Sabe o que me parece? Que os direitos não são iguais. Que nossa constituição é uma farsa e que nossas autoridades policiais, não sabem exatamente qual é o seu papel. Lá em São Paulo, pais, filhos, esposas e amigos de policiais, e eles próprios, não devem pegar ônibus... Devem andar só de carro, helicóptero, ou sei lá o que? Eles não entendem que a manifestação é em prol da sociedade, da qual eles também estão inseridos. Ou são seres tão superiores para estar à parte? Se o movimento conseguir um resultado positivo, o benefício será para todos. Eles deveriam garantir a segurança sim, mas poderiam optar por uma ação inédita: se juntar aos manifestantes, sem deixar de lado, é claro, sua missão. Esse é o primeiro ponto. O segundo ponto é que, ao ver essas imagens fica claro que para eles, nós jornalistas, só servimos quando é para divulgar, cobrir, dar voz às reivindicações da classe policial. Porque quando são eles nas ruas, conclamando greve geral, paralisação, realizando manifestações manifestações, somos comunicados e solicitados para ajudar a dar visibilidade ao movimento. Espera...hoje vocês batem...amanhã nos chamam para um cafezinho? Sabe qual deveria ser o próximo "levante"?, o dos jornalistas...para sermos tratados com o mínimo de dignidade, respeito, educação. Pois a nossa profissão não é menos importante do que a deles. Eles possuem capacetes, armas, escudos, gases, bombas e tudo mais para se protegerem. Mas nós possuímos algo tão poderoso quanto esse armamento: o poder da informação. Eu apoio os manifestantes, as lutas, as carreatas, as passeatas. Eu apoio uma sociedade viva e que não se deixa ser manipulada e/ou regida pela política de conveniência das empresas bilionárias, que são no fundo, quem manda e desmanda na terra de Santa Cruz.
Posted on: Fri, 14 Jun 2013 14:15:32 +0000
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