CONVERSA DE CAFÉ Isto, aqui, no Facebook, não é mais do que um - TopicsExpress



          

CONVERSA DE CAFÉ Isto, aqui, no Facebook, não é mais do que um grande café, com a diferença, relativamente aos outros cafés, de possuir milhões de clientes, centenas de conhecidos e alguns Amigos. Um café gigantesco, sem dúvida. Até há, por aqui, como em alguns cafés que frequentei no passado, na minha cidade natal, quem conviva com diferentes grupos, tenha discussões acaloradas, amuos, zangas, engates, paixões, enfim... Tudo como dantes, quartel general em Abrantes!... Vão ver, ainda hei-de assistir por aqui a um casamento virtual, ou a uma Revolução à maneira, com tomada do poder e tudo... Se houver mortes, espero que sejam apenas virtuais. Como sempre gostei da vida de café... Fui um grande frequentador no passado... Tardes inteiras a tentar decifrar mistérios e a discutir saídas para os problemas da humanidade... Aqui venho conviver um bocado com os meus Amigos e certamente alguns conhecidos de ocasião, para matar saudades. Mas, obviamente, como sempre fiz nos cafés que frequentei, falando muito a sério. Não sei ser de outra maneira. As opiniões avulsas, à semelhança do que se passa numa qualquer conversa de café, estão normalmente marcadas por alguma superficialidade, independentemente do tema, ou, para ser menos acrimonioso, raramente existe tempo, ou paciência, para uma abordagem cuidada e aprofundada das matérias em apreço. A não ser assim, por falta de tempo ou de paciência, então, das duas, uma: ou a nossa memória demasiado selectiva é resultado de uma perda gradual de memória, por uma qualquer deficiência do foro neurológico, ou, então, resulta de um qualquer vínculo ideológico indisfarçável, relativamente a uma das tendências de pensamento dominante deste mundo. Se, por obrigações académicas, em vez de uma ligeira conversa de café, nos pusessemos a escrever uma obra de história, com o necessário rigor e validade científica, iriamos, muito provavelmente, mudar substancialmente de ideias, em relação a uma série de matérias. Não venho aqui defender a política externa, ou interna, dos Estados Unidos, mas também não quero diabolizá-la, como se eles fossem uma espécie de grande satã. Para abreviar, apenas pretendo chamar a atenção de um pormenor: choca-me ver alguém atirar à cara dos americanos a sua dolorosa origem de desterrados. É triste. Como se nós, europeus, os nascidos sob o signo do conhecimento e da cultura, dos ancestrais e belos valores civilizacionais, herdeiros, em muito, da magnificiente civilização greco-latina, fossemos o paradigma da humanidade e do bem-fazer, no que respeita à política externa de muitas das mais antigas nações europeias!... Pelo mesmo prisma, que dizer, então, do grande Império Britânico, pátria de Shakespeare?... Que dizer da pátria de todos os proletários, a extinta U.R.S.S.?... Ou da actual Rússia?... Que dizer da poderosa Alemanha?... Que dizer dos países colonizadores como Portugal e Espanha?... E da França?... Oh... O rosário é imenso! Não pararia. Na mesma perspectiva com que se ataca os crimes cometidos pelos tais "delinquentes" americanos, não haja dúvida de que nos valeu de muito o nosso berço de oiro! E, agora, sabia bem era um cafezinho.
Posted on: Thu, 12 Sep 2013 07:32:02 +0000

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