Atendimento humanizado assegura médico em casa Carinho, - TopicsExpress



          

Atendimento humanizado assegura médico em casa Carinho, atenção, cuidados especiais e presença da família. Esta é a fórmula usada pela professora aposentada Elia Oliveira da Silva Torres, 48, para a recuperação dos traumas causados por uma parada cardiorrespiratória que sofreu este ano. Ela recebe em casa todo o tratamento que teria em um hospital, tudo isso graças ao Serviço de Assistência Multidisciplinar Domiciliar (SAMD), um programa ligado ao Sistema Único de Saúde (SUS), mantido pelo governo do Estado de Rondônia em parceria com o governo federal. O programa é uma extensão do Hospital João Paulo II, referência no Estado no atendimento de urgência e emergência de baixa e alta complexidade. Elia conta que sua recuperação deu um verdadeiro salto quando passou ser atendida, todos os dias, em casa, por médicos e enfermeiros.Além do tratamento convencional – medicamentos e fisioterapia – o carinho da família tem sido fundamental para sua recuperação. A melhora é confirmada por todos. Segundo Wagner Silva Torres, filho de Elia, o progresso que ela obteve após ser transferida para casa é grande. Responsável por parte dos cuidados que a mãe recebe Wagner conta, emocionado, o problema vivido pela família, mas ao mesmo tempo, diz o quanto está sendo importante para todos, a inclusão de sua mãe na assistência domiciliar. “Mesmo com algumas limitações, ela já demonstra uma grande melhora do quadro clínico. Seu sorriso diz tudo. Sei que aqui, com a gente, ela tem muita mais força para lutar do que se estivesse em um hospital”, afirma. Wagner destaca ainda a humanização do atendimento. “Eles – enfermeiros e médicos – chegam aqui sorrindo, dispostos, sempre trazem uma palavra de conforto, de incentivo.Isso motiva ainda mais. Não há não como pagar o trabalho realizado pelo pessoal da equipe”, relata. Enfermeiros, assistentes sociais, fisioterapeutas e médicos fazem até 30 visitas por dia. A equipe atende pacientes em reabilitação e também os que sofrem de doenças crônicas como hipertensão e diabetes. Os benefícios do sistema são confirmados pela Secretaria Estadual de Saúde que aposta em economia com o trabalho. Ambiente doméstico ajuda na cura da depressão Após passar por vários médicos em busca de tratamento em hospitais particulares para curar um ferimento no pé, a costureira Leozete Amaral, 48, descobriu em exames realizados no hospital João Paulo II, que tinha diabetes e estava com a pressão arterial muito elevada. Ela esteve internada por vários dias até ser transferida para o serviço de atendimento domiciliar. Durante o período que esteve no hospital, mesmo com toda a estrutura oferecida, Leozete não conseguiu avançar. Teve depressão e sentia muita falta da família, de estar em sua casa e poder conviver com as pessoas que sempre estiveram ao seu redor. Emocionada, ela conta que somente com a ajuda dos médicos e enfermeiros do programa conseguiu se recuperar. Ainda debilitada, mas muito confiante, a costureira diz que diariamente uma equipe vai até sua casa para fazer curativos na ferida. Para ela, a dedicação, a atenção e o calor humano que os profissionais possuem são fundamentais para o sucesso do programa. “Não sei se teria conseguido. Ficar longe da minha família me abalou muito. A depressão foi grande. Chorava muito. Agora estou feliz. Estou me recuperando e não preciso ficar sem ver as pessoas que amo”, afirma. “No hospital seria bem mais difícil”, diz cadeirante A cadeirante Zuleide Castro da Mota, 67, – que recebe tratamento para curar as feridas causadas pelo tempo que esteve acamada – afirma que não sabe o que seria de sua vida caso o governo não oferecesse o tratamento domiciliar. “O governador Confúcio Moura está de parabéns”, disse a paciente. Com dificuldades naturais de qualquer cadeirante, ela afirma que seria muito mais difícil se tivesse que ficar internada. Moradora do bairro Mariana, zona Leste de Porto Velho, Zuleide diz que poder estar perto do filho Arlei Castro é um grande “combustível para alma” e mais motivação para manter bem de saúde. O jovem é quem cuida da mãe. Segundo ele, antes de ela ser inclusa no programa, as coisas eram muito mais difíceis. Até para visitar era complicado, já que há horário determinado e, muitas vezes, perdia porque os ônibus atrasavam, relata. Para Arlei, o que chama muito a atenção é a dedicação da equipe. “Eles sempre chegam no horário. Nunca estão chateados, desanimados nem demonstram insatisfação com estão fazendo. Tudo bem diferente e tranqüilo, se comparado ao clima tenso dos hospitais. Com o horário agendado para o atendimento, Arlei diz que pode se organizar e fazer suas tarefas sem que sua mãe precise ficar sozinha. Bem humorada, Zuleide sempre faz questão de agradecer os cuidados. Para ela, a iniciativa do governo do Estado, através do João Paulo II, mostra que realmente ainda há pessoas comprometidas com a Saúde das pessoas simples, que utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS). População aprova atendimentos em casa Melhorar e ampliar a assistência médica de pacientes do SUS para que possam receber atendimento humanizado, em casa. Esta é a principal meta do Serviço de Assistência Multidisciplinar Domiciliar, um programa novo, moderno e eficiente implantado pelo governo do Estado de Rondônia em parceria com o Ministério da Saúde. De acordo com especialistas em Saúde, estudos apontam que o bem estar, carinho e atenção familiar aliados à adequada assistência médica são elementos importantes para a recuperação de doenças. Funcionando como uma extensão do Hospital João Paulo II, o programa assegura, também, a redução dos riscos de contaminação e infecção, já que não terão contato direto com outros doentes, como ocorreria caso estivessem em enfermaria de hospitais. O programa tem supervisão direta do governador Confúcio Moura. São pessoas que foram submetidos a cirurgias, acometidos por doenças respiratórias, problemas cardíacos, entre outras enfermidades, e que necessitam de tratamento por um período “pós alta”. Os pacientes ganham a condição de poder completar o ciclo de recuperação em casa e, em alguns casos recebem a visita do próprio governador Confúcio, que é médico. De acordo com o secretário estadual de Saúde, Williames Pimentel, o governo do estado, por meio do atendimento domiciliar, vem trazendo avanços significativos para a gestão de todo o sistema público de saúde, já que além de ampliar, melhorar e humanizar o atendimento ajuda a desocupar leitos hospitalares. Isso proporciona melhor atendimento e regulação dos serviços de urgência dos hospitais. Na prática, explica Pimentel, além da qualidade do serviço prestado, o programa abre novas vagas para pacientes que estão em situação mais grave e que necessitam de estruturas que somente o hospital pode oferecer. Estimativas do Departamento de Gestão Hospitalar apontam que, com a implantação da Atenção Domiciliar, o estado tem uma economia de até 80% nos custos de um paciente, quando comparado ao custo desse mesmo paciente internado em um hospital. Programa reduz tempo de internação O Programa de Assistência Domiciliar já atendeu 785 pacientes e fez 5.812 visitas a estes pacientes, nos anos de 2011 e 2012. A proposta, segundo o secretário, é oferecer serviço de atendimento domiciliar na atenção básica, ambulatorial e hospitalar, com objetivo de reduzir o tempo de permanência dos pacientes no hospital, pois a equipe acompanha os pacientes em suas residências. De acordo com o coordenador do programa, médico Leonardo Moreira Pinto, o atendimento em domicílio está de acordo com o programa “Melhor em casa” do Ministério da Saúde e presta atendimento 12 horas por dia durante a semana, fins de semana e feriado, com pacientes selecionados de acordo com os critérios de acompanhamento, sendo desospitalizados precocemente pela própria equipe do SAMD que realiza visitas diárias no Hospital João Paulo II. Parceria A parceria com Ministério da Saúde, garante que parte da verba investida no modelo estadual tem origem no Programa Melhor em Casa do governo federal, informa Leonardo Moreira, coordenador do programa. Ele explica que a Atenção Domiciliar tem como objetivo a reorganização do processo de trabalho das equipes que prestam cuidado domiciliar na atenção básica, ambulatorial e hospitalar, tendo como meta a redução da demanda por atendimento hospitalar, ou redução do período de permanência de usuários internados, a humanização da atenção, a desinstitucionalização e a ampliação da autonomia dos usuários. Leonardo afirma ainda que o programa tem seu foco voltado aos hospitais devido à superlotação. “Temos uma equipe que seleciona os pacientes que são passíveis de serem assistidos em casa, realizamos um acolhimento dentro dos critérios da Portaria do ministério da saúde para ver se está dentro do programa, um dos critérios principais é que o paciente deve ter um uma pessoa capacitada para auxiliar o usuário em suas necessidades e atividades da vida cotidiana”, afirma. Pacientes recebem acompanhamento social Além do tratamento médico em casa, todos os pacientes atendidos pelo SAMD recebem acompanhamento social. O trabalho é desenvolvido pela assistente social Sâmia Karla da Rocha. Sâmia conta que antes da transferência de cuidados, é feita uma espécie de investigação para levantar o perfil da família e principalmente de que irá ficar responsável pelo paciente. Esse trabalho preliminar tem como meta assegurar que, após ser feita a transferência de cuidados, o paciente terá, em casa, atenção, carinho e estrutura emocional para poder se recuperar. De acordo com a assistente social, visitas diárias são feitas aos pacientes atendidos pelo programa. “Tudo é acompanhado de perto para garantir que a pessoa doente tenha, de verdade, uma qualidade de atendimento digna, humana”, relata. O que é o Melhor em Casa O Melhor em Casa é programa do Ministério da Saúde executado em parceria com estados e municípios. O programa está articulado com as Redes de Atenção à Saúde (Saúde Mais Perto de Você e Saúde Toda Hora), lançadas pelo governo federal para ampliar a assistência, respectivamente, na Atenção Básica e nos casos de urgência e emergência no SUS. As equipes do Melhor em Casa atuarão de maneira integrada com os serviços da Atenção Básica, Unidades com Salas de Estabilização, UPAS, SAMU 192 e com as unidades hospitalares. Diferentemente do que ocorre na maioria dos projetos de atenção domiciliar já existentes, as equipes do Melhor em Casa atuarão vinculadas a uma central de regulação controlada pela secretaria de saúde dos municípios ou estados e não a um hospital. Assim, ao ser acionada, a central, então, seleciona a equipe do local onde o paciente mora para prestar a assistência domiciliar.
Posted on: Mon, 16 Sep 2013 21:03:05 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015