Repugnante as declarações do Presidente do Conselho Federal de medicina que disse em entrevista na Rede Globo no dia de ontem: Chegada dos médicos estrangeiros ao Brasil tem caráter eleitoreiro... Pior ainda, está preocupado com o dinheiro que os médicos estrangeiros irão ganhar. Se este será totalmente pago por seus governos após o repasse do Brasil, ou se os caras estão trabalhando de livre e espontânea vontade. Aff, deveria se preocupar em atender a população, até porque, se o cidadão não estiver contente com seu país, é só ir a Brasília e pedir asilo a qualquer país que melhor lhe convir. Vale lembrar que a maioria dos médicos tem experiências comprovadas de mais de 15 anos em vários países, e nem por isso deixaram de desempenhar essa nobre atividade humanista, apenas por dinheiro. Do presidente do Conselho Federal de Medicina, tudo soa com conversa jogada ao vento! Eleitoreira é a recusa dessa categoria elitizada que pensa ser a dona da rapadura. Ao se recusar a participar (menos de 10% optaram) da expansão da saúde para o interior do Brasil, a classe médica tupiniquim demonstra claramente o seu caráter ideológico com finalidades nitidamente eleitoreiras. Não querem participar do atendimento à população do interior do país, e ainda tentam impedir que outros médicos o façam. Mui amigos do povo... Afinal, quanto pior o atendimento a população em decorrência da falta de médicos e de meios, mais radical será o discurso dos seus pares nas próximas eleições... Ao argumentar a não exigência das provas “Revalida” para os médicos estrangeiros, fica evidente que no fundo mesmo estão tentando criar obstáculos para que a população não tenha acesso a um sistema de saúde mais digno. Seria interessante que houvesse exames “Revalida” para todos os formandos de medicina do Brasil antes de terem acesso ao CRM, que neste momento, para a população, representa bulhufas... Essa exigência seria oportuna, levando em conta que os formandos de direito tem de fazerem as provas da OAB (com menos de 10% de aprovados) para poderem exercer a atividade. Para outras profissões são exigidos os exames de proficiência como prova de capacidade. Porque este seguimento da elite burguesa não faz o mesmo? É o medo da reprovação mesmo após seis ou oito anos de formação e especialização? Discursos demagogos e egoístas não solucionam a questão da saúde popular... É preciso regaçar as mangas e fazer valer o juramento da classe que tem como fundamento salvar vidas.
Posted on: Thu, 22 Aug 2013 23:09:32 +0000
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