2300 tardes e manhãs: Corresponde ao maior período profético da - TopicsExpress



          

2300 tardes e manhãs: Corresponde ao maior período profético da Bíblia, encontra-se em Dn 8:14. Outras referências relacionadas são: Lv16:30; Nm 14:34; Ec 12:14; Ez 4:6-7; Dn 7:9-10; 8:25-27; 9:23-27; At 17:31; 2Co 5:10; Hb 9:25-26; Ed 7:7, 11, 21-22[1]. Para confirmação exata de todo o cômputo dos 2300 anos, com ajuda da ciência astronômica (não astrologia), ver detalhadamente em Concerto Eterno[2] Em Dn 8:13, há uma pergunta de um anjo para outro sobre quanto tempo demoraria a visão, surge “tarde e manhã”, no hebraico está no singular e não existe a conjunção “e”, sendo apenas “tarde manhã”, dando ideia de uma unidade de tempo, estes mesmos termos são usados na criação, referindo-se a um período de 24 horas. Na pergunta do anjo existe a expressão “Até quando”, que demonstra quão longo é o período da visão, ele usa a palavra hebraica “hazon”, que significa “visão”. O anjo responde no v. 14 dando o período, o que podemos encontrar então? Dias literais, semanas, meses, anos? Como podemos saber? A resposta está no v.1-2, ali surge a palavra Hazon novamente por 3 vezes. Como no restante do capítulo temos a visão do carneiro e o bode, o anjo nos conta especificamente o que significa o carneiro (v. 20) e o bode (v. 21). Esta visão cobre o período do medo-pérsia e o período da Grécia, claramente podemos questionar se o período que cobre estes dois animais (reinos) são: dias, semanas, anos? Unicamente se entendermos o período como anos encontraremos a coesão do texto. Aqui temos as informações implícitas de que podemos e devemos usar o principio profético dia/ano. A única forma em que se pode dar consistência a estes “dias” é computá-los no sentido profético mediante a aplicação do princípio dia-ano (Nm14:34; Ez 4:6-7), com anos de 360 dias.[3] Em Dn 9:25 menciona-se especificamente a data do início do cômputo das 2300 tardes e manhãs, que é 457 a. C, veja-se que em Dn 9:21 dá-se uma explicação da visão de Dn 8:13-14, 26, 27, mas claramente no cap. 8 o profeta não compreende e adoece, somente em 9:25 lhe é apresentado. Dn 8:27 fazia Daniel temer que isso implicasse numa prolongação do cativeiro e que continuasse a desolação do santuário (compare com Dn 9:19). O profeta sabia que a promessa de restauração era condicional e dependia do sincero arrependimento de Israel, isso seria mais do que o profeta podia suportar, por isso o anjo interrompeu a explicação. Durante o intervalo que precedeu à volta do anjo (Dn 9:21) o profeta voltou a estudar as profecias de Jeremias (Jr 25:11) para obter uma compreensão mais clara acerca do propósito divino com respeito ao cativeiro, especialmente com relação aos 70 anos (Dn 9:2). Depois de chegar as conclusões, de que a transgressão da maioria dos israelitas era a causa de uma possível prolongação dos 70 anos, Daniel intercedeu muito fervorosamente ante Deus pedindo perdão pelo povo (Dn 9:3-19). Sua oração termina com uma reiteração do pedido de que Deus perdoasse os pecados da nação e que não demorasse a promessa da restauração (v.19), que não se estenda (v.16-19). A Daniel foi dito que entendesse a “ordem” e a “visão” (9:23), quer dizer, a visão que tinha visto no princípio (v. 21). Isto só pode referir-se à visão do cap. 8:2-14, já que não deu-se nenhuma outra visão desde aquela. Posto que os 2.300 anos se projetam até a era cristã, o santuário não pode referir-se ao templo de Jerusalém que já havia sido destruído no ano 70 d.C. O santuário do novo pacto é inequivocamente o santuário celestial, “que levantou o Senhor, e não o homem” (Hb 8:2). Esse santuário seria purificado (heb. nitsdaq - restaurado), o texto diz: “E ele respondeu-lhe: Por duas mil e trezentas tardes e manhãs, então o santuário será restaurado ao seu legítimo do Estado [4]. Seu perfeito sentido pode ser compreendido como “ser vindicado, isto é, estar em um estado de acordo com as normas (Gn 38:26; Jó 4:17, 9:02, 15, 20, 10:15; 11:02, 13:18, 15:14, 22:03, 25:4, 33:12, 35:7, 40:8, Sl 19:10, Is 43:9, 26; 45:25, Ez 16:52, nota: no contexto, é um padrão adequado de Deus (Jó 32:2; 33:32 , Jr 3:11, Ez 16:51, 52b; obter justiça, manter o direito, causar a justiça (2Sm 15:04, Sl 82:3), provar a inocência (Gn 44:16), absolver, declarar não culpado, justificar, ou seja, o ato de limpar de uma transgressão ou alegação de ilegalidade (Ex 23:7, Dt 25:1, 1Rs 8:32, 2Cr 6:23, Jó 27:5; Pv 17:15, Is 5:23, 50:8; 53:11), reconsagrado, justificado, pertencente a ser cerimonialmente puro, com uma implicação de que a impureza também foi devido à violação de uma norma moral (Dn 8:14) [5]. Esta raiz, basicamente, tem a conotação de conformidade com um padrão ético ou moral [6]. צדק Também é demonstrar a justiça em sua causa (Is 49:9, 26) ou ser vindicado, fazer que alguém pareça ser justo ou inocente (Ez 16:51) [7]. O principal objetivo deste processo é a vindicação do caráter do Pai, que injustamente foi acusado. Para ajudar a determinar a qual acontecimento relacionado com o santuário celestial se faz referência aqui, será útil examinar as cerimônias do santuário terrestre, porque os sacerdotes desse santuário serviam “ao que é figura e sombra das coisas celestiais” (Hb 8:5). As cerimônias do santuário do deserto e do templo estavam divididas em dois grupos principais: o culto diário e o anual. O ministério diário de Cristo como nosso sumo-sacerdote estava simbolizado pelas cerimônias diárias. O dia anual da expiação era símbolo de uma obra que Cristo devia empreender ao final da grande profecia aqui explicada (Dn 8:14 - 2300 tardes e manhãs), pois anuncia o tempo quando devia começar esta obra especial. A purificação do santuário celestial abrange toda a obra do julgamento final que começa com a fase da investigação e termina com a fase da execução, que dá como resultado a erradicação permanente do pecado do universo. Um aspecto importante do julgamento final é a vindicação do caráter de Deus ante todas as mentes do universo. Deve demonstrar-se que não há nenhuma base para as acusações falsas que Satanás apresentou contra o governo de Deus, esse julgamento que se estabeleceria apresentar-se-ia tão convincente que nos atos finais de Deus arrancarão dos homens estas confissões: “Justos e verdadeiros são os seus caminhos” (Ap 15:3). Ellen G. White comenta: “O que determinou este movimento foi descobrir-se que o decreto de Artaxerxes para a restauração de Jerusalém, o qual estabelecia o ponto de partida para o período dos 2.300 dias, entrou em vigor no outono do ano 457 antes de Cristo, e não no começo do ano, conforme anteriormente se havia crido. Contando o outono de 457, os 2.300 anos terminam no outono de 1844”.[8] A mesma autora ainda comenta: “Não se percebeu a princípio que, se o decreto não tivesse sido baixado no princípio do ano 457 a.C., os 2.300 anos não se completariam no fim de 1843. Verificou-se, porém, que o decreto fora emitido próximo do final do ano 457 a.C., e, portanto, o período profético deveria atingir o outono do ano 1844. Por conseguinte, a visão do tempo não tardara, posto que houvesse parecido assim ser” [9]. ---------------------- [1] YONKIPUR, The Jewish Encyclopedia, vol. 2, p. 281. [2] CONCERTO Eterno. 2300 tardes e manhãs. Disponível em: . Acesso em: 28 mai. 2013. [3] Tenha em mente que "anos proféticos" na Bíblia não são 365 dias, mas 360 dias. WIERSBE, W. W. Wiersbe’s Expository Outlines on the Old Testament (Dn 9.20–27). Wheaton, IL: Victor Books, 1993. [4] BIBLE, The Holy: New Revised Standard Version. (Dn 8.14). Nashville: Thomas Nelson Publishers, 1989. [5] SWANSON, J. Dictionary of Biblical Languages With Semantic Domains, Hebrew Old Testament. Oak Harbor, 1997. [6] STIGERS, H. G. צָדֵק. In R. L. HARRIS, G. L. ARCHER, Jr. & B. K. Waltke (Eds.), Theological Wordbook of the Old Testament. Chicago: Moody Press. 1999, p.752. [7] CHÁVEZ, M. Diccionario de Hebreo Bı́blico, 1. ed. El Paso, Tx: Editorial Mundo Hispano, 1992, p.569-570. [8] WHITE, Ellen G. Cristo em seu Santuário, p.80. [9] WHITE, Ellen G. Vidas e Ensinos, p.50.
Posted on: Wed, 19 Jun 2013 00:34:09 +0000

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