Apesar de todos os pesares do PED, que na minha opinião está superado como modelo que o PT defende para as disputas internas, não deixa de ser espetacular que um partido tente compartilhar com seus filiados os rumos de sua direção. Mesmo com o alto índice de abstenção por todo o país, nenhum partido brasileiro - e poucos no mundo, permitem que um cidadão comum, grande maioria de fora da sociedade política escolha seus dirigentes, presidentes e diretórios. Se foi baixa a presença dos filiados em Caruaru, por exemplo, 326 pessoas votando diretamente já representam muito mais que os presidentes dos outros partidos, eleitos por pequenos colegiadas ou, na maior parte, indicados por uma figura da estadual ou nacional. O baixo comparecimento é pouco pro PT, que tem como missão alargar a participação poliica, descentralizar as decisões e empoderar mais gente, começando dentro de casa. Para isso, esse PED não serve mais. Mas para o restante do sistema político brasileiro, esse modelo pra nós insuficiente, é uma lição de democracia e ousadia, um caminho democrático que merece ser seguido e aperfeiçoado. É lindo ver amigos e companheiros de todas os lugares do país, no mesmo dia, aplicados na tarefa de construir o PT. Sou defensora de profundas mudanças no PT e lamento a reeleição da atual maioria. Mas o que nós mantêm juntos é deixar aceso um feixe de luz na escuridão da política brasileira. A saída pra política está em mais gente participando. E, neste item, ainda somos a grande experiência brasileira.
Posted on: Mon, 11 Nov 2013 13:18:02 +0000
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