"Depois da fala de Carin Ruciman que abordou o tema “A revolta - TopicsExpress



          

"Depois da fala de Carin Ruciman que abordou o tema “A revolta dos pobres”, com ênfase na violência contra o movimento (aquilo que conhecemos no Brasil como “criminalização dos movimentos sociais”), foi a vez da CSP-Conlutas e o Quilombo Raça e Classe. Tomando como gancho uma frase de Andrew Nash, o Quilombo Raça e Classe começou sua contribuição com um poema de Solano Trindade (Negros) que nos pareceu bastante adequado para o momento: “Negros que escravizam / e vendem negros na África / não são meus irmãos / negros senhores na América / a serviço do Capital / não são meus irmãos / negros opressores / em qualquer parte do mundo / não são meus irmãos / Só os negros oprimidos / escravizados / em luta pela liberdade / são meus irmãos /Para estes tenho um poema grande como o Nilo.”. Na sequência, apresentamos a história da CSP-Conlutas, destacando como ela tem vários elementos similares ao que se passa na África do Sul, a começar pela adesão do PT e da CUT ao neoliberalismo. Lembrando que não estamos aqui para dar “exemplos”, mas que é impossível não traçar paralelos entre a situação nos dois países, a fala foi centrada na estrutura e funcionamento de nossa Central. Neste sentido, foram destacados diversos elementos: o número de delegados no I Congresso e as entidades presentes; nossos princípios (como o privilégio dado às ações diretas; a combinação entre a luta pelas necessidades imediatas da classe e a estratégia socialista; a nossa autonomia e independência política e financeira frente aos patrões e os governos, o combate pela unidade do movimento pela organização de base, a centralidade da classe operária em nossa estrutura e o internacionalismo). Também apresentamos a estrutura e o funcionamento da entidade e de como funciona nossa direção. Destacamos a nova forma de atuação e organização da nossa Central, dando como exemplo a inclusão de minorias e oposições sindicais de outros setores. Para tal, apresentamos brevemente o que é o Quilombo; falamos sobre a atuação e o I Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta; do orgulho que temos em ter um Setorial LGBT; da inclusão dos jovens e estudantes, presentes na ANEL e a difícil luta dos movimentos populares, exemplificados pelo Pinheirinho e a Ocupação Esperança, em Osasco. Por fim, o Metabase apresentou uma análise das mobilizações de abril (Marcha a Brasília), de junho, julho e agosto, destacando como procuramos construir a unidade dos movimentos (e a postura das Centrais governistas) e como tentamos, através dos dias de mobilizações e greves, no 11 de julho e 30 de agosto, incorporar a classe trabalhadora neste processo. Como exemplo de como está se dando o processo de reorganização no Brasil e também, pautados no que foi Marikana, foi dado ênfase ao setor da mineração e na recente vitória no Metabase Mariana. Considerando a quantidade de companheiros e companheiras que nos procuraram para conversar desde ontem e as inúmeras vezes que a CSP-Conlutas tem sido citada nas discussões, é possível dizer que, além de que levaremos importantes lições de volta para o Brasil, também estamos deixando na África do Sul um tanto de nossa experiência. Um exemplo inegável da importância do internacionalismo para a construção de uma nova direção para os movimentos operário e sindical. Amandla Awhathu, CSP-Conlutas (“Todo poder ao povo”, uma palavra de ordem que temos gritado, a todo momento com alegria empolgação, ao lado de nossos companheiros e companheiras; irmãs e irmãos africanos)". - See more at: cspconlutas.org.br/2013/09/somos-todos-marikana-licoes-de-luta-na-africa-do-sul/#sthash.kaZFcr8G.dpuf
Posted on: Thu, 26 Sep 2013 00:11:49 +0000

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