Temos alternativa! Quando, há quatro anos, os barcelenses foram chamados a eleger novos órgãos autárquicos, fizeram-no com o firme propósito de pôr fim a mais de três décadas de consulado PSD. Se é certo que as promessas eleitorais do PS, como a irresponsável garantia de que baixaria o preço da água para metade, terão contribuído para a tangencial e inesperada vitória socialista - especialmente para os próprios... -, não é menos verdade que foi determinante a fadiga de tantos e tantos anos de gestão social-democrata, a qual, desgastada pelo tempo e por más práticas, acabou por cair de madura. E assim, uma vez mais, ficou demonstrado que a mudança democrática do poder acontece mais por demérito de quem o exerce, do que pelas qualidades de quem o conquista. A míngua de virtude com que o executivo socialista tem gerido os destinos municipais no mandato que em breve termina (até que enfim!...), e que o tempo se encarregará de registar como o pior que Barcelos conheceu, confirma-o. Chegados aqui, eis-nos de novo convocados a exercer a suprema soberania: escolher, pela via do voto, quem nos há-de governar no próximo ciclo autárquico. Desta vez o panorama é substancialmente diferente. Uma luta que se tem resumido ao duelo PS/PSD (agora com o CDS, e um equívoco ideológico chamado PPM*, ao dependuro) vê-se agora enriquecida pela presença de um novo concorrente: o MIB - Movimento Independente Por Barcelos. Escolher entre os do costume significa reeleger os que lá estão, mesmo depois de demonstrarem repetidamente a fraca massa de que são feitos, ou então retroceder ao tempo dos sociais-democratas, os tais que, em mais de trinta anos, deixaram que Barcelos se secundarizasse face a vizinhos como Famalicão, Ponte de Lima ou até mesmo Esposende. Mas isso não seria mais do que escolher entre o menor dos males, o que, convenhamos, é pouco... Por outro lado, votar no MIB - Movimento Independente Por Barcelos é chamar à governação municipal nova gente, imbuída do sentido de serviço, profissionalmente preparada para enfrentar as exigências da missão, descomprometida relativamente às terríveis máquinas partidárias, sempre ávidas de usar os recursos públicos em proveito próprio, é, numa palavra, a libertação, ao nível local, da tragédia nacional que radica na apropriação do Estado por parte dos partidos, e cujo resultado todos estamos a pagar com os insuportáveis sacrifícios que nos são impostos. Não será por acaso a proliferação de candidaturas independentes a que, de norte a sul, se assiste em Portugal: a saturação face ao esgotado modelo partidocrático, o descrédito em que cai diariamente a classe política tradicional, a noção de que o estado a que chegamos é responsabilidade exclusiva de anos e anos de alternância sem verdadeira alternativa, enfim, tudo isto somado gerou a congregação de gente livre e preocupada com o bem comum em torno deste ideal de cidadania: os movimentos autárquicos independentes. Entre nós chama-se MIB - Movimento Independente Por Barcelos, e tem por objectivo melhorar Barcelos e a vida dos barcelenses. Assim estes o queiram. * Confesso-me absolutamente monárquico. Por isso mesmo não compreendo os que pretendem enfiar o ideal em que acredito no espartilho de um partido. Barcelos, 15 de Julho de 2013 João Barreto de Faria
Posted on: Fri, 26 Jul 2013 19:44:34 +0000