São Três as Classes Sociais: Burguesia, Classe Média e - TopicsExpress



          

São Três as Classes Sociais: Burguesia, Classe Média e Proletariado Burguesia e proletariado, segundo Marx e Gramsci, são as classes fundamentais, porque nelas estão concentrados os elementos centrais da luta de classes: mais-valia, bem-estar social, divisão social do trabalho, alienação, etc. Burguesia e proletariado formam partidos, sindicatos, associações, etc. Por quê? Ambas reconhecem que na luta de classes (e na política) esses instrumentos são imprescindíveis. Em ambientes democráticos ou não. A burguesia é a classe dos donos das fábricas, das fazendas, das minerações, do grande comércio, dos bancos etc. Enfim, são os proprietários particulares dos meios de produção, isto é, são os donos do capital. Por isso se chamam capitalistas. São seus representantes: FIESP, CNA, CNI, FEBRABAN, IBRAM, UDR, PSDB, DEM, PP, etc. O proletariado é a classe dos que, não sendo proprietários dos meios de produção, só possuem como propriedade sua força de trabalho, que eles vendem por certo tempo à burguesia, em troca de um salário. É verdade que, dentro do proletariado, existem trabalhadores que ganham mais que outros. Por exemplo: um ferramenteiro ganha mais do que um ajudante. Mas tanto um como o outro vivem do seu trabalho. Se pararem de trabalhar, nem um nem o outro têm como sobreviver. Por isso, os dois são proletários. São seus representantes: CUT, MST, CTB, Conlutas, Força Sindical, Contag, PT, PCdoB, PCO, PSOL, PSTU, Movimentos Sociais, etc. Portanto, na sociedade capitalista existe uma separação entre o capital e o trabalho. Quem trabalha diretamente não possui os meios de produção, e quem possui os meios de produção não trabalha diretamente. A burguesia usa a força de trabalho dos proletários para fazer funcionar seus meios de produção, e assim produzir mercadorias para obter lucros. Com esse lucro, além de viver com muito conforto e luxo, os burgueses melhoram em quantidade e qualidade seus meios de produção, para produzir mais mercadorias e obter mais lucros. Esse processo repetido todos os dias é o processo de acumulação de capital. O proletariado, pelo contrário, não acumula nada, vendendo-se todos os dias no mercado de trabalho, para poder viver, ou sobreviver, geralmente muito mal, com muitas dificuldades. E a classe média? A "classe média" não é uma classe fundamental, quer dizer, não é ela que determina a natureza da sociedade capitalista. Esta oscila entre as classes fundamentais. Normalmente, a classe média se espelha na burguesia, enquanto modelo de ascensão social, e repudia o proletariado por ser contra as ideias igualitaristas. É uma classe constantemente aterrorizada. Medo do monopólio da burguesia que proletariza, medo da esquerda que traz para a cena política atores do povo e novos demandantes de recursos públicos. É típico da classe média noções como: meritocracia e individualismo, se opondo a tudo que pareça coletivo. Cotas? Nem pensar! O antipartidarismo e o senso comum sobre a política são características desta classe. É estimulada pela direita. Leitora da Veja e Folha de São Paulo. A classe média se considera injustiçada, pois acredita que é a única que paga impostos e, por isso, não concorda com políticas de transferência de renda ou democratização do Estado. Nos momentos de crise ou tensão social, a classe média sucumbe rapidamente aos slogans nacionalistas e combate o que rotula como "populismo, comunismo, república sindical, mar de lama". Já conhecemos esta história. A rejeição aos partidos nas manifestações é direcionada aos partidos que sempre estiveram nas ruas, à esquerda. A direita nunca se apresentou com seus partidos, mesmo operando enquanto tal. A classe média voltará para casa? Depende. É certo que não sustentará o movimento de rua nesta linha difusa, sem rumo. Será muita energia desperdiçada. Aí a coisa ficará perigosa. Para onde irá? Se a pauta oscilar para as demandas populares, bem-vindos! Se pender para o golpe, aí teremos problemas. Quero acreditar na força da nossa democracia, mesmo com problemas. E desejo que nossas entidades históricas assumam seu papel neste processo, lutando contra o retrocesso. Créditos: Achei o texto bem oportuno. Copiei inicialmente para análise. Não conseguir obter a autoria do texto original, que foi ampliado por mim em 50% de sua edição original.
Posted on: Sun, 23 Jun 2013 21:19:56 +0000

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