SEM FOGO No empate de hoje contra o bostinha, mostramos aquele que, talvez, seja o nosso mais sério problema neste Brasileiro – a incapacidade de decidir um jogo contra o time que não seja mais fraco. Nos falta poder de fogo para ganhar jogos duros. Durante boa parte da partida, principalmente no segundo tempo, fomos superiores, mas concluímos pouco, pois não conseguimos criar jogadas que redundassem em oportunidades de chute. Entramos com esquema diferente daquele que vinha dando certo. Em vez do 4-2-3-1, Luxemba armou um 4-3-1-2, procurando melhorar a qualidade de passe no meio, composto por Jean e Felipe, com Wagner como armador, tudo para explorar a velocidade de Biro-Biro. A estratégia funcionou logo aos 2 minutos e meio, com Biro tabelando com Jean e, livre na cara da Jefferson, botou no canto. O esquema, porém, apresentava um ponto fraco. Sem ter um sujeito fixo ao lado e maais três a sua frente, Edinho mostrava toda a sua lentidão - sempre realçada quando enfrenta o bostinha, um time de toque rápido –, além, claro, de sua natural burrice. Foi ela que fez com que cometesse uma falta sem sentido em Cidorfe, ao lado da área, quando o holandês estava de costas para o gol. O resultado é que o negão botou a bola na cabeça de Marques, que pegou mal, mas ela resvalou em Bolívar e entrou no cantinho. O bostinha teve mais tempo de posse de bola – segundo o scout do Sportv, 60% a 40% -, mas fomos mais objetivos, principalmente com Biro, que levou vantagem sobre Edílson e teve uma ótima chance de desempatar num lance muito parecido como gol, mas chutou errado, e ainda criou uma outra, desperdiçada por Wagner. A melhor oportunidade deles foi um chute de Julio César, que Leusébio salvou, com Cavalieri já batido. Os últimos 45 minutos evidenciaram o problema que citei no lide. Tivemos o domínio territorial – o bostinha manteve a vantagem na posse de bola em todo o jogo, mas ela caiu de 60% para 53% de acordo com o scout do Sportv -, mas não chegamos a assustar Jefferson. Normalmente, em jogos assim, a nossa principal jogada é com Carlinhos, mas com a saída deste, sentindo a coxa ainda na primeira etapa, ela foi-se e ficamos à mercê de bolas alçadas da na área em cobranças de falta ou escanteio facilmente rebatidas pela zaga Bolívar-Dória. Enfim, diante de nossa incapacidade de decidir, o empate ficou de bom tamanho, pois somamos um ponto e avançamos mais um passo em direção à manutenção da vaga na Série A no ano que vem. No domingo, contra os tomates, teremos sérios problemas, pois não contaremos com Diego (seleção), Gum e Edinho (terceiro cartão) e Carlinhos (machucado). Serão desfalques duros, já que pegaremos os vermelhos na casa deles, o que é certeza de pressão. DIEGO: Sem culpa no gol, contou com Leusébio para tirar a outra bola que o venceu. No segundo tempo, a rigor, assistiu ao jogo. RAFINHA: Mesmo desabituado à posição, mas até leva jeito para a lateral. Não se intimidou com a presença constante de Cirdorfe pelo seu setor no segundo tempo. GUM: Se foi seguro na defesa, sentimos um calafrio percorrendo a espinha, toda a vez que tenta sair jogando. LEUSÉBIO: Muito firme, salvou um gol no primeiro tempo. CARLINHOS: Não estava bem, mas poderia subir no segundo tempo, como vinha fazendo nos últimos jogos. Infelizmente, sentiu e, pelo que deu pra ver, vai ficar de fora um bom tempo. RONAN não comprometeu na defesa e até apareceu mais ou menos no ataque, mas é muito franzino. EDINHO: Primeiro tempo horroroso – a falta que fez em Cidorfe e que resultou no gol foi ridícula -, mas melhorou muito na etapa final, quando foi mais à frente. JEAN: O mais lúcido do time, desdobrou-se na marcação e na armação. O passe para o gol foi de craque. FELIPE: Está mais do que pronto para o showbol. Não tem mais condições de atuar em alto nível. Deixou espaço no meio e não conseguiu fazer o que deveria, quando com a bola nos pés – armar o time. RHAYNNER fez o de sempre: correu, deu algumas trombadas e errou passes e centros. WAGNER: Tirando uma chance perdida no primeiro tempo, depois de jogada de Biro, praticamente não apareceu. RODRIGO BITTENCOURT marcou bem e não fez as bobagens costumeiras. SÓBIS: Bem marcado, pouco produziu. BIRO-BIRO: O jogador mais efetivo do time. Marcou um gol de quem sabe o que faz diante do gol, perdeu outro por ter sido traído pelo quique da bola e atazanou Edílson até o fim. Hoje, é titular sem contestação, mas precisa aperfeiçoar o passe, pois erra muito. LUXEMBA: Montou boa estratégia, mas não considerou o problema da lentidão de Edinho. Mandou o time para cima no segundo tempo, porém não pode fazer mais do que isso por falta de material humano. E essa deficiência será ainda mais sentida no domingo.
Posted on: Thu, 03 Oct 2013 02:36:44 +0000
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