COMO SE DEUS NÃO TIVESSE COMPETÊNCIA NENHUMA "“Como é que você sabe que foi assim?”. Aquilo para mim já tinha sido suficiente. Acho que foi a primeira vez que eu tive uma realização pessoal com a escrita." A gente vem de uma profunda discussão sobre um Cogito sem amarras ideológicas, para um diálogo em uma sala em miniatura, do outro lado do planeta, como se volta da padaria, e antes de finalizar o café da manhã, dá aquela olhadela no monitor e quase morrer de fome. "Acho que nunca o escritor teve uma relação tão próxima com o leitor como com o blog. E também a coisa deixou de ser um escritor que fica num palácio, isolado. O cara que tem a antena da cultura, o cara que sabe toda uma tradição cultural e está vislumbrando o futuro da tradição cultural. Não é assim. É chinelão, pantufa, copo de plástico com café. Eu acho que a tendência é que todo leitor se transforme num escritor. Vamos escrever para escritores, porque todos estarão escrevendo. E aí terão os meios de seleção, que são as editoras, os leitores, enfim. É algo que não compete ao escritor, ele não tem como dominar nem a própria qualidade do seu texto, em última instância. O que ele pode escrever agora pode não fazer diferença nenhuma hoje, depois ou em tempo algum. Acho que a internet deixa a escrita um pouco mais difusa, algo como aconteceu com a fotografia. Todos são fotógrafos e todos fazem uma grande fotografia. Se você procura online, encontra dicas de oficina de escrita, de produção de contos. Todos podem produzir."
Posted on: Mon, 29 Jul 2013 00:01:22 +0000
Trending Topics
Recently Viewed Topics
© 2015