ESCLARECIMENTOS SOBRE ESCOVAS PROGRESSIVAS COM ÁCIDO - TopicsExpress



          

ESCLARECIMENTOS SOBRE ESCOVAS PROGRESSIVAS COM ÁCIDO GLIOXÍLICO!!! De acordo com o químico Sr. Nivaldo Crespo (renomado professor com mestrado e doutorado pela USP, pertencente ao Programa de Pós Graduação desta Universidade): “A afirmação de que o ácido glioxílico libera formol nas condições adequadas para o uso capilar é FALSA, e revela total ignorância sobre química e sobre o comportamento dessa substância”. Nivaldo é categórico em afirmar que “o ácido glioxílico quando aquecido pode sofrer uma transformação na qual resulta em obtenção de ácido oxálico (que auxilia no fechamento das cutículas capilares), e nunca em formol na atmosfera em que vivemos”. Além disso, no texto legal do rótulo em nenhum instante se recomenda que o produto deva ser submetido a algum tipo de aquecimento. Quanto ao uso de prancha e secador, é de conhecimento de nossos clientes e distribuidores que o produto é totalmente retirado no momento de seu enxágue, para só depois ser escovado e pranchado. Nessa ocasião, diferentemente do que foi dito na reportagem o quer estaria do produto após o enxágue, seriam traços de moléculas do ácido glioxílico que ficam aderidas na superfície do cabelo, em quantidade tão insignificante que em nenhum instante poderia gerar alguma reação de decomposição, ainda assim, jamais seria observada a liberação de formol. A análise adequada da produção de formaldeído nos sistemas antifrizz e redutores de volume, a partir do ácido glioxílico usado nos mesmos, deve ser realizado a partir do exame da quantidade efetivamente gerada nas condições de uso do produto, ou seja, na temperatura, pressão atmosférica e após a lavagem do cabelo. Mas não é este o teste apresentado no Fantástico, feito pela UFRJ. Ela fez exatamente o teste que foi pedido pelo programa. O teste que interessava ao programa para conseguir sua matéria polêmica, não levou em conta os critérios específicos necessários, até porque se fizesse o teste corretamente, não haveria matéria. O teste deveria ter sido feito, seguindo o protocolo de aplicação de cada produto analisado. O ácido glioxílico apenas em altíssimas temperaturas (acima de 500 graus célsius) e em atmosferas próximas ao vácuo absoluto seria capaz deliberar uma ínfima quantidade de monóxido de carbono, dióxido de carbono e formaldeído. Mas este fato não se dá somente com o ácido glioxílico A maioria dos ácidos à temperatura de decomposição (alta temperatura) libera pequenas quantidades de formaldeído. A matéria do Fantástico baseia-se em um único estudo cientifico disponível, que é dos anos 80: “The gas-phase photochemistry and thermal decomposition of glyoxylic acid (R. A. BACK AND S. YAMAMOTO, 1984)”. Baseado neste estudo (feito em condições atmosféricas que não reproduz em nossa realidade) podemos mesmo assim projetar as condições da experiência realizada pelos cientistas para as condições habituais em que o cosmético é usado. No artigo de Back & Yamamoto há o registro de que após aproximadamente 100 minutos de exposição do vapor de ácido glioxílico à fotólise, apenas 0,3 micromol de formol ou nove microgramas é liberado. Back & Yamamoto usaram uma solução de ácido glioxílico pura (cerca de 98%, já a indústria cosmética usa a 50%) e obtiveram nove microgramas de formaldeído. Considerando que o produto comercial tem baixas concentrações de ácido glioxílico, então aproximadamente obtém-se 0.495 microgramas, ou 0.000 495 mg. Por que tal cálculo é importante? Por que na atmosfera o nível aproximado de formaldeído é de 0.001 mg/m3 em áreas rurais (0.1 ppb) e abaixo de 0.02 mg/m3 em áreas urbanas (2 ppb) e se o estudo de Back & Yamamoto indicou apenas 0.000495 mg, então a liberação de formaldeído nos sistemas antifrizz e redutores de volume, é menor do que a concentração de formaldeído na atmosfera rural. Conversão: 1 ppm = 1.25 mg/ m31mg/m3 = 0.8 ppm (em 20 ºC) Tabela do Instituto Nacional do Câncer brasileiro para ilustração dos efeitos do formol. Efeitos do formol em humanos após exposições de curta duração Média de concentração Tempo médio Efeitos à saúde população geral 0,8 - 1 ppm Exposições repetidas percepção olfativa até 2 ppm Única ou repetida exposição irritante aos olhos, nariz e garganta 3 – 5 ppm 30 minutos lacrimação e intolerância por algumas pessoas 10 – 20 ppm Tempo não especificado dificuldade na respiração e forte lacrimação 25 – 50 ppm Tempo não especificado edema pulmonar, pneumonia, perigo de vida 50 – 100 ppm Tempo não especificado pode causar a morte Fonte: Adaptado World Health Organization (1989); IARC (1995); WHO Regional Office for Europe (1987). No caso do programa Fantástico, a análise conduzida como mostra o vídeo, levam diretamente a fonte de calor o ácido in natura e também levam o próprio produto a uma fonte de calor com altas temperaturas, contrariando o protocolo de aplicação. O teste correto seria de monitoramento do ar com protocolo de aplicação conforme instruções padrões. Este é o teste correto, mas não é interessante para o Fantástico já que dessa maneira eles não teriam polemica ou matéria. O ácido glioxílico tem seu uso regulado, inclusive, no Canadá e nos EUA (até mesmo no Estado da Califórnia, onde as leis são muito rígidas para emissões de gases), não há nenhum problema neste momento com base na Ficha de Segurança do ácido glioxílico.
Posted on: Fri, 08 Nov 2013 08:51:13 +0000

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