Arcos de Valdevez, 16 nov - O Ministério Público está a analisar se tem competência para assumir a investigação ao sequestro do médico em Arcos de Valdevez, ocorrido há uma semana, em que um dos dois suspeitos está detido na Galiza, Espanha. PUB A informação foi prestada à agência Lusa por fonte oficial da Procuradoria-Geral da República (PGR), acrescentando que os serviços do Ministério Público (MP) de Arcos de Valdevez já instauraram um inquérito aos factos, registados na noite de 07 de novembro, quando se iniciou o sequestro, em Portugal. A libertação do médico português aconteceria na tarde do dia seguinte, ao fim de vinte horas, já numa localidade da região da Galiza. O MP procede às diligências necessárias para determinar a competência de Portugal para a investigação, após o que será tomada posição quanto ao prosseguimento do inquérito em Portugal ou em Espanha, disse a mesma fonte da PGR. Só após essa clarificação, acrescentou, é que haverá igualmente uma decisão sobre a situação processual do arguido [português], de acordo com as normas legais sobre a matéria. Um destes dois sequestradores, de nacionalidade portuguesa, está detido preventivamente desde quinta-feira passada, por decisão de um tribunal daquela região autónoma espanhola, aguardando a evolução do processo e da investigação, que corre nos dois países. O português, de 32 anos e natural de Paredes de Coura, está detido no Centro Penitenciário de A Lama, em Pontevedra, Galiza, sem direito a libertação sob fiança, por decisão do tribunal. Está indiciado, segundo fonte judicial, pela autoria de um crime de privação da liberdade, um de roubo com violência em casa habitada, ainda de ter provocado ferimentos com arma, outro de furto de violência e mais três com intimidação. É apresentado como cúmplice de um outro homem, de 45 anos, galego, considerado o mais perigoso dos dois. Ambos terão estado envolvidos no sequestro do médico de Arcos de Valdevez. O português foi detido pela Guardia Civil na quarta-feira, em Vigo, na Galiza, quando conduzia a sua viatura, de matrícula portuguesa, que tinha ido buscar a um parque de estacionamento de Tui junto à fronteira portuguesa, onde estava parada há vários dias. O outro suspeito do sequestro ao médico português, de 62 anos, continua a monte. Este já foi detido 42 vezes em mais de vinte anos, nomeadamente por dezenas de assaltos à mão armada na Galiza. Antes deste sequestro, um caso típico de carjacking (roubo de viatura através de métodos violentos), mas que se prolongou durante vinte horas, o português estava conotado na Galiza, onde morou cerca de oito anos, pelo menos com o assalto à mão armada a dois postos de abastecimento de combustíveis - juntamente com o galego procurado - e ainda pela posse e pequeno tráfico de droga.
Posted on: Mon, 18 Nov 2013 18:08:52 +0000
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