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Eduardo Pinheiro, membro da LAIS, refere que a ideia passa por «redinamizar o caminho até Santiago de Compostela, que já foi outrora muito utilizado, numa altura em que muitos peregrinos procuram alternativas ao muito concorrido e até saturado caminho francês até Santiago de Compostela». O responsável realça os benefícios de se «retomar o caminho a partir de Lisboa, até do ponto de vista económico para as regiões envolvidas, além da espiritualidade que a ele se associa e está na sua génese, e como auto-conhecimento». Eduardo Pinheiro recorda os dois caminhos possíveis que os peregrinos podem fazer a partir de Lisboa: um segue por Azambuja, Tomar, Coimbra e, a partir daqui, através do Porto, Valença e Compostela e um segundo, o da costa portuguesa, que segue por Sintra e Mafra até Coimbra, unificando-se então, com o anterior, na direcção Porto, Valença e Compostela. O segundo caminho, através da costa litoral, está a começar a ser identificado e sinalizado pelo Centro Nacional de Cultura. À capital portuguesa, disse o responsável da LAIS, «vêm dar outros caminhos, nomeadamente um de sul, a partir do Algarve». No âmbito desta iniciativa destacam-se os «Festejos da Semana de São Tiago», que decorrem entre 22 e 28 de Julho na capital, e que coincidem com a festa litúrgica de São Tiago Maior, no dia 25 de Julho. O programa da iniciativa conta com exposições, concertos, palestras e espectáculos de dança que visam «dar a conhecer a mística associada ao culto do apóstolo, bem como o caminho de peregrinação até Compostela», na região espanhola da Galiza. No dia 22 de Julho, domingo, depois da celebração da missa na igreja de Santiago, pelas 10h00, realiza-se às 16h00, o Festival de Música do Caminho, no miradouro de Santa Luzia, com a actuação dos grupos folclóricos da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, «Os minhotos da Quinta da Lage» e «Dançar é Viver», da Falagueira. «Certamente que o repertório escolhido incluirá temas que aludem ao caminho, que está muito presente no imaginário popular», disse Eduardo Pinheiro. No dia 24 de Julho, na igreja de Santiago, Carlos Rodrigues Martins, docente da Universidade Autónoma de Lisboa, falará sobre o tema «Santiago na História de Portugal». No dia de Santiago, 25 de Julho, antes da missa agendada para as 18h00, é inaugurada uma exposição de paramentos, alfaias litúrgicas e documentos antigos, relacionados com o apóstolo. Além de vestes litúrgicas serão expostos um relicário de São Tiago, uma Cruz Relicário, que «se crê ser a relíquia do mártir S. Sebastião», assim como outros objectos de uso cultural como as galhetas e um cálice, informou Lucília Ribeiro, da LAIS. A mostra inclui também documentação de 1581 até 1860, designadamente cinco ensaios que defendem a pregação do caminho. Neste mesmo dia, mas às 21h30, o barítono Rui Luna abre o ciclo de concertos com um recital de canto. A 26 de Julho, à noite, irá realizar-se um colóquio a cargo de Rui Souto e Gonçalo Cabral que vai permitir mostrar «um relato vivencial e espiritual no Caminho de Santiago». No dia 27, e também à noite, o padre Jorge Anselmo falará sobre o tema “Santiago, o Apóstolo e as Suas Interpelações ao Peregrino”. Finalmente, no sábado, dia 28 de Julho, pelas 16h00, realiza-se uma missa seguida da «bênção solene dos bordões, de bicicletas, cavalos e dos peregrinos que vão, estão ou estiveram no Caminho», seguindo-se uma procissão. Todas estas iniciativas vão decorrer na igreja de Santiago, junto ao castelo de S. Jorge, em Lisboa, uma igreja que remonta ao ano de 1209, tendo sido um importante local das rotas jacobeias ao longo dos séculos. Detentora de um importante património religioso, este local de culto conta ainda com duas imagens setecentistas de Santiago Peregrino e marca o início da peregrinação a Santiago de Compostela a partir da cidade de Lisboa, num trajecto por terra de mais de 600 quilómetros. De recordar que a LAIS nasceu neste ano de 2012, em Lisboa, e de acordo com Eduardo Pinheiro, «tem já um ano de trabalho preparatório» sobre estas iniciativas que pretendem promover e dinamizar os caminhos de Santiago. A associação é composta por um grupo de peregrinos portugueses, que se reuniram com o objectivo de devolver a Igreja à tradição do Caminho de Santiago. Têm ainda como metas a recuperação do património material e imaterial da Igreja e a utilização do espaço para a dinamização do Caminho Português a Santiago. Eduardo Pinheiro recorda, por fim, que a Rainha Santa Isabel fez o percurso rumo a Santiago por duas vezes, depois da morte de D. Dinis, partindo a pé de Lisboa. E acrescentou que antes da Rainha Santa, já o Rei D. Sancho II tivera feito o caminho a partir da capital, em 1244, sendo que em 1502, foi a vez do Rei D. Manuel I fazer a mesma rota.
Posted on: Mon, 29 Jul 2013 21:42:15 +0000

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