EDITORIAL DE 02/08/2013 Governo corresponde aos pedidos conforme - TopicsExpress



          

EDITORIAL DE 02/08/2013 Governo corresponde aos pedidos conforme intensidade das pressões A onda de manifestos que iniciou em junho e prossegue, menos intensa, em todo o País, tem “arrancado” do poder público algumas medidas, aparentemente, involuntárias. Isso porque, nas últimas semanas o governo federal tem feito anúncios que mais parecem contraproposta aos protestos, que investimentos espontâneos. Como prova disso, podemos citar duas medidas que foram alvos de manifestações: a primeira foi a reivindicação dos prefeitos, durante a XVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, em 10 de julho. Na ocasião, um dos problemas apontados pelos chefes das cidades foi a desoneração fiscal implantada pela União, que interferiu diretamente na transferência de recursos federais aos municípios. Esta semana a Presidência da República anunciou apoio financeiro de R$ 3 bilhões a fim de atender prefeituras de todo o País. Só para a região de Presidente Prudente serão desembolsados R$ 22,6 milhões. Outro exemplo de “pressão que deu resultado” é o Programa Mais Médicos que, anunciado no mês passado, previa várias medidas para a classe, entre elas a ampliação dos cursos de Medicina, de seis para oito anos. O programa desagradou a categoria, que deixou os consultórios e hospitais do País e saiu às ruas para protestar. Em contrapartida, anteontem, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, informou que o governo vai manter os seis anos da graduação. Coincidência, ou não, o fato é que o poder público tem dado respostas pontuais para problemas gerais e antigos. Os municípios, principalmente os menores, continuam à mercê dos repasses, pois a arrecadação tributária não é suficiente para manter os serviços locais. As administrações de cidades maiores também reclamam das dificuldades que encontram com a incidência das transferências de verba. O caos da saúde, nos quatro cantos desta nação, não se resume ao tempo de estudo, falta de médicos nas periferias ou localidades mais distantes. Estas questões só são agravantes à problemática. Na verdade, faltam investimentos e justa aplicação do dinheiro público para atendimento às comunidades. Poderíamos apontar aqui outras situações enfrentadas pelos setores da educação, transporte, agricultura. Mas, será que representantes e usuários destes também precisarão “pressionar” para obter retorno? As reivindicações de professores, produtores rurais, comunidades, empresas, não são meros apontamentos. Expressam a necessidade de importantes frentes que cooperam para o desenvolvimento do Brasil. Por isso, é indispensável que o governo, em todas as esferas, tenha iniciativas voluntárias. Ouvir a população deve ser rotina. No entanto, as informações coletadas não podem ficar “encaixotadas” para que, em um projeto futuro, talvez sejam consideradas. Ainda que pressão pareça ser a alternativa para conquistar respostas, quem dera os anseios do povo fossem correspondidos pelos governos de maneira imediata e espontânea. Mas, como isso não acontece, vale ressaltar que esse povo que carece é o mesmo que tem nas mãos o poder da decisão por meio das urnas. Sendo assim, não basta apenas protestar e pressionar, é imprescindível ser consciente na hora de votar.
Posted on: Fri, 02 Aug 2013 16:34:21 +0000

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