São nossas vidas compostas apenas por fatos? Somos um somatório de análises científicas das experiências pelas quais passamos? Do que é composta nossa história, senão de beleza, sentido, interpretações – ficcionais ou não -, romances e tragédias? E como deve proceder o historiador para "ler" essa multiplicidade de elementos que compõem a história? Roger Chartier, historiador francês e ensaísta especializado em história das práticas culturais e história da leitura, explica o poder do mito e da arte na construção da história - um conhecimento que abrange as interpretações, as ficções, as distorções dos fatos históricos, que constitui o saber. "O historiador deve reconhecer que há produção de saber, de conhecimento. Toda a dificuldade, todo o nosso esforço é para mostrar que o conhecimento histórico é de uma ordem diferente, porque ele repousa sobre técnicas diferentes, sobre operações diferentes, sobre critérios de validação diferentes. E, nesse sentido, mesmo se ela não tem o rigor das ciências, como a física e a matemática, ela é um conhecimento científico. E está aí, eu creio, o grande desafio de reconhecer o conhecimento inscrito nas formas de ficção e, ao mesmo tempo, de reconhecer que os historiadores escrevem talvez como os romancistas, mas a serviço de um saber que está fundado em razão e sobre a própria arte ou as técnicas, ou as operações do seu ofício." (ative a legenda do vídeo clicando no símbolo "CC" no menu do player) -> SIGA O FRONTEIRAS DO PENSAMENTO - No Facebook: facebook/fronteirasweb - No Youtube: youtube/fronteiraspoa
Posted on: Wed, 25 Sep 2013 00:22:55 +0000
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