Ajudar os outros devia ser um objetivo de cada um de nós... Será que podemos criar máquinas que nos amem? Pergunta-se no filme Inteligência Artificial, de Steven Spielberg. Não, diríamos todos, porventura... no entanto, quando ajudar os outros se torna uma ambição de vida para alguém, as pessoas a quem dedicamos os nossos gestos serão menos que máquinas que esperamos que nos amem. Vividos assim, os outros são pouco mais do que figurantes do nosso espírito de sacrifício. Transformam se em pessoas sem importância para nós, talvez um alimento com que alenta o nosso narcisismo. É que não há como gostar de alguém com espírito de sacrifício, ao mesmo tempo. Sempre que nos sacrificamos por alguém não damos nada, ajudamos só pela imagem que os outros fazem de nós. Ajudá-los assim reduz quem ajudamos a um espelho mágico que amplifica uma ideia fantástica de nós num eco que se prolonga sem ter fim. Ajudar os outros sobretudo por eles é diferente: é gostar deles. Se for assim, um gesto de ajuda pode ser espontâneo e de bondade, certamente. Atento, empático e com ternura. Um gesto que não tem protagonista, para além do gesto em si, que morre em estado nascente. M.M. Isto reflete o espírito de ajuda, entreajuda CNM O projeto take care é a prova disto mesmo, espreitem pf takecare.cnm.pt/
Posted on: Mon, 07 Oct 2013 08:15:01 +0000
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