Sou eu, não você! Eles foram e entraram no barco, mas naquela noite não pegaram nada. (João 21.3b nvi) “O problema sou eu, não você!” Provavelmente era esse o sentimento dos discípulos em relação a Jesus naqueles dias logo após a ressurreição. Eles obedeceram às ordens de Jesus e foram à Galileia para ali encontrarem o Senhor (Jo 21.1-14). Enquanto aguardavam o Mestre, resolveram pescar (v. 3). O verbo “pescar” está no tempo que pode significar “pescar continuamente”, ou seja, voltar à vida de pescador. É provável que eles estivessem pensando em desistir da carreira de apóstolos, frustrados com a derrota por ocasião da crucificação de Jesus. Bem, é possível que a crise não fosse tão profunda e tivessem resolvido pescar porque não conseguiram pensar em nada mais útil para fazer em seu desânimo. E põe desânimo nisso! Não se percebe na passagem a consciência do chamado para suprema missão e o senso de urgência que sentimos em cada página do livro de Atos depois de Pentecostes. O problema não era Jesus. Ele já havia vencido a morte, confirmando suas palavras e provando que era mesmo o Salvador. O problema dos discípulos era sua própria incapacidade evidenciada dias antes — incapacidade de sustentar decisões tomadas diante do Senhor. De qualquer forma, eles tentaram pescar a noite inteira e não conseguiram nada. Imagine a frustração que tomou conta deles: “Não dou para apóstolo, não dou nem para pescador!” Mas ao amanhecer Jesus estava na praia. Ele sabia o que seus discípulos sentiam e veio ao encontro deles para chamá-los de volta. Jesus sabe o que sentimos em nossa pior crise. Norio Yamakami < < < > < < < Porventura, não nos ardia o coração, quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras? (Lucas 24.32)
Posted on: Mon, 08 Jul 2013 16:49:23 +0000
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