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Grande texto sobre o pioneirismo da Vinícola Peterlongo na fabricação do "Champanhe" no Brasil pelo grande amigo Gelli - Diretor e Designer de vinhos da Cattacini Vinhos. "100 anos de Borbulhas Há exatamente um século o imigrante italiano Manoel Peterlongo produziu o primeiro espumante brasileiro. Quando desembarcou em terras tupiniquins, Manoel trouxe na bagagem o sonho de fabricar aqui o mesmo vinho borbulhante que os franceses tão bem faziam e pelo qual era apaixonado. As experiências tiveram como palco os porões de sua casa em Garibaldi (RS). Manoel utilizou o método champenoise antes mesmo que os franceses estabelecessem o champagne como uma Denominação de Origem Controlada (DOC), fato que só ocorreu em 1927. Este é um dos motivos que permite à Peterlongo ostentar em seus rótulos a palavra champagne. Mas esta história não foi tão simples como a escrita pode induzir. Em 1974, as empresas francesas Lanson, Mumm e a Taittinger entraram com uma ação contra as brasileiras Peterlongo, Georges Aubert, Mosele e Dreher, que até então eram as vinícolas que utilizavam em seus espumantes o termo champagne. Os franceses argumentavam que se tratava de uma DOC, enquanto as nacionais responderam que o nome se referia ao método de produção do vinho. A questão foi julgada em última instância pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que em 26 de novembro de 1974 bateu o martelo e liberou às empresas brasileiras a utilização das palavras champagne, champanha ou champanhe nos rótulos dos espumantes. Entre essas quatro marcas, a Peterlongo é a única que ainda produz a bebida e ostenta com muito orgulho o slogan "O 1º champagne do Brasil". E como a história, ou confusão, não pode parar, a presidente Dilma reconheceu em dezembro de 2012, em visita ao presidente da França, François Hollande, o champagne como uma DOC protegida no Brasil. Portanto, existem duas posições. De um lado, a decisão do STF que autoriza o uso do termo champagne em espumantes nacionais e, de outro, a determinação do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) de vetar sua utilização pelas empresas brasileiras. Mas penso que não teremos mais problemas quanto a isso, já que o nosso espumante é uma bebida que conquistou os brasileiros e até o mundo, com centenas de prêmios internacionais. E, com tanta autoestima, já procura até mesmo um nome próprio, a exemplo do que ocorre em países como Alemanha (Sekt), Espanha (Cava), Itália (Prosecco, Asti, Franciacorta e Lambrusco) e França (Mousseux, Crémant e Champagne). Levanto uma taça de Cattacini em homenagem a Manoel Peterlongo e aos espumantes brasileiros que completam 100 anos de existência! Aproveite a oportunidade e crie o nome do nosso espumante. Saúde e paz!"
Posted on: Wed, 09 Oct 2013 03:32:20 +0000

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