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União de Eduardo Campos e Marina Silva repercute na política da BAhia Apesar de a senadora Lídice da Mata, presidente estadual do PSB, ter declarado que ainda é “cedo para avaliar” o cenário para o partido em âmbito local, após a aliança da ex-senadora Marina Silva com o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB), nos bastidores da sigla a sua candidatura ao governo da Bahia é considerada agora como “inevitável”. A coligação do Partido Rede Sustentabilidade - idealizado por Marina, mas que foi inviabilizado pela Justiça Eleitoral – com o PSB demonstraria que o gestor de Pernambuco não quer apenas demarcar espaço para 2018, mas disputar de verdade a cadeira à Presidência da República, em 2014. Como consequência, conforme lideranças, a postulação de Lídice seria um caminho sem volta. Na Bahia, articuladores e militantes da Rede vão se filiar ao PSB. O ingresso na agremiação seria uma orientação dos líderes nacionais da Rede. Como consequência deve haver um “casamento” de ideias entre os partidos. A própria Lídice, após a notícia que surpreendeu o meio político, confirmou a entrada de membros da Rede no seio socialista. “Estamos concentrados nisso”. O deputado estadual Capitão Tadeu (PSB) disse que será possível os militantes da Rede conservarem a própria identidade ao se filiarem ao PSB. Ontem, um dos possíveis integrantes da Rede, o advogado Júlio Rocha, também ratificou a decisão. Em sua página no facebook, Rose Bassuma, que mobilizou para a criação da sigla na Bahia, também se mostrou a favor da integração ao justificar que era “legítima” a participação de Marina nas eleições de 2014 “para responder de forma transformadora e libertária a todo um contexto social de alienação que vivemos”. Mas, o impacto maior será na instalação do palanque presidencial de Campos na Bahia, sob a liderança de Lídice. “Muda completamente, fortalecendo muito o PSB ao governo da Bahia. Fortalece muito a senadora Lídice”, destacou Tadeu. As relações com o governo Wagner não irão se atrapalhar com a candidatura Lídice, segundo o deputado. “A presença do PSB neste governo é fruto de um acordo da eleição passada. Agora o acordo será outro. Seria antiético a permanência no governo se o governador Jaques Wagner fosse candidato à sucessão, mas não é isso que vai acontecer. Além disso, eles também não escolheram o candidato e se o PT for inteligente apoia Lídice para o governo”, defendeu. Tempo de TV é desafio para aliança A aliança estratégica entre Marina Silva e Eduardo Campos não resolve um problema que a dupla vai enfrentar caso não atraia mais aliados para seu projeto presidencial: o tempo de TV. Entre as três principais frentes que disputarão a sucessão no ano que vem, o PSB do governador de Pernambuco é o que teria, hoje, o menor espaço no estratégico palanque eleitoral eletrônico. O recente troca-troca partidário na Câmara dos Deputados encerrado ontem com o fim do prazo para a mudança de legendas acabou por beneficiar mais o senador mineiro Aécio Neves, provável candidato do PSDB. Se confirmar a aliança com o recém-criado Solidariedade (SDD), o tucano ganhará cerca de 30 segundos em cada bloco de propaganda gratuita na TV em 2014. Ainda assim, terá menos tempo que o ex-governador paulista José Serra em 2010. No caso da presidente Dilma Rousseff, que não repetirá a coligação da campanha passada, o troca-troca serviu apenas para que ela não tivesse seu tempo de exposição diminuído. A atração de deputados para o PROS, que deve ficar na órbita governista, compensou a perda de parlamentares de partidos da base aliada para o SDD. Se Dilma mantiver em sua aliança o PMDB, o PP, o PR e o PCdoB, e além disso fechar um acordo com o PSD e o PROS, terá mais tempo no chamado palanque eletrônico do que em 2010. O PSB de Campos foi prejudicado pela recente movimentação dos parlamentares, já que a bancada de seu partido encolheu. E como a Rede não obteve registro da Justiça Eleitoral, não conseguirá assim agregar mais espaço no palanque eletrônico. Em jantar, chapa é comemorada pelos aliados Foi difícil baixar a adrenalina. Em jantar com correligionários e familiares no sábado à noite, depois de um dia de fortes emoções, o governador de Pernambuco Eduardo Campos tinha uma certeza: nesses últimos 15 dias que abalaram a política brasileira e deixaram tontos os adversários, vem tendo a ajudinha do avô, Miguel Arraes. Tudo tem conspirado a favor: o rompimento da aliança com o PT e a demarcação de uma candidatura de oposição ao Governo Dilma Rousseff, o expurgo dos infiéis do PSB limpando o partido para receber “o novo”, e agora, a inesperada formação de uma chapa com a Rede da ex-senadora Marina Silva, herdeira da insatisfação das ruas em junho. Com o filho de 20 anos João, que tem seguido o pai de perto nesses dias; a mulher, Renata, grávida de cinco meses de Miguel (homenagem ao avô), amigos, líderes e dirigentes do PSB, Eduardo Campos continuava pilhado e a todo momento se beliscando para acreditar nas últimas mudanças. Diz que reza todos os dias. Mas ontem rezaria mais, pois a responsabilidade aumentara. Com vídeos de Adriana Calcanhoto e Caetano no telão em frente, dizia que a música do dia, entretanto, era o “Hino Nacional”. Nas conversas, dizia ter feito uma troca boa: os dilmistas Alexandre Cardoso (RJ) e os irmãos Cid e Ciro Ferreira Gomes por Marina. “Demos um grande passo hoje! Vai abalar as estruturas. Marina fez política com “P” maiúsculo e vamos ocupar o espaço da emoção, do novo, do que é decente”, comemorava Eduardo Campos, creditando a articulação da ida de Marina e seus seguidores para o PSB ao deputado Walter Feldman, agora também filiado ao partido. “O Waltinho é o cara!”, dizia. Ele foi o único que, no momento da decisão com a família, Marina chamou para acompanhar! E foi Waltinho quem deu o primeiro passo para comunicar ao PSB que Marina decidira embarcar na chapa de Eduardo Campos. No dia seguinte à votação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que rejeitou o registro da Rede, e depois de uma madrugada inteira de catarse coletiva com aliados, Marina se decidira: não viraria uma Madre Tereza de Calcutá recolhida no canto. Queria continuar no jogo, segundo ela, para acabar com a hegemonia do PT no poder e o chavismo que, agora, chegava ao Judiciário. E seu plano C era Eduardo Campos.
Posted on: Wed, 09 Oct 2013 05:31:21 +0000

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