"Se só nós existíssemos no universo, seria um tremendo desperdício de espaço" Carl Sagan - Contato Não é preciso ir muito além das montanhas no oeste para descobrir mais que nosso cérebro é capaz de imaginar. Basta reparar na beleza de uma rosa para pensar equações quânticas capazes de definir uma vida e toda a sua complexidade. Claro que nem sempre as pessoas saberão distinguir uma rosa de uma tulipa para aquele que não é um estudioso, um cientista, mas a beleza é visível em ambos os casos: Tanto uma tulipa quanto uma rosa tem formas parecidas e são perfumadas o suficiente para acreditarmos que são perfeitas. Contudo, mesmo que surgisse uma pessoa que fosse capaz de ver uma mina de ouro em uma plantação de rosas ou tulipas, ainda assim existiria quem pisasse suas pétalas como um carro com um motorista bêbado dirigindo em uma autobahn alemã a mais de 200 por hora: tem gente que simplesmente não vê a beleza das flores ou da vida humana. E só precisa para o velocímetro da vida, a pressa que corre nas veias, sem ter tempo para reparar nas cousas. Deve ser interessante olhar o oceano e imaginar tudo o que foi necessário fazer para mostrá-lo ali, coloração e vida dentro dele, o sal marinho que tempera nossos corpos após sairmos dessa cadeia de eventos em que nos metemos. E a areia que forma o chão, que cose cavernas em determinados cantos, que reveste templos aquáticos que não conseguimos ver, que soterra obras que a humanidade levou anos para fazer e outros tantos para se perderem nos naufrágios do tempo. Estava certo Sagan quando disse que somos poeira de estrelas. Nossa vida, se formos contemplá-la em sua profundidade, é como uma borboleta que nasce desprezível e se enche de cores e formas, desabrochando para a existência. Mas como crer que ela não nasceu daquele jeito? Historicamente, fomos como a barata de Kafka, metamorfoseando e nos adaptando ao longo das eras, transformando tudo ao nosso redor. Sem consciência, hoje não sabemos o que somos, se deuses ou loucos, se reais ou imaginários de uma "ultraconsciência" que abrange todo o universo, se únicos ou apenas parentes desconhecidos. Afinal, o universo é gigante! Quem sabe onde andarão nossos amigos de fora deste planeta, se é que eles existirão? A obra "Contato" deve ser algo real, principalmente por que nos mostra que recebemos mesmo uma mensagem vinda dos confins do universo e também aponta para lugares que hoje se descobrem habitáveis, pela ciência moderna. E olhe que a obra tem quase 30 anos! Mas não deveríamos analisar apenas seus conceitos sobre religião e fé, mas sim as possibilidades sobre a beleza do universo como um todo, o passar do tempo, as formas, a matemática, os padrões de repetição que, ainda que sejam semelhantes em muitas coisas, podem se mostrar muito mais bonitos pela singularidade na maneira como são apresentados, suas cores, tipos, composições... É mais ou menos como um livro que nasceu numa explosão da matéria com a antimatéria (dizem que o Cosmo nasceu assim mesmo, num choque, e ainda acreditam que este é um evento que se repete de tempos em tempos): Ele conta uma história que não podemos. Cores, sons, formas, forças e tudo o mais que seja necessário para que possamos ver a brilhante composição divina (ou do acaso, como querem acreditar alguns) do espaço como um todo - e não apenas o sideral. Precisamos despertar nossos olhares para a beleza da vida. Quer seja uma simples flor, quer seja a construção do universo, ela representa mais que nossa capacidade de observar e de modificar o que haja a nossa volta. Dentre bilhões de estrelas, em cada uma há uma beleza específica, uma forma que não conhecemos e que se torna tão melhor de ser vista com os bons olhos da evolução humana ao qual parecemos sofrer ao longo de aprendizados, genéticos ou não. Não devemos apenas observar, mas compreender. Não apenas transformar, mas nos modificar. E sempre em progresso definitivo, continuando nossa escala da evolução, mudando tudo pra melhor. Mas nunca deixando de nos maravilhar com a criação!
Posted on: Thu, 01 Aug 2013 09:35:10 +0000
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