A PSICOLOGIA DA SOMBRA Nesta cama jaz um corpo. Tornado e envolto - TopicsExpress



          

A PSICOLOGIA DA SOMBRA Nesta cama jaz um corpo. Tornado e envolto de palavras, roubado e vilipendiado pelos ternos E gravatas. Sempre em torno da palavra, nome, de suas reentrâncias e suas Calças Engomadas e passadas, entre pernas que viajaram. Entre peles eleitas imunes ao risco Das chuvas. Vértices da verticalidade cândida na horizontal E imatura idade de um homem. Um homem que se desfaz em qualquer rua. Um homem capaz de desarmar uma bomba, ou amar Uma fria e tênue pergunta: “Onde fica o Norte das sombras nuas?” Roubos e entorses de pescoço atrás, Digeridas e não suficientes pelas curvas atrozes do absoluto escuro E negro Corpo desses que é tormento, gozo do sol, intemperes na onda Que naufraga depois de visitada na procura errada em todas As procuras... A culpa desse corpo, homem, ou que der mais... ainda em sua Procura , é não Aceitar que se veste e vestiu-se de perguntas e nomes e vestes e Poemas, Para compreender que a procura independe de procuras. Achando a resposta que inaugura Romperá com as fórmulas das imposturas, Que despem a divina certeza dessa penumbra presa entre os Intestinos, E que se lança como fezes e símbolos na última cruzada das Procuras. Romper com este lacre errado, estes olhos azedos de novas Bombas, Estes preconceitos gases em ares e novas gramas, onde se lê: “Não pise, que te reverto a nada!” É mais indicado que pisar nas vidas distintas de quem vê no sonho O limite de compressas e fórmulas de Opressões veladas em democracias. O nosso corpo mais humano permanece procurando Nesta cama cheio de ar e de cores inexistentes. Acha-se assim, na sombra revivente e emoliente, Na suas dobras em que consistem em nascer e morrer a cada Mecha de sol, ao Contrário do corpo Que se movimenta, se alimenta e se sufraga na onda cortante dos Dias findos de uma noiva nova Que se despe e ainda consente Em despir... Esta é a sombra que em outros tempos foi a dimensão inexistente Que a procura Destilava ainda o óleo da unção do ar, agravo, e do pernoitar na Face dos desolados. Este ente que devagar penetra em dimensões floridas pelos Perfumes inexistentes, permeia a intenção dessa noite da qual a Noite pernoita a noite em sua divagação de vidas e sonhos Ausentes de sonos. Roubada à intuição de velhos são as emoções, na intenção de Naufragar nos corpos-e neste que de homem se faz vivo e sempre Vivo, e mais do que vivo, redivivo, na tez de vidro, sonoro, Quebradiço, -Neste vidro fumê que some quando vivos interpelam. Sombra em sua psicologia analítica e mesolítica, distribui sua cor Nenhuma na hora mais fácil, Na honra mais atribulada, Na campanha dos meios termos, Na taça na mão errada. Naquela via estreita Onde dois mais dois nem sempre Somam o óbvio. Mas nos corpos dividem o cinco E o seis e sete, Até neutralizarem os olhos sem rosto, E fazerem da face do corpo vendido aos pouco A pele que nascerá um novo dono Na transmigração Das intenções Suportadas Pelo colecionador De insensatez, No seu novo nome Santo sem ser além de sombra O corpo do espírito Que anda e vê E pressente. Nestor Lampros
Posted on: Sat, 14 Sep 2013 10:12:28 +0000

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