais praias cariocas – apesar da quantidade de coliformes fecais de suas águas – pelo chão do artificial lago Paranoá) tomando uma (“loura”, não necessariamente; pode ser uma “escurinha”) “gelada”, em pé, pelo problema lombar que ele tem, em algum perdido botequim de qualquer porto ali], está em seu gabinete com sua assessoria, cuidando dos mandados de prisão dos réus do mensalão petista. Sem querer ofender, compara Ernest, que Joaquim, do STF, é um dom Quixote em seu combate solitário e sem objetivo contra moinhos de vento; vem enfrentando forças à esquerda e recebendo apoios à direita (o do Gilmar Mendes, tucano de carteirinha, é pragmático); o combate necessário, dialético, entrementes, urge ser coletivo; nesse quesito o Barbosa perde. Tem que ter apoio político popular; dadas as modificações das forças políticas no tempo, com a globalização da informação e da capitalização de ativo moral e ético histórico devido ao progresso das instituições, graças à Web, nesse quesito, pode ganhar. Veremos.
Posted on: Fri, 15 Nov 2013 12:37:57 +0000

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