Ópera Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ópera (em - TopicsExpress



          

Ópera Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ópera (em italiano significa trabalho, em latim, plural de opus, obra) é um gênero artístico teatral que consiste em um drama encenado acompanhada de música, ou seja, composição dramática em que se combinam música instrumental e canto, com presença ou não de diálogo falado. Os cantores são acompanhados por um grupo musical, que em algumas óperas pode ser uma orquestra sinfônica completa. O drama é apresentado utilizando os elementos típicos do teatro, tais como cenografia, vestuários e atuação. No entanto, a letra da ópera (conhecida como libreto) é normalmente cantada em lugar de ser falada. A ópera é também o casamento perfeito entre a música e o teatro. Classificação dos Cantores Os cantores e seus personagens são classificados de acordo com seus timbres vocais. Os cantores em: baixo, baixo-barítono (ou baixo-cantor), barítono, tenor e contratenor. As cantoras em: contralto, mezzo-soprano e soprano. Cada uma destas classificações tem subdivisões, como por exemplo: um barítono pode ser um barítono lírico, um barítono de caráter ou um barítono bufo, os quais associam a voz do cantor com os personagens mais apropriados para a qualidade e o timbre de sua voz. Enredo Uma ópera segue, basicamente, um roteiro padrão. Primeira parte, a Abertura, onde é tocada uma música pela orquestra. Seguida por, Recitativo, onde os atores ficam dialogando. Os personagens secundários participam do coro, enquanto os principais interpretam as árias (composições para voz solista). Origem O termo ópera provém do latim opera, plural de opus (obra, na mesma língua), sugerindo que esta combina as artes de canto coral e solo, recitativo e balé, em um espetáculo encenado. A ópera surgiu no início do séc. XVII, na Itália para definir as peças de teatro musical, às quais se referia, com formulações universais como dramma per música (drama musical) ou favola in música (fábula musical), espécie de diálogo falado ou declamado acompanhado por uma orquestra. Devido seu local de origem, a maior parte das óperas é encenada em latim ou italiano. Suas origens remontam as tragédias gregas e cantos carnavalescos italianos do séc. XIV. A primeira obra considerada uma ópera, data aproximadamente do ano 1594 em Florença no final do Renascimento. Chamada Dafne (está atualmente desaparecida) escrita por Jacopo Peri e Rinuccini, para um círculo elitista de humoristas florentinos, conhecido como a Camerata. Dafne foi uma tentativa de reviver uma tragédia grega clássica, como parte de uma ampla reaparição da antiguidade que caracterizou o Renascimento. Um trabalho posterior de Peri, Eurídice - escrita para as bodas de Henrique IV e Maria de Médicis, em 1600 - é a primeira ópera que sobreviveu até a atualidade. Na Itália, três cidades deram importantes contribuições para o desenvolvimento da ópera. Roma aperfeiçoou os Coros; Nápoles o bel canto, ou seja, a arte de cantar, e; Veneza a música instrumental. A escola considerada mais importante foi de Veneza, onde surgiu o primeiro gênio da ópera, Claudio Monteverdi (1567-1643). Nascido em Cremona e foi membro da sociedade Os Filarmônicos de Bologna, onde realizou progressos na arte musical e contribuiu com o crescimento do drama lírico com suas duas óperas Ariana e Orfeo. Seu discípulo, Francesco Cavalli (1599-1676) aperfeiçoou o estilo de Monteverdi, agrupando várias vozes em: duetos, tercetos e quartetos, e colocando os coros em lugar de importância secundária. Cavalli introduziu também, os elementos cômicos. Contemporâneos de Cavalli, encontramos Giacomo Carissimi (1604-1674), de Roma, que se distinguiu nos oratórios. Seu discípulo Antonio Cesti (1620-1669), introduziu na escola veneziana o estilo do oratório de Carissimi. Só que o público já clamava pela forma de Cavalli, por isso Cesti dividiu a ópera em: Ópera-séria e Ópera-bufa. Em Nápoles Alessandro Stradella (1645-1681) empregou os métodos de Carissimi em suas obras, mas a grande importância da Escola Napolitana se deve à Alessandro Scarlatti (1659-1725) que conecta a severa escola do contraponto e a escola livre do bel canto. Com Scarlatti a melodia adquire maior fluência e graça, e as árias tomam forma de recitativo. Scarlatti usou também a forma de Abertura. Os seguidores de Scarlatti foram: Nicola Porpora (1686-1766); Francesco Durante (1684-1755), que teve ilustres pupilos, dentre eles: Nicola Logroscino (1700-1763), o inventor do concertante final e Niccolò Piccinni (1728-1800) que desenvolveu ainda mais esta forma, durante o período de Glück em Paris. Em Nápoles surgiu: Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736) que escreveu uma obra notável, La serva Padrona; Niccolò Jommelli (1714-1785) chamado o Glück italiano; Baldassare Galuppi (1706-1785), considerado o pai da ópera bufa; E o maior expoente na ópera séria foi Giovanni Bononcini (1660-1750). Christoph Willibald Glück (1714-1787), foi o primeiro reformulador do drama lírico. Depois de obter considerável fama na produção de óperas italianas convencionais, foi para a Inglaterra. Mas não satisfeito com as condições existentes para a ópera e afim de estudar mais, foi para Paris, onde se sentiu muito atraído pelas obras de Jean-Philippe Rameau (1683-1764). Retornando a Viena dedicou-se novamente aos estudos, tentando sempre estabelecer uma relação mais íntima entre a música e o drama. Em 1762 estreia a ópera Orfeu, afim de aplicar muitas de suas teorias. Mas somente com Alceste, em 1767, que consagrou-se um dos principais compositores de drama lírico do mundo. Ópera-séria A ópera-séria, também conhecida como dramma per musica ou melodramma serio, se refere a um estilo nobre e sério de ópera italiana que predominou na déc. de 1710. A sua origem foi a partir das convenções austeras do drama através da música, do chamado alto barroco. O próprio termo era pouco usado na época, e só se tornou comum depois que a própria opera seria saiu de moda. Pois se apresentava muito elaborada, apresentando várias cenas diferentes, sem se importar com a temática dramática, com presença de grandes coros sem nenhuma temática também dramática. A orquestra era meramente um acompanhamento. Ópera-buffa A ópera-buffa, também conhecida como commedia per musica ou divertimento giocoso, se refere a versão italiana da opéra-comica. A sua origem estava ligada a desenvolvimentos musicais e literários que ocorriam em Nápoles no início do séc. XVIII, de onde se espalhou para Roma e norte da Itália. Distingue-se da ópera-cômica (produzida mais tarde na França) onde o diálogo é falado. Na ópera cômica a ação não é sempre cômica, como exemplos: Les Deux Journées e Carmen. O Barbeiro de Sevilla, de Rossini, é um exemplo de ópera bufa. A ópera-bufa era de caráter ligeiro e burlesco, mantendo grande parte do efeito dramático, mas freqüentemente se convertia em vulgar e meramente comum. O diálogo por meio de recitativos, fora tarde modificado com a introdução de árias, duetos e corais. Estilo de ópera se tornou popular em Nápoles, onde dava aos cantores oportunidades para exibir suas técnicas vocais. Bel Canto O bel canto é um estilo do início do séc. XIX, presente na ópera italiana que se caracterizava pelo virtuosismo e os adornos vocais que demonstrava o solista em sua representação. Ademais, baseava-se numa expressão vocal distinta, em que o drama deveria ser expresso através do canto, valorizando-se sobretudo a melodia e mantendo-se sempre uma linha de legato firme e impecável. O estilo bel canto contem alguns dos personagens mais complexos e dramáticos do repertório operístico, como a Norma, de Bellini, e a Lucia di Lammermoor, de Donizetti. Era, contudo, uma forma de expressão particular, alinhada aos ideais do Romantismo. Na primeira metade do séc. XIX o bel canto alcançou seu nível mais alto, através das óperas de Gioacchino Rossini, Vincenzo Bellini e Gaetano Donizetti, dentre outros. Esta técnica continuou a ser utilizada muito tempo depois, embora novas correntes musicais tenham o sobrepujado. Muitas óperas desse estilo ficaram abandonadas durante décadas ou até mais de um século, só vindo a ser resgatadas entre os anos 1950 e 80, período que ficou conhecido pelo resgaste de diversas óperas capitaneados por cantoras famosas como Maria Callas, Joan Sutherland, Leyla Gencer e Montserrat Caballé. Ópera francesa Rivalizando com produções importadas da ópera italiana, uma tradição francesa separada, cantada em francês, foi fundada pelo compositor italiano Jean-Baptiste Lully, quem monopolizou a ópera francesa desde 1672. As aberturas de Lully, seus recitativos disciplinados e fluidos e seus intermezzi estabeleceram um padrão que Gluck lutou por reformar quase um século depois. A ópera na França permaneceu, incluindo interlúdios de balé e uma elaborada maquinaria cenográfica. A ópera francesa esteve influenciada pelo bel canto de Rossini e outros compositores italianos. Ópera-comique A ópera francesa com diálogos falados é conhecida como ópera-comique, independente de seu conteúdo, mas inicialmente, por volta do início do século XVIII, seu libreto estava atrelado ao gênero buffo. Esta teve seu auge entre os anos de 1770 e 1880 e uma de suas representantes mais reconhecidas foi Carmen de Bizet em 1875. A ópera-comique serviu como modelo para o desenvolvimento do singspiel alemão e pode assemelhar-se à operetta, conforme o peso de seu conteúdo temático. Grand Ópera Os elementos da Grand Ópera francesa apareceram pela primeira vez nas obras Guillaume Tell de Rossini em 1829 e Robert le Diable de Meyerbeer em 1831. Caracteriza-se por ter decorações luxuosas e elaboradas, um grande coro, uma grande orquestra, balés obrigatórios e um número elevado de personagens. O ápice da Grand Ópera na Itália se dá com Verdi com Les Vêpres Siciliennes e Don Carlo e na Alemanha com o Rienzi de Richard Wagner Ópera Alemã Depois vieram Mozart, com suas óperas notáveis: O Rapto do Serralho, As Bodas de Fígaro, Don Giovanni, Cosi fan Tutte, A Flauta Mágica, etc. Com von Weber (1786-1826) inicia-se a ópera romântica alemã. Em Der Freischütz ele oferece ao povo alemão sua primeira ópera nacional. Os dois grandes contemporâneos de von Weber na Alemanha foram Spohr (1784-1859) e Marschner (1795-1861). O singspiel alemão A Flauta Mágica de Mozart se encontra à frente da tradição da Ópera alemã que foi desenvolvida no século XIX por nomes como Carl Maria von Weber, Heinrich Marschner e Wagner. Este último introduziu o conceito do drama musical, em que a ópera deixava de ser composta por números e a música passa a ter um fluxo contínuo, sem divisões em árias, duetos, etc. A ópera Tristão e Isolda foi a primeira a ser estruturada desta forma. De uma forma geral, a ópera alemã tem a característica de abordar temas mitológicos e fantásticos, de intensa profundidade, mas que a rigor não poderiam ser classificadas como óperas cômicas ou trágicas, por não terem a ação trágica ou cômica como núcleo principal do drama. É notável também a característica peculiar das óperas alemãs que tratam de histórias de amor, que em grande parte dos casos terminam em final feliz sem serem necessariamente cômicas (ex.: Der Freischütz, de Weber; A Flauta Mágica, de Mozart; Der Rosenkavalier, de Richard Strauss). Ópera no Brasil A ópera era uma forma de lazer no século XIX, tocada muito nos Saraus (um evento cultural ou musical realizado geralmente em casa particular onde as pessoas se encontram para se expressarem ou se manifestarem artisticamente). A primeira ópera composta e estreada em solo brasileiro foi I Due Gemelli, de José Maurício Nunes Garcia, cujo texto se perdeu posteriormente. Porém, considera-se a primeira ópera genuinamente brasileira, com texto em português, A Noite de São João, de Elias Álvares Lobo. O compositor de óperas brasileiro mais famoso foi, sem dúvida, Carlos Gomes. Embora tenha estreado boa parte de suas óperas na Itália e muitas delas com texto em italiano, Carlos Gomes freqüentemente usava temáticas tipicamente brasileiras, como as óperas Il Guarany e Lo Schiavo, sendo um nome bastante reconhecido em seu tempo, tanto no Brasil quanto na Itália. Outros compositores de ópera brasileiros notáveis foram Heitor Villa-Lobos, autor de óperas como Izaht e Aglaia, e Mozart Camargo Guarnieri, autor de Um Homem Só. Nos tempos atuais, a ópera brasileira continua sendo composta e tende a seguir as tendências da música de vanguarda, tais como Olga, de Jorge Antunes, A Tempestade, de Ronaldo Miranda, e O Cientista, de Silvio Barbato. De grande importância temos também Elomar Figueira Mello, que compôs em 1983 Auto da Catingueira, uma ópera em cinco movimentos e ainda as Árias Sertânicas já em 1992, além de vários outros trabalhos, sempre com a temática, cenas, momentos envolvendo histórias de vida vividas ou passadas. O compositor Brasiliense João MacDowell tem obtido grande sucesso com encenações de sua ópera bilingue Tamanduá, encenada em Nova York e New Jersey. A história conta a jornada de uma jornalista norte-americana no Brasil, envolvida em um triângulo amoroso e elementos da religiosidade como candomblé e pajelança. A música mistura elementos contemporâneos e ritmos brasileiros. Ópera na Atualidade Após as correntes minimalistas e atonais de vanguarda, a segunda metade do século XX presenciou um momento misto na composição operística. Por um lado, compositores como Philip Glass e Johnny Cage seguiram um estílo minimalista, enquanto compositores como Samuel Barber e Francis Poulenc compuseram escritas puramente tonais. No momento contemporâneo, os principais compositores de ópera são John Adams, Tobias Picker, Jake Heggie, André Previn, Mark Adamo e Kaija Saariaho, dentre outros. A produção operística continua intensa, embora poucas delas consigam se firmar no repertório das casas de Ópera. Por outra lado, no esteio do que se chama popular, temos os musicais que abundam as casas de espetáculos da Broadway e nos teatros do Rio em especial, no Teatro João Caetano. Podemos citar os pioneiros WestSide History de leonard Bernstein e Jesus Cristo Superstar, ambos transformados em filme. Também não poderíamos deixar de comentar sobre as óperas Rock, já que Jesus Cristo Superstar foi citado acima, vieram nesse esteio, Tommy, ópera rock de Pete Townsend do The Who, que teve várias versões. Desde o original com a banda, passando por versões sinfônicas, filmográficas e teatrais. Chico Buarque, através de sua releitura da Ópera dos três vinténs de Kurt Weill, compôs a Ópera do Malandro. Também transformada em peça e filme. Podemos dizer que o pioneiro nesse ramo sem querer ser, foi Oswald de Andrade que através da magnifica leitura de José Celso Martinez, transformou a peça o Rei da Vela em um grande musical. Bibliografia: História da Ópera - Lauro Machado Coelho. Editora Perspectiva em 9 Vols. História Universal da Música - Roland de Candé Para Ouver: Monteverdi:youtube/watch?v=0mD16EVxNOM Rameau:youtube/watch?v=BiaoZgGrsik Handel:youtube/watch?v=-tP0oqkLEQg Mozart:youtube/watch?v=hD89QvfHdVc Rossini:youtube/watch?v=td8cNANJkw8 Bizet:youtube/watch?v=IDrwfkVfB5A Verdi:youtube/watch?v=b8rsOzPzYr8 Wagner:youtube/watch?v=eXLOaw_AA5Y Ades:youtube/watch?v=GAQf3cwR-WQ The Who:youtube/watch?v=58yKbUu2_Ac Obs. Para quem quiser assistir Óperas do Seculo XX, tenho uma comunidade voltada exclusivamente a isso. Busquem por Ópera no Sec.XX que tenho vários exemplos e de vários compositores.
Posted on: Sun, 20 Oct 2013 01:19:08 +0000

Trending Topics




© 2015