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DIVERSIDADE DE ASSUNTOS E DE PÚBLICO NO XXXII COMU FMUSP Entre 25 e 27 de outubro, realizou-se o XXXII Congresso Médico Universitário da FMUSP. Cursos e workshops práticos marcaram o evento, que teve como tema principal a Medicina do Esporte, apropriadamente discutida este ano por conta da Copa do Mundo 2014 e mais para frente os Jogos Olímpicos 2016, no Rio de Janeiro. A acadêmica do 3º ano da FMUSP e presidente do Congresso, Jacqueline Cippiciani, falou sobre os assuntos abordados no COMU e como funciona a escolha dos temas: “O Presidente de Honra deste ano, o pneumologista Dr. Carlos Roberto Ribeiro de Carvalho, nos sugeriu a ideia de fazer medicina esportiva. A partir daí, outros temas seguem de acordo com o que os congressistas gostam. Realizamos uma pesquisa onde a gente vê o que as pessoas mais gostaram e quais assuntos gostariam de ver em um próximo congresso. Sempre trazemos temas como clínica médica, emergências clínicas, emergências pediátricas.” Com mais de 500 acadêmicos inscritos, Jacqueline levanta outra questão importante na realização de um evento como este: a responsabilidade. “É uma forma de criar uma responsabilidade, aprender como realizar um congresso desse porte, contatar profissionais, professores, arrumar patrocínios”, diz a estudante. “Da parte dos palestrantes, você adquire conhecimento científico, complementa a sua graduação, e isso é muito importante para nós.” A mesma opinião tem o palestrante Dr. Vitor Ribeiro Paes, médico residente do Departamento de Patologia da FMUSP, e membro da Comissão organizadora do COMU em 2008 e 2009, e que nesta edição ministrou workshop sobre eletrocardiograma. “Os workshops são bastante importantes, pois eles permitem ter contato mais prático, mais pragmático com as áreas importantes da prática clínica e procedimentos que devem ser dominados por médicos de qualquer especialidade.” Segundo o palestrante, alunos dos primeiros anos conseguem contextualizar melhor as áreas básicas, se sentem mais inseridos na educação médica. E estudantes de internato, que estão terminando a graduação, têm mais contato com assuntos que precisam dominar, reforçam esses conhecimentos e também, de certa forma, recebem o conhecimento para as provas de residência. A pluralidade do público e dos assuntos é uma característica bem peculiar da COMU da FMUSP. Pontos positivos são as palestras e workshops práticos. “Assisti um workshop de Anatomia. Foi muito interessante, as peças eram reais. E esse é um grande diferencial, se não fosse um congresso da USP, provavelmente as peças seriam de bonecos. E isso foi de extrema importância, eu nunca tinha visto um cadáver. Então, enriqueceu muito, porque a estrutura é muito diferente,” destaca Maiara Zeni, estudante de 3º ano Educação Física, na FMU, que ainda iria assistir outras duas apresentações: Medicina Não-convencional e Psicanálise. Opinião semelhante tem Kim Shiguihara, que está em seu 1º ano de Biomedicina na UNIP: “Realmente ter a teoria e a prática é muito melhor, enriquece muito o conteúdo das aulas. Esse é o primeiro congresso que participo e foi maravilhoso, eu fiquei surpresa!” DO OUTRO LADO Se a visão de um estudante de medicina é a de adquirir mais conhecimento para sua futura profissão, do outro lado os professores têm a preocupação de transmitir este conhecimento, (como não poderia deixar de ser), pontuou Dr. Vitor Ribeiro Paes para a reportagem de DOUTORANDOS: “Dar aula para mim é muito importante. Não deixa de ser gratificante dar a minha contribuição para a formação dos outros com o conhecimento que eu adquiri durante os anos.” Preocupação similar apresentou Dra. Susan Andrews. Psicóloga formada em Harvard, ela trouxe à tona um tema que deve ser de grande preocupação para os estudantes: Gerenciamento de Estresse e Equilíbrio Emocional. Dra. Andrews explica que recentemente uma pesquisa realizada nos Estados Unidos apontou que dois terços dos médicos norte-americanos estão com a Síndrome de Burnout (distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso). “Isso é assustador. Segundo essas pesquisas, este burnout provoca o aumento do uso de substâncias como álcool, drogas, tendência de mentir, suicídio, mais erros médicos, perda de empatia com os pacientes. Muitos acabam largando a medicina. É tão sério que está surgindo em muitas escolas de medicina aulas de controle emocional e meditação.” A psicóloga ressalta que sua ideia é trazer fazer com que as faculdades de medicina no Brasil coloquem em prática o que Harvard chama de “Resposta de Relaxamento”: práticas simples de controle emocional que levam a menos burnout, menos ansiedade e menos depressão. “Acabei de ler as avaliações do workshop, todas eram ótimas e consideraram o tema de grande relevância. Inclusive, temos uma lista de todos os participantes, incluindo participantes de outras cidades que querem dar continuação. Nosso propósito é abrir um espaço para os estudantes aprenderem as técnicas para aliviar estresse e controle emocional. Estes estudantes brilhantes têm alto cargo de expectativa, sobrecarga dos estudos e provas. Todos os elementos para uma vida muito estressante. Como norte-americana, eu não gostaria de vê-los sofrendo como os americanos estão quando saírem e enfrentarem o trabalho”, afirma Dra. Susan Andrews.
Posted on: Wed, 30 Oct 2013 20:27:16 +0000

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