Vem cá meu pequeno, corre livre o açoite da noite já Senta na - TopicsExpress



          

Vem cá meu pequeno, corre livre o açoite da noite já Senta na calçada pra ver a moçada à lua olhos prender Desconheço quem pela bela negritude da noite não saia à janela Vem pra rua, moleque, e traz tua gargalhada pra confrontar o açoite da noite Luandas, cirandas, pés descalços e intempestuosa valsa de arco-íris humano Gritando pro mundo vozes de uma resistência cristalina, una Chega, Orfeu! Traz o chocalho de gente pra essa brincadeira Vem pra rua, vem! Mas vem ligeiro! Que os versos do teu canto ganharam a velocidade da ladeira do medo Mataram desafios laicos puseram as mãos pro alto em festa Quando vai surgindo a aurora, rompendo o bucho da assombrosa noite É que cansados, contudo não menos que com a alma em torpor dissonante, Segue a rua destino ser Então, agora já fora o momento presente a rua onde mora o sol Apolo Desafiando a cinza da manhã em laranja encarnado, vivo! Por isso vem, menino! Vem pra rua, vem! Que hoje é passado veloz dos pensamentos não atos De quem esperneia, grita ideias de cadeira, jaz no papel Não se sabe nada ou só se sabe a rua de vidas Quais pisam espinhos, suportando a dor Vem pra rua, pequeno! Corre a gira do contrário Desfaz esses malditos contratos A vida é clichê, mas não sai barato nem cabe num vaso! Vem pra rua, danado! Percorre teu vibrante solo de etinias mil Pinta a cara e veste a alma de atitude imortais Vem pra rua e traz ruas correntes na veia Porque a vida é acaso criativo, nos come vivos! Vem pra rua, bravo! Traga a espada e tente fazer honra dela desarmada Siga as linhas tortas da trilha fétida que cobriste com teu descaso Recolhes as ruas da sina que tolhem e também as tolhidas Aponta tua espada em reza Pros céus, assim quem sabe, ensinar ao homem: O MUNDO É VIA ÚNICA PÚBLICA! A rua da vida chama: VEM PRA RUA! (Alessandra Nunes)
Posted on: Thu, 15 Aug 2013 04:18:48 +0000

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