TENHO PENA DO BRASIL! Tenho pena da “direita política” no - TopicsExpress



          

TENHO PENA DO BRASIL! Tenho pena da “direita política” no Brasil. Desde nossa formação encontramos exemplos de que sempre ela atuou mais em benefício próprio aliando-se aos estrangeiros: portugueses, espanhóis, holandeses, ingleses – daí o Barão de Mauá pode dizer algumas coisa – depois aceitou o acordo Inglaterra-Estados Unidos e nossa dívida foi pro brejo... acho que o da Cruz. Bem, sempre massacramos os movimentos populares que reivindicaram um aumento de sua cidadania ou mesmo uma cidadania que nunca saía do papel. Em nossa infância e adolescência foram muitos os movimentos populares tanto quanto os de elite. Enfim, hoje lembramos, por exemplo, da inconfidência mineira que a elite canta em verso e prosa, mas que na época foi considerada um ato subversivo... quem morreu como culpado? Foram as pessoas que faziam parte da elite do poder da época? Foram os fidalgos de boas famílias? Ou um certo dentista que assumiu a culpa? Um alferes que muitos imputam a inteligência de um Hitler, mas tenho cá minhas dúvidas, penso que era uma pessoa com certa limitação intelectual e de liderança, mas disponível para aceitar tão grande missão: ser culpado. Que falta fez esse alferes em sua época? Bem, Revolta da Chibata – Almirante Negro, Antonio Conselheiro, Lampião, Coluna Prestes, Sabinadas, balaiadas, contestados, Farroupilhas, Equadores, 1817s, enfim, movimentos e movimentos e quem se lembra? Reformas de Base, tenentistas, anarquistas... quantos foram mortos? Presos e torturados? Perseguidos, exilados interna e externamente? Mas, o que importa é nossa história recente, que os jovens devem, com certeza, acho que mais com ironia, digo que conhecem. Na ditadura imposta na década de 60 os militares caçaram os comunistas e deixaram de lado e crescendo o crime organizado, fato que hoje se tornou notícia de primeira página, pauta das televisões, todos querem e falam do crime organizado, esquecendo de como ele se instalou/organizou no Brasil. Veio a década de 70 os comunistas além de perseguidos, presos, torturados começaram a ser mortos, eliminados, pois começavam a atrapalhar os planos de uma elite entreguista que via no capital internacional a salvação de seus investimentos/lucros, ou de sua ingenuidade. As “aves de rapina” internacionais diminuíram a liquidez de seus financiamentos e nossa elite começa a se ver sozinha e agarra-se a um modelo ideal: A Segurança Nacional. Ao lado começa a passar, ou melhor se criar ou especializar-se uma rede de corrupção envolvendo tudo, assim como uma praga bíblica... era o “destino dos deuses”. Com o tempo, àqueles revolucionários que restaram reiniciam uma conquista de suas cidadanias, mas a elite vira as costas e olham para fora de nossas fronteiras, elegem um presidente, boicotam governos populares, articulam com os órfãos da ditadura e endurecem a passagem para uma democracia de ilusão. Os filhos da ditadura tiram um presidente do governo, desvelam a rede de corrupção e encontram um “câncer” crônico e em expansão. - O que fazer? É a pergunta “sekeaspeareana”, pois é essa a questão. A elite optou em calar um povo, tolher a criatividade e inovação de seus filhos, sua educação. Hoje, netos e bisnetos da ditadura, filhos de um processo castrador como bem denunciava a música “coração de estudante”. E eu pergunto a mesma elite a seguinte pergunta: - O que nos restou? Valeu mesmo à pena toda essa repressão? Eu respondo, ligo a televisão e vejo esses jovens, netos e bisnetos de uma ditadura imoral, violenta, anti-humana, a vagarem pelas ruas pedindo mais democracia, contudo, negando-a própria com seus atos de vandalismo. Quebrando lojas, invadindo as instituições democráticas que eles mesmos reivindicam: câmara federal, senado, palácio da alvorada, câmaras municipais, sedes de governos: municipais e estaduais, tribunais, além de lojas, carros de particulares, postos de polícia, placas, lixeiras, prédios históricos (feito de um próprio estudante de arquitetura), carros da imprensa, ônibus, e acima de tudo, destroem a dignidade de um povo lutador. Que luta desde sua infância em 1500 e está hoje à procura de um modelo que fuja do europeu, do americano, do russo e de qualquer um que seja, pois agora está reconhecendo que ele precisa construir o seu próprio modelo. Modelo este que deve sair de conflito entre o “ficar e esperar” ou “ir em frente” mesmo sem saber onde chegar e se vai chegar. O povo que sofre dia a dia quer andar, quer cidadania, mesmo sem compreender o que realmente ela seja, qual a profundidade de sua compreensão. Não importa, esta população quer escola para os seus filhos, médicos para sua família, comida para seus estômagos, quer – como dizia os Titãs - “diversão e arte”, independente de que se estude Marx, Ricardo, Keynes, Raul Seixas, Lenon, Buda, Cristo, Paulo Freire, Charlot, Piaget, Frainet, as Frenéticas, Vanderléia, Gil, Chico, Caetano, ou o seu vizinho do lado. Mas, que se estude com a competência de se decidir o que quer ou não seguir, esta ou aquela ideologia. Este poderia ser um dos conceitos auxiliares da cidadania: “a condição de escolher, com consciência, a ideologia política que quer para o Brasil”. Lembrando que, ao povo deve-se resguardar o direito de construir a sua própria ideologia. Então, deixe que ele estude tudo o que puder, discuta, pense, reflita e tenha condições de escolher: se vai para a rua quebrar a cidade ou reafirmar a sua cidadania e proteger/garantir o patrimônio que é de todo o povo brasileiro. - Só assim “verás que um filho teu não foge à luta, nem teme , quem te adora, a própria morte”. Valnei Francisco de França
Posted on: Mon, 16 Sep 2013 00:24:59 +0000

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