Um professor meu(Éden Amorim) me mandou esse link muito legal - TopicsExpress



          

Um professor meu(Éden Amorim) me mandou esse link muito legal para um texto q descreve explicando o movimento de forma beeeeeem completa, profunda e crítica. De um ponto de vista de esquerda não rancorosa e mais científica. VALE MUITO A PENA LER!!!! A violência Cabe uma palavra, neste ponto, sobre a questão da violência, não só a da polícia, não só a dos aproveitadores, não só a dos agitadores infiltrados, mas toda ela. Colocando-se assim, como conceito, ela perde seu caráter quase consensual – todo mundo, quase, é contra – e se revela terrivelmente complexa e dúbia. No plano individual, compreendo bem o que possa querer dizer “sou contra a violência”. Eu, como individuo, posso decidir ou não dar um murro na cara de alguém ou me afastar de uma pessoa que faça isso com regularidade. Posso mesmo me decidir a fazer parte de um grupo violento e sou plenamente responsável por essa decisão, isto é, respondo por ela. Subindo mais um degrau, pode-se dizer que uma manifestação particular pode escolher ser pacífica; aliás, deve. Para isso, porém, é preciso uma organização bastante forte, uma grande disciplina e liderança. Ou seja: movimentos sociais constituídos, partidos e sindicatos conseguem fazer isso. Usuários do Facebook, isoladamente, com demandas abstratas e anti-partidarismo, não. Nesse caso, uma insana descarga de violência se torna inevitável, justificando todo tipo de repressão. Subindo mais um degrau, ou seja, chegando no plano da ação política como um todo, dizer-se contra ou a favor da violência perde o sentido que tinha originalmente. É como dizer-se contra o particularismo de interesses de grupo, a corrupção em geral ou a lentidão das decisões burocráticas. Antes de ser uma escolha moral, algo intrinsecamente molecular, a violência é um fato afetivo e, exatamente por isso, está no cerne de toda política. Não à por acaso que Weber define o poder do Estado como o monopólio de violência legítima. “Legítima”, ele diz: a lei, o Estado, particularmente o Estado de direito, atuam de modo a institucionalizar e ordenar processos que, deixados por conta própria, se resolvem sempre pela violência. Nem que seja a violência de resistir como um muro imóvel. Quando um carro bate contra ele, o choque é violento. É sempre bom voltar à Crítica de Violência de Benjamin: a violência instaura o direito e ela reforça, mantém, o direito. A violência pode ficar escondida, mas não desaparece jamais. A violência, quando se descarrega como se descarregou no Rio esta semana, em São Paulo na semana passada, em Fortaleza, em Campinas, no Recife, em Ribeirão Preto, em Vitória, em Brasília, pode ser melhor encarada como uma medição. De quê? Do descompasso entre as vias institucionais de acomodação de conflitos e os próprios conflitos, em torno de desejos, interesses, necessidades, potenciais. Ou seja, é uma medida de frustrações, raivas, medos. Isso vale para todos os lados: a frustração de quem está subindo e não consegue fazer valer sua ascensão. A frustração de quem está perdendo privilégios e não consegue, e não quer, se adaptar. A frustração de quem quer ocupar um lugar na sociedade (negros, gays, mulheres, periferias) mas vê os caminhos bloqueados até mesmo por quem foi designado – isto é, eleito – para ampliar esses caminhos. A potência agressiva de quem detém o poder de editar imagens, transmiti-las para todo o país e adaptar a realidade das ruas a sua própria pauta. Portanto, não estranhe que radares sejam destruídos e que qualquer palácio seja alvo de invasão: são símbolos do poder, algo à mão para a fúria destrutiva. Read more: diegoviana.opsblog.org/pauta-difusa-e-derrota-mais-uma-vez/#ixzz2XBnDRxkb Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial Share Alike
Posted on: Tue, 25 Jun 2013 02:03:37 +0000

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