“Um dia daqui a alguns anos, em uma tarde de domingo você vai - TopicsExpress



          

“Um dia daqui a alguns anos, em uma tarde de domingo você vai estar em uma roda de amigos se embebedando em um desses bares largados pela cidade, assistindo algum jogo que estará passando na televisão, do seu time favorito. Você estará rindo, estará se divertindo e provavelmente xingando algum jogador que deu algum passe errado. Mas logo você abrirá um sorriso e beberá mais um gole de cerveja. Depois da partida, você se despedirá de seus amigos. E irá para casa. Abrirá a porta e sentirá o vazio, o vazio dela. Sentará no sofá, pegará o celular e não achará nenhuma mensagem, nenhuma ligação. Sentirá uma pontada de tristeza e provará o sabor amargo da saudade. Você vai sentir um peso em suas costas, e acredite: será o peso da solidão. Você vai tentar ligar, e a cada som da espera na linha telefônica sentirá teu coração bater mais rápido. No fim, caíra na caixa postal. Ela não irá atender. Talvez, estará ocupada demais para você. E você mais uma vez, tomará mais uma dose de saudade. É amargo, não é? Você desejará a ter de volta, sentirá saudade de todos os momentos que passaram juntos. De todas as brigas, de todas as conversas, de todos os abraços, de todos os beijos, de todos os sorrisos. E principalmente da voz dela, dizendo que a amava quase como um segredo, quase como uma canção, um sussurro talvez. Mas lembrará também, que ela já não lhe pertence mais. Sentirá um soco no estômago, quando sair pelas ruas e a ver com outro. Lamentar-se-á, mais ainda, quando souber que ela está bem. Que não precisa de você. E quando sair com algum de seus amigos em comum, ficará mal e tentará disfarçar ao ouvir rumores de um suposto casamento. Sentirá ciúmes quando ouvir o nome dele. E então, você começará a tentar preencher todo o vazio que há em ti. Você sairá com outras mulheres, dormirá noites ao lado delas e ao acordar, perceberá que nada lhe foi preenchido. Sairá todos os dias, vai beber até cair, vai sair se jogando em todos os braços e provará os gostos de todos os beijos. Você tentará inventar a tua própria felicidade. Mas ninguém lhe disse? Felicidade inventada é felicidade maquiada, é passageira é um momento, não uma permanência. Você se perderá aos poucos, e no fim do fim perceberá que deixou a sua felicidade correr. Sentirá mal, péssimo, destruído, mas também sentirá que precisará tocar em frente. Sabendo que a perdeu, para alguém melhor do que você. E então, você desejará que ele não cometa os mesmos erros que você, e que a faça feliz, de um modo e de um jeito que você a nunca fez.” — Esses nossos contos indecisos. Gabriela Brantes, Monossílabicos.
Posted on: Wed, 25 Sep 2013 00:32:18 +0000

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