Vândalos atearam fogo a barreiras nas ruas. Policiais Militares - TopicsExpress



          

Vândalos atearam fogo a barreiras nas ruas. Policiais Militares não intervêm para evitar o confronto. Uma cena dos protestos no Centro do Rio, quando os Black Blocs apoiaram a luta dos profissionais de educação do Estado e do Município do Rio em greve? Não. Esta leniência da polícia aconteceu nesta segunda na favela Rio das Pedras, tradicional reduto de milicianos que se revoltaram contra a mudança nas regras de funcionamento de linhas de vans, uma de suas principais fontes ilegais de renda. É de se questionar o governador Cabral e o prefeito Paes pela diferença de tratamento aos dois protestos e pela evidente inversão de valores. Por que à milícia é dispensado o diálogo respeitoso, enquanto às professoras e ao pessoal de apoio da educação foram acionados os cães de guerra da PM? Qual o nível de concordância das duas principais autoridades do Estado e do Município com os piores bandidos do Rio? Por que ambos se recusam a negociar com o pessoal da educação, que atua em uma das áreas centrais de qualquer administração pública séria? Porém, se Cabral e Paes têm a obrigação moral e política de terminar com a praga dos milicianos, menor não é a responsabilidade da imprensa, que retrata com diferentes pesos as duas situações. O consenso contra os movimentos sociais e de leniência com a milícia recebe ajuda fundamental do noticiário, que espetaculariza os protestos nas primeiras páginas, enquanto a cobertura dos crimes das milícias, e da sua articulação com os governos, não é frequente nem sistemática. O jornalismo de salto alto prefere o ar condicionado das redações e o hábito de manchetar “Vândalos!” em vez de praticar a boa reportagem nas ruas, investigando quem é de fato a testemunha ocular e os agentes da história. Nas matérias sobre os protestos, o diálogo com o personagem da ação in loco foi substituído pela entrevista com especialistas, que podem até dar boas explicações sociológicas sobre as raízes da violência, mas que constantemente erram na leitura dos processos em curso, pela distância que também mantêm dos fatos. É dessa relação carnal entre governantes que se entendem com criminosos egressos do aparelho do Estado (milicianos são PMs, policiais civis, bombeiros, guardas penitenciários) e da imprensa que prefere os estereótipos que vai se fabricando o apoio à ferocidade de uma Polícia que passou a aplicar ao asfalto a repressão que sempre cometeu contra a população negra e pobre, antes escrava e agora favelada.
Posted on: Thu, 17 Oct 2013 18:24:26 +0000

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