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Semana passada, eu postei aqui um comentário sobre a invasão do Instituto Royal, no qual manifestei meu desacordo não em relação ao mérito, mas em relação à forma como tudo aconteceu. Eu havia dito: Na boa, ativismo contra rinhas de galo, contra brigas de canários, contra tourada, contra rodeios etc. e tal eu até apoio, agora essa histeria toda contra pesquisas farmacêuticas não dá pra entender. Eu também acho os Beagles fofinhos mas, pera lá, a gente tá falando de testes de medicamentos para uso de seres humanos. E continuei: Lógico que os responsáveis por essas pesquisas têm que cumprir as exigências previstas em lei. Claro que os animais não devem ser submetidos a procedimentos que causem dor desnecessariamente. Claro que eles têm que ser cuidados e respeitados enquanto seres vivos. Mas é exatamente em nome da vida, da vida humana, que essas pesquisas precisam ser realizadas. Que há falcatruas, há. Que há instituições e cientistas preocupados só com o lucro e se lixando para a vida dos bichinhos e para a saúde humana, há sim. Há inclusive pesquisas absolutamente inúteis de produtos absolutamente desnecessários. Mas há pesquisas em desenvolvimento que podem significar a esperança de cura de muitos males e de vida para muita gente. Nos casos de abusos ou de qualquer outro tipo de desvio de conduta, o que tem que se fazer é denunciar para que os maus tratos sejam investigados e, em caso de comprovação, que sejam punidos os responsáveis. Só que as reações foram tão raivosas que, pela primeira vez desde que eu criei uma conta aqui no facebook, eu deletei um post. Não por causa das críticas, mas porque, num exercício de auto-crítica, eu reconheci que a maneira como eu havia me expressado (nos trechos que não reproduzi aqui) tinha sido excessivamente antipática para as pessoas que têm na defesa dos direitos dos animais uma bandeira de luta prioritária em suas vidas. Para não ofender essas pessoas, preferi deletar o post. Mas mantenho minha opinião: a vida humana é mais importante do que a vida de qualquer outro animal. Tenho amor pelos bichinhos, mas tenho muito mais amor pelos seres humanos. Não é possível que eu seja um nazista por pensar assim. Nazismo, para mim, e é por isso que eu volto ao tema (espero que com mais cautela dessa vez), é alguém sugerir que os testes científicos sejam feitos em seres humanos (detentos do sistema carcerário, por exemplo), em substituição aos animais. Pera lá, né. Acho que tudo tem limite. O amor pelos animais, por mais incondicional que possa ser, não deveria nos autorizar a pensar em barbaridades e atrocidades como submeter seres humanos aos riscos de uma pesquisa como cobaias. Para mim, todo o valor da dedicação de uma pessoa pela defesa dos animais vai para o ralo quando essa pessoa faz uma declaração tão absurda, desumana, anti-humana como essa. Como bem disse o Marcelo Zorzanelli: um assassino, ou traficante, ou ladrão, na pior das hipóteses, pode sair um dia da cadeia e ter um filho. E este filho pode ser qualquer coisa. Se o preso não vale nada (e tem gente que está além da redenção), a prole pode redimi-lo. Você entende? O filhote da espécie humana é um animal que não tem limites. Ele ou ela pode ser o pesquisador(a) que vai curar o câncer. Ou salvar um animal da extinção. Ou ter a próxima ideia que vai revolucionar nossas vidas. Ou escrever a canção de amor mais bonita do século.
Posted on: Fri, 25 Oct 2013 13:33:31 +0000

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