A estratégia urdida nos porões do autoritarismo petista, sob a - TopicsExpress



          

A estratégia urdida nos porões do autoritarismo petista, sob a inspiração de José Dirceu e Franklin Martins com a anuência do ex-presidente: a paulatina implantação de um governo hegemônico legitimado pela vontade das urnas. Por mais contraditório que possa parecer, a eleição direta, um dos maiores expoentes da democracia, está conduzindo boa parte da sociedade brasileira a conluiar-se, ainda que inadvertidamente, com a mais sórdida manobra arquitetada nos porões do lulopetismo que desemboca na consolidação de um estado autoritário e de exceção. Vivemos sob a égide de um estranho modelo de democracia, parida na vassalagem abjeta de políticos corruptos e venais, na aquiescência oportunista de intelectuais embalsamados, na esperteza adesista de sindicalistas pelegos e na lamentável atuação da imprensa militante. Embora diminuta, há que se louvar a exceção. Desse parto abominável nasceu a mais degenerada horda ideológica fantasiada de vanguarda democrática, antro da mais sórdida promiscuidade política batizada de “comunismo do século 21”. Não há Marx, nem Lenin. Mas sobram Lulas e Malufes. A foice deu lugar às bolsas que elegem. O martelo, aos ministérios que corrompem. Nessa nova ordem democrática perseguida ferozmente por Lula e seus sectários, não há espaço para a condescendência e a maioria simples é descartada. Sufocar a minoria não é o bastante, há que se alcançar a hegemonia. Escondem por de trás do codinome “regulamentação social da mídia”, o fascínio que os move em busca da censura da imprensa. Têm no aparelhamento do Judiciário o atalho seguro para a consumação de suas ambições. A reação carregada de ódio e arrogância dos dirigentes petistas contra o STF por ter condenado seus companheiros pelos crimes de corrupção e formação de quadrilha, entre outros, mostrou o respeito que veneram às instituições. E para alcançar seus objetivos sempre estão dispostos a descer ao mais baixo nível da politicalha indecente. Não se preocupam mais em flertar com o vulgar populismo paternal, transformaram-no em programa de governo, nem, muito menos, em sujeitarem-se a humilhantes alianças com inimigos históricos. Para vencer nas urnas renegam sua história e o bandido de outrora ganha status de “engenheiro” e “realizador de obras”. Soberbos por natureza, procuram ridicularizar aqueles que criticam os meios canhestros que utilizam para se eternizarem no poder. Autoritários, tentam diminuir ainda mais a já tímida reação da oposição qualificando de eleitoreiro qualquer pronunciamento sobre as declarações de Marco Valério que arrastam Lula para o pântano do mensalão. “Quem não tem voto caça com Valério”, desdenham. O Brasil que não se curva ao absolutismo petista sabe que quem tem os votos, caça o Valério. Sob as bênçãos de Lula, o Partido dos Trabalhadores aos poucos vai finalizando sua versão particular do AI-5 criado pelos militares no século passado. De diferente apenas a forma de aplicá-lo. Não será necessário fechar o Congresso Nacional. Basta corrompê-lo. Dispensa-se a perseguição à imprensa. Doutriná-la e sustentá-la é o suficiente. Ameaçar com prisão o opositor está fora de cogitação. A criação de um novo ministério para acomodá-lo é a saída mais inteligente. Sarneys, malufes, collors, cabraes, barbalhos, calheiros, fruets, paes, afifes, kassabes e mais alguns luminares do socialismo do final dos tempos, disputam no tapa o privilégio de encabeçar o seleto grupo que dá abrigo aos signatários dessa excrescência. De positivo, fica a certeza de que não foram os brasileiros que abriram mão de indignar-se. Foi a política que transformou-se em um vasto deserto de políticos dignos.
Posted on: Fri, 18 Oct 2013 05:02:23 +0000

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