Em Busca da Felicidade Todos nós humanos somos preparados por nossos pais a buscar, durante toda a existência uma maneira de sermos felizes. Mas, isso, essa busca requer uma complexidade de atitudes às quais, nem todos conseguem cumpri-las com sucesso. Quando a busca envereda pelo caminho tão somente de bens materiais, em desprezo dos espirituais, isso se torna bem mais complicado e com conseqüências nocivas ao espírito. As riquezas materiais de uma forma ou de outra sempre sofrem o desgaste do tempo, podem ser roubadas, podem ser destruídas de alguma maneira e aí por diante. Já as riquezas dos sentimentos, o amor e a espiritualização são indestrutíveis, pois quanto mais as repartimos, mais temos para oferecer. Feliz daquele que se comove e encanta, com a perfeição da natureza. Feliz daquele que vê algo de bom ainda que a realidade seja terrível. Feliz de quem tem sempre a esperança como uma luz a guiar-lhe os passos. Feliz daquele que entende que sozinho não somos nada. Feliz de quem não aceita a mentira e luta pela verdade e a justiça. Feliz de quem ama sem esperar ser amado. Feliz daquele que ao olhar no fundo de sua alma, nos refolhos mais profundos, não encontra nada que possa se envergonhar frente sua consciência. Os bens materiais são de extrema importância, abrem muitas portas, facilitam o progresso do planeta, mas jamais conseguem compensar um momento de paz, quando os olhos se cruzam, quando as mãos se entrelaçam ou os lábios expressam um beijo de afeto em alguém que sofre. A busca enlouquecedora pelo dinheiro, aprisiona de tal maneira as pessoas, que quanto mais se ganha, mais se quer ganhar, mais medo se tem de perder o que já conquistou com a desculpa de garantir um futuro seguro para os familiares. Esta escravização se perpetua de tal forma, que se esquece da vida em família, atender um pedido de um filho se torna coisa sem importância, atender tudo que se relacione com sentimentos não é relevante. Trabalhar, ganhar mais e após horas, trabalhar mais para ganhar mais e ser um eterno escravo de sua própria ganância. Antes de sermos o empresário, o médico, o homem mais poderoso do planeta, somos humanos e como humanos somos falhos, movidos pelos sentimentos, sendo que eles são o combustível que nos locomove durante a existência afora. São eles que nos equilibram quando a angústia nos afronta a alma, são os sentimentos que nos educam e renovam quando a vida escorre por entre os dedos sem que possamos nada fazer, são eles que nos fazem conquistar amigos novos e conservar os antigos. Interessante é o ser humano, como um dos animais mais inteligentes, mas por sua vez o mais problemático da natureza, devido aos inúmeros problemas que ele mesmo gera na busca incessante da dita felicidade. A humanidade em geral sofre dois tipos de dificuldades, a financeira para sua sobrevivência física e a sentimental para a paz do espírito. Sintetizando a dificuldade financeira busca-se a solução através do trabalho e a dos sentimentos se dá através do entendimento, do perdão, da tolerância e do amor. É tão real que quando alguém sofre algo ligado aos sentimentos de toda ordem, cria-se uma insegurança total em tudo o que se faz. Surge daí a dita infelicidade, a raiva, o ódio por coisas ou por pessoas que levam sempre às desordens interpessoais no trabalho, na vida em família e por aí afora. O impressionante é que toda pessoa que sofre por coisas sentimentais, por desamores, por rejeições familiares ou de outras pessoas, vai buscar o socorro não em um banco através de um financiamento, ela vai a busca de alguém que oriente e lhe socorra naquilo que corrói o seu espírito ou o que dilacera a alma. Os consultórios de psicólogos e psiquiatras estão lotados com pessoas de todas as classes sociais. E o mais impressionante é que estes pacientes sempre são orientados a fazerem uma caridade, cuidarem de crianças e necessitados, participarem de organizações que cuidam de pessoas e não dinheiro, pois nunca aconteceu de um médico orientar alguém com desorganização psicológica a prestar voluntariado em um banco ou financeira. Ao que a idade avança, os humanos ficam mais domados e os sentimentos se fazem necessários, pois que se vai ficando mais isolado e precisamos mais uns dos outros, mais da atenção da família, dos filhos e qual não é a surpresa de ter filhos que não ligam para seus pais na fase em que eles mais precisam de atenção. Quem não plantou a semente do amor, não vai conseguir colher os frutos desse amor, vai colher os frutos da indiferença dos sentimentos. Quando o homem souber equilibrar seus desejos e suas paixões, ele terá a noção exata de seus limites e não sofrerá as inconseqüências das atitudes ambiciosas e egoísticas tão comuns neste mundo consumista. Nelson Assumpção dos Santos
Posted on: Sun, 07 Jul 2013 15:38:13 +0000
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